Charlie Kirk e o ponto de virada na América


"Onde Satanás reina, até os inocentes sofrem." A frase é do livro Prendam-no!, de Miriam Wood, que narra o drama de um pastor adventista preso pelo regime comunista em um país do continente africano.

É um comentário perfeito ao livro de Jó. Explica de forma simples, mas profunda, eventos em relação aos quais não sabemos nem mesmo formular as perguntas certas.

Eventos como a morte brutal de Iryna Zarutska em Charlotte, Carolina do Norte, ou o assassinato de Charlie Kirk diante de uma multidão de estudantes no campus da Universidade do Vale de Utah.

Quando coisas ruins acontecem, somos rápidos em colocar Deus no banco dos réus (ver Gênesis 3:12-13). Mas, em resposta à acusação de que o Senhor é indiferente à tragédia da qual somos personagens, Ele diz: "... não tenho prazer na morte de ninguém" (Ezequiel 18:32).

De fato, Deus não quer que ninguém pereça, e sim que todos sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade (2 Pedro 3:9; 1 Timóteo 2:4).

É Satanás, a quem Jesus se referiu como o pai da mentira e do espírito de assassinato (João 8:44), o grande causador do sofrimento e da morte. As tragédias que afligem nosso mundo são, em última análise, provocadas por ele (Jó 1:6-22). E todos os que respondem aos desejos maus que o caracterizam são seus filhos.

Portanto, de uma perspectiva espiritual, o diabo é o principal responsável pelas mortes de Iryna Zarutska e Charlie Kirk.

Ele odeia a raça humana e seu desejo é arrastá-la para as profundezas da degradação mais ignominiosa, em contraste com a missão de Cristo, que visa libertá-la e restaurá-la à sua dignidade original (Apocalipse 21:1-5).

Das trevas do erro à luz da verdade

Há, porém, uma diferença marcante entre as mortes desses dois jovens.

Zarutska foi vítima do sentimento mais terrível – o ódio, a vontade de aniquilação total mútua, a desumanização. Por causa de sua vileza, sempre mais veemente e agressiva numa sociedade polarizada e acostumada à desumanidade, à ilegalidade e à brutalidade, esse sentimento se tornou um ato chocante exemplarmente simbólico.

Fez-me lembrar da cura do endemoninhado gadareno, quando os demônios rogaram a Cristo que os expulsasse para uma manada de porcos (Lucas 8:26-34). Há muito a aprender com essa história. Mas ela nos lembra que, para Satanás e seus agentes, trucidar pessoas e porcos é a mesma coisa.

Aqui temos, novamente, a fonte original da desumanização e de todas as consequências com que ainda temos de lidar, até que Jesus volte e restaure tudo o que o pecado nos tirou.

E foi essa a mensagem que a morte brutal de Iryna me transmitiu.

O assassinato de Kirk, no entanto, revelou outro aspecto do mesmo problema.

Em Obreiros Evangélicos, p. 263.3, Ellen G. White observa que Deus nunca deixa o mundo sem pessoas capazes de discernir entre o bem e o mal, a justiça e a injustiça, e que Ele as designou para se porem à frente da batalha nos tempos de emergência.

Embora isto não signifique um endosso de todas as suas ideias, acredito que Charlie Kirk era um desses atalaias e, por isso, foi alvejado.

O homicida maior odeia especialmente essa classe de pessoas e fará tudo ao seu alcance para silenciá-las.

Quando Deus transforma tragédias em bênçãos

Deus, entretanto, pode converter tragédias como a de Kirk em bênçãos. Apesar de terrível, Deus fez da morte desse jovem uma oportunidade de salvação para muitas almas.

No The Bible Echo de 26 de agosto de 1895, Ellen White escreveu:

Há períodos que são pontos de virada na história das nações e da Igreja. Na providência de Deus, quando essas diferentes crises chegam, a luz para aquele momento é dada. Se ela for recebida, haverá progresso espiritual; se for rejeitada, haverá declínio espiritual e naufrágio...

Ou seja, durante os pontos de virada na história das nações e da igreja, Deus tem uma mensagem a ser transmitida! É quando Ele transforma essas diferentes crises em oportunidades de salvação!

Se essa luz for recebida, haverá progresso espiritual – o único meio de reverter a aflitiva condição humana. Se for rejeitada, haverá mais declínio espiritual e, finalmente, naufrágio.

O assassinato de Kirk foi um ponto de virada na história dos Estados Unidos e do mundo?

Sem dúvida alguma. Não só por sua repercussão, mas, sobretudo, pelos precedentes que abriu e suas consequências, os quais discutiremos oportunamente. (Não posso deixar de mencionar um detalhe significativo: o nome da instituição fundada por Charlie Kirk é Turning Point, ou Ponto de virada!)

Nessa caso, é possível que a luz para este momento esteja sendo dada pela providência de Deus?

Com toda a certeza! Porque Deus nunca deixa o mundo sem pessoas capazes de discernir entre o bem e o mal, a justiça e a injustiça, principalmente nos tempos de emergência. Quando essas diferentes crises chegam, a luz para esse momento é dada.

E qual luz Deus tem permitido irradiar sobre o mundo por meio da morte trágica de Charlie Kirk?

A verdade do sábado do sétimo dia!

Durante uma entrevista, Kirk disse que "guardar o sábado mudará basicamente o mundo" e que as pessoas que honram o sábado vivem mais! "Sabemos disso com os adventistas do sétimo dia. Eles são realmente mais felizes. Eles têm melhores resultados de saúde…. Honestamente, algo nos foi dito no Sinai que não devemos esquecer", acrescentou.

Um jovem nacionalista cristão, uma das figuras de maior audiência entre os influenciadores americanos, deu um testemunho positivo sobre o sábado do sétimo dia! E o fez através de nossa mensagem de saúde!

Sua morte deu ainda mais visibilidade à verdade do sábado.

Dave Rubin, apresentador do The Rubin Report, um talk show político no YouTube e na emissora Blaze TV, escreveu: "Bem, em homenagem a Charlie, não estarei mais online do pôr do sol de sexta-feira ao pôr do sol de sábado."


O comentarista político, advogado e colunista, Josh Hammer, também escreveu:

"Na época de sua morte, Charlie Kirk estava trabalhando em um livro sobre o sábado (link abaixo). Espero que ainda seja publicado. Enquanto isso, uma maneira incrível para judeus e cristãos honrarem Charlie seria comprometer-se a honrar o sábado."


E Jeb GST publicou em sua conta no X: "Recomendo fortemente a todos que honrem o sábado esta semana em homenagem a @charliekirk11".


Isso não é tudo! O seguinte foi publicado no site da Vox, uma mídia que definitivamente não é conservadora:

Charlie Kirk, 31 anos, observava o sábado judaico... Toda semana, do pôr do sol de sexta-feira ao pôr do sol de sábado, Kirk desligava o telefone, passava tempo com a esposa e os filhos e descansava... Encontrei um vídeo dele explicando por que se sentia atraído pelo sábado; ele estava até escrevendo um livro, que será lançado em dezembro deste ano, sobre por que ele achava que observá-lo é tão transformador.

E a revista Rolling Stone publicou em seu site (sim, Rolling Stone!):

Charlie Kirk estava se preparando para lançar um novo livro quando o ativista de direita foi morto a tiros em Utah na terça-feira... o próximo livro de Kirk, 'Stop, in the Name of God' [Pare, em nome de Deus], chegou ao topo da lista dos mais vendidos da Amazon, três meses antes da data de lançamento prevista para 9 de dezembro. Com o subtítulo 'Why Honoring the Sabbath Will Transform Your Life' [Por que honrar o sábado transformará sua vida], o livro de Kirk aborda o significado histórico do dia bíblico de descanso e oferece um argumento sobre por que é mais importante do que nunca observá-lo.

O que Ellen White escreveu? "Há períodos que são pontos de virada na história das nações e da Igreja. Na providência de Deus, quando essas diferentes crises chegam, a luz para aquele momento é dada."

Não é tudo isso, então, a providência de Deus no sentido de dar visibilidade à uma das verdades mais importantes para os últimos dias – o sábado do quarto mandamento – e, assim, preparar o caminho para a proclamação final do evangelho eterno?

Muitas pessoas que não conheciam o sábado bíblico passaram a observá-lo em virtude do testemunho de Charlie Kirk.  São "pedras" clamando! O que faremos a respeito? Uma coisa é certa: deixar de aproveitar o caminho que o Senhor preparou para nós não é uma opção.

O mal contra-ataca

Satanás, no entanto, não dorme. Ele imediatamente arregimentou suas forças nunca tentativa desesperada de encobrir a luz que Deus fez brilhar sobre milhões de pessoas, induzindo-as a pensar que o dia de repouso que Kirk promovia era o domingo, não o sábado.

Dois dias depois de sua morte, a Fox News exibiu uma entrevista em que o convidado, relembrando o legado de Charlie Kirk, se referiu a ele como "um homem de família que... ainda reservava um tempo para o sábado, ainda reservava um tempo para desligar o celular aos domingos, para ir à igreja com seus filhos e com sua esposa".


Embora Charlie fizesse isso, a verdade é que ele guardava o sábado do sétimo dia e enfatizava a necessidade de sua observância em um mundo frenético e problemático.

Em 13 de setembro, o The New York Sun publicou um artigo, "To Celebrate the Legacy of Charlie Kirk, Who Put a Premium on Faith, Honor the Sabbath", em que o sábado é entendido como domingo pelos nacionalistas cristãos:

Há duas maneiras fáceis de honrarmos o legado de Charlie. Na época de sua morte, Charlie estava dando os últimos retoques em um livro sobre o sábado – mais um conceito bíblico que ele defendeu em sua vida pessoal. Seria um tributo adequado a Charlie – e à forma de cristianismo enraizada na Bíblia Hebraica que ele, assim como os fundadores americanos, tanto defendeu – se mais cristãos e judeus honrassem Charlie, comprometendo-se a honrar o sábado, assim como ele fez.

O detalhe sutil está na expressão "assim como os fundadores americanos", cuja forma de cristianismo estava enraizada na observância do domingo, com consequências que eu discuti aqui.

Em 16 de setembro, a colunista do 1819 News, Annie Holmquist, escreveu que, para as muitas pessoas que estão procurando seguir o exemplo de Charlie Kirk, a adoção de um descanso sabático parece ser uma maneira simples de começar, e o domingo, segundo ela, é "uma escolha lógica".

No entanto, a mesma matéria reproduz as palavras de Kirk sobre o dia a ser observado:

Acho que, para nosso próprio prejuízo e para nosso próprio fracasso, nós, como cristãos, decidimos deixar de lado o descanso em um dos sete dias. Deus descansou após a criação, isso vem antes dos hebreus, vem antes mesmo da criação do mundo moderno e da civilização como a conhecemos. E as Escrituras dizem muito claramente que durante seis dias você trabalhará e no sétimo dia você descansará.

Veja, não se trata de Charlie Kirk. Não se trata de política. Trata-se do grande conflito. E o diabo, que odeia o sábado, está determinado a confundir as pessoas nessa questão, inserindo em suas mentes o falso dia de repouso.

O que me leva a pensar: Uma vez que Charlie Kirk promovia o sábado na companhia de pessoas que promovem o domingo, é possível que sua vida tenha sido abreviada por essa razão?

Operação psicológica em massa

Nesse ponto, quero convidar o leitor a refletir comigo sobre alguns eventos suspeitos relacionados ao assassinato de Kirk.

É importante lembrar que o inimigo está motivado e determinado (Apocalipse 12:12). À medida que nos aproximamos do fim, ele intensificará seus esforços para conquistar a lealdade dos habitantes da Terra e envolvê-los em uma confederação (16:13-14; 17:13)

Esta "reconstrução na ordem" – que certamente coincide com "o início de uma era de paz duradoura e bênção divina para a Igreja", tal como expresso na Monita Secreta dos jesuítas – não acontecerá, porém, sem que primeiro a desordem atinja seu ponto culminante, quando "todos os males, todos os erros e todos os crimes se acumulam".

Acelerar a descida ao nível mais baixo apressa, portanto, "a ascensão que inevitavelmente se seguirá". Para isso, é indispensável ter as pessoas certas nos lugares certos para acelerar a descida.

Facilitar, estimular, exacerbar ou mesmo criar diferentes crises tem sido a regra de ouro das forças ocultas em operação, que vivem para a posse do poder, anseiam por expandi-lo e não hesitam em recorrer a todo tipo de expediente para consolidá-lo.

E porque o poder é a autoridade suprema das figuras escondidas que manipulam os eventos mais visíveis, Satanás pode, por meio delas, realizar suas próprias pretensões de poder.

Considere, por exemplo, os protestos em torno da morte de George Floyd em maio de 2020, durante a pressão crescente das políticas sanitárias.

O autor de um artigo publicado no OffGuardian no calor dos acontecimentos observou perceptivamente que vídeos não se tornam virais, mas são feitos para se tornarem virais, ou seja, precisam ser produzidos, editados, publicados e compartilhados pelas pessoas certas, no momento certo e da maneira certa.

Então, por que o vídeo do fim trágico de George Floyd se tornou viral? Por que esse vídeo foi notado, e não as dezenas de outros vídeos que mostram a brutalidade policial? Por que, poucos dias após o incidente, a Nike veiculou um anúncio endossando os protestos? Por que uma revolta supostamente popular recebeu patrocínio como se fosse uma equipe esportiva?

É possível que a sociedade americana tenha sido vítima de uma operação psicológica em larga escala, com o fim de confundir as pessoas sobre os fatos e aprofundar a divisão social?

Quem se beneficiaria com o caos assim produzido, senão aqueles que consideram os princípios fundadores da América, expressos na Constituição e na Declaração dos Direitos, um obstáculo à realização de suas pretensões?

Capa da revista The Economist de 25 de abril de 2020, com o título sugestivo:
"Seu país precisa de mim. Uma pandemia de tomada de poder."

Um fato curioso é que George Floyd e Charlie Kirk nasceram no mesmo dia e mês; Floyd nasceu em 14 de outubro de 1973, e Kirk, vinte anos depois, em 14 de outubro de 1993! Sem que tivessem conhecimento disto, ambos os jovens se tornaram figuras emblemáticas na polarização da sociedade americana.

Além das lacunas deixadas pelo silêncio das autoridades sobre certos detalhes relacionados à morte de Kirk – lacunas que têm sido preenchidas pela imaginação do público –, considere os seguintes eventos:

  • Imediatamente após o incidente, circularam nas redes sociais diversos vídeos celebrando a morte de Kirk. A imprensa convencional também deu ampla visibilidade a esses conteúdos. [1]
  • Cerca de uma hora após o tiroteio, o comentarista político Matthew Dowd sugeriu, durante uma transmissão da MSNBC, que o atirador poderia ter sido um apoiador de Kirk (portanto, de direita) e que a própria vítima foi responsável pela tragédia ao ter usado "palavras de ódio" que levaram a "ações de ódio".
  • Vídeos de um homem sendo arrastado por policiais e identificado como George Zinn circularam amplamente no X. Zinn foi levado sob custódia e depois acusado de obstrução de justiça. O promotor público do condado de Salt Lake, Sim Gill, disse ao jornal local que Zinn era "politicamente conservador, com tendência libertária".
  • Outra publicação no X, que também viralizou na internet, dizia: "A tentativa de assassinato de Charlie Kirk foi supostamente realizada por Michael Mallinson, membro do Partido Democrata de Utah [portanto, de esquerda], informou a Fox News".
  • O governador de Utah afirmou que o principal suspeito preso e formalmente acusado, Tyler Robinson, é de esquerda, embora tenha crescido em uma família conservadora.

É razoável supor que, assim como no caso George Floyd, toda essa publicidade envolvendo direita versus esquerda seja parte de uma manobra cuidadosamente orquestrada para exacerbar as tensões e aprofundar a polarização pelo motivo mencionado mais acima?

Afinal, a mudança requer conflito, e o conflito requer o choque de opostos, porque somente da crise assim produzida populações inteiras podem ser levadas a abandonar antigas crenças e a adotar novas.

Nesse contexto, "esquerda" e "direita" nada mais são que elementos artificiais em um processo de mudança controlada.

Os verdadeiros agentes do caos

Essa regra de manter a sociedade em constante estado de agitação e efervescência, de treiná-la e habituá-la à indignação e oposição, não saiu, porém, do manual de operações psicológicas da comunidade de inteligência ou dos militares americanos.

Deve ter surgido de inimigos mais formidáveis e astutos, em cujas dependências é formada, aliás, a mão de obra da Agência Central de Inteligência (CIA), do Departamento de Defesa (agora Departamento de Guerra), do Departamento de Estado e de outros órgãos ligados à segurança nacional, e cujo objetivo é a destruição desta "civilização de Lúcifer", conhecida como Estados Unidos da América, fundada por aqueles "homenzinhos que se recusam a dobrar os joelhos ou inclinar a cabeça em submissão a uma autoridade superior". [2]

Essa autoridade é o papado, um sistema que, nas palavras de Samuel Morse, é "caracterizado por profunda intriga política e despotismo, disfarçando-se sob o venerável manto da religião para evitar o escrutínio". [3]

Charles Chiniquy, que foi padre durante grande parte de sua vida, conheceu em primeira mão a hostilidade de Roma e dos jesuítas aos princípios constitucionais americanos e sua determinação em subvertê-los. Em Cinquenta Anos na Igreja Católica Apostólica Romana, Chiniquy escreveu: [4]

Muito antes de receber eu as sagradas ordens, sabia já que minha igreja era o mais implacável inimigo desta República. Meus professores de filosofia, de história e de teologia unanimemente me diziam que os princípios e leis da Igreja Católica Romana estão em absoluto antagonismo com as leis e princípios basilares da Constituição dos Estados Unidos.

Sobre o modus operandi de Roma para subverter a América, Chiniquy observou: [5]

Desde o seu início [da história dos EUA], Roma semeou perfidamente os germes da cisão e do ódio entre as duas grandes facções deste país, e sentiu indizível prazer quando viu alcançado o seu alvo de separar o Sul do Norte mediante o fervente problema da escravidão [Chiniquy estava se referindo à Guerra Civil Americana]. Calorosamente recebeu tal divisão como a sua áurea oportunidade: atirar um partido contra o outro, para depois reinar sozinha sobre as sangrentas ruinas de ambos. Sim, esta foi sempre, e invariavelmente, a política vaticanista.

Além disso, em uma entrevista pessoal com Abraham Lincoln, Chiniquy registrou as palavras do presidente americano a respeito da atuação dos jesuítas na conspiração de Roma contra os Estados Unidos durante a Guerra de Secessão: [6]

Desafortunadamente, sinto cada vez mais que não estou a lutar unicamente contra os americanos do Sul, mas muito mais contra o papa de Roma, contra os pérfidos jesuítas e seus cegos e sanguissedentos escravos.... Esta guerra civil, para aqueles que olham, mas não enxergam, parece nada mais que mera questão política. Mas para mim, que estou a ver as molas secretas deste horrível drama, é mais uma guerra religiosa que civil. É a Igreja Romana que deseja governar e degradar o Norte, como já vem governando e degradando o Sul, desde o dia de seu descobrimento.... Para conservar sua ascendência no Norte, como o faz no Sul, a Igreja Romana está fazendo aqui o que já fez no México e com todas as repúblicas da América do Sul; está paralisando os braços dos soldados da Liberdade por meio de guerras civis. Ela divide nossa nação, para enfraquecê-la, subjugá-la, e assim reinar soberana.

A despeito das manobras dos jesuítas e do apoio do papa aos Estados Confederados da América (o Sul), a Guerra de Secessão terminou com a vitória da União (o Norte) em 9 abril de 1865. Poucos dias depois, em 14 de abril, Lincoln foi assassinado. A trama criminosa, concebida por padres jesuítas e executada por figuras a seu serviço, é analisada pelo general Harris em A Responsabilidade de Roma pelo Assassinato de Abraham Lincoln, disponível aqui.

Esse expediente diabólico de dividir, enfraquecer e subjugar foi empregado não só durante a Guerra de Secessão, mas também nos distúrbios fomentados ou facilitados por sacerdotes católicos em diferentes cidades dos Estados Unidos (uma consequência da política de imigração da época, que guarda notável semelhança com as tensões atuais e por motivos muito parecidos).

Sobre esses tumultos, Samuel Morse escreveu: [7]

O que contribui para essa turbulência? É a ignorância – uma ignorância que os que estão no poder preferem manter... Em nossa sociedade livre, há apenas duas maneiras de se proteger contra as ações de tais indivíduos: fornecendo a eles uma sólida educação republicana e religiosa ou [note, por favor] contando com o apoio do clero que os supervisiona, que pode optar por permitir, orientar ou suprimir sua inquietação com base no que eles percebem ser os interesses da igreja em um determinado momento. É fundamental observar que as mesmas autoridades capazes de restringir esses indivíduos também podem, quando isso serve a seus propósitos, desencadear o caos. Esse método de controle... é exemplificado pelas turbas lideradas por padres em Portugal, na Espanha e na América do Sul. Não se surpreenda, leitor americano, pois uma forma semelhante de controle já está presente em nossa nação! Já testemunhamos inúmeras turbas que nem as forças civis nem as militares conseguiam subjugar até que as palavras tranquilizadoras do padre católico de 'paz, sossego' reprimissem a agitação e acalmassem a tempestade da desordem pública.

O abade Leone, que conheceu o jesuitismo durante seu noviciado, também escreveu sobre esse modo de atuar dos jesuítas: [8]

... quem negará que tem sido a característica do jesuitismo... fomentar continuamente no seio de universidades, parlamentos, corpos clericais e corporações religiosas uma sucessão de descontentamentos, divisões, conflitos e discórdias?

De fato, o item V das instruções privadas dos jesuítas diz:

Embora opere com o máximo de cautela e sigilo, a Sociedade pode se beneficiar potencialmente da promoção de discórdia e conflito entre nobres e príncipes, mesmo que isso leve a um enfraquecimento mútuo de seu poder. No entanto, se a reconciliação entre essas facções parecer iminente, a Sociedade deve intervir ativamente para evitar que isso ocorra, garantindo que qualquer resolução seja alcançada por meio da influência da própria Sociedade e não por meio da intervenção de outras partes.

E o item VIII acrescenta:

Se a perspectiva de alcançar esse objetivo final de domínio eclesiástico parecer incerta, a Sociedade pode mudar temporariamente sua estratégia. Isso pode envolver o incentivo discreto ao conflito e à competição entre governantes poderosos. Essa discórdia calculada pode, então, criar uma oportunidade para a Sociedade intervir como mediadora e pacificadora. Ao se posicionar como a força essencial para restaurar a ordem e a estabilidade, a Sociedade pode alavancar sua influência para garantir recompensas significativas, incluindo os mais prestigiados cargos eclesiásticos e benefícios.

Temos aqui o modelo dos conflitos que eclodiram recentemente em Portland, Los Angeles, São Francisco, Chicago, etc. O resultado que se espera alcançar por meio deles é o mesmo que no passado: aniquilar os valores democráticos que Roma e seus agentes jesuítas odeiam, um sentimento que eles procuram ocultar sob a aparência da simpatia e benevolência.

Esquerda versus direita, cultura "Woke", políticas de imigração (principalmente nas nações onde o protestantismo floresceu), cada tensão, cada choque, cada conflito é calculado e inspirado no mesmo manual dos jesuítas.

Sua regra áurea exige que, na mudança da velha realidade para a "nova" – a "era de paz duradoura e bênção divina para a Igreja" –, a sociedade que os mártires da liberdade ajudaram a construir seja dividida, enfraquecida e dilacerada.

E como, de acordo com a Igreja, é necessário e benéfico matar hereges [9] e é lícito a qualquer particular matar um governante herege [10], segue-se que o assassinato, direta ou indiretamente, tem sido a política favorita dos jesuítas em sua rebelião contra os princípios fundadores dos Estados Unidos.

Abraham Lincoln foi morto porque decidiu governar contrariamente aos interesses de Roma, diferentemente da administração de Franklin Delano Roosevelt, que abraçou a doutrina social católica e se empenhou em restabelecer relações diplomáticas com o Vaticano.

Ao contrário do governo de Lincoln, o de Roosevelt é altamente avaliado e reverenciado pelos historiadores do establishment.

John F. Kennedy é outro exemplo marcante. Primeiro católico a ocupar o Salão Oval, Kennedy declarou que sua religião "não era relevante" e procurou separá-la de seu cargo.

Além disso, segundo Donald Jeffries [11], Kennedy nunca participou de uma reunião do grupo Bilderberg [muitos líderes políticos e figuras públicas que já participaram ou fazem parte do perfil de pessoas que são convidadas para estas reuniões são ex-alunos da Georgetown, a universidade jesuíta de maior prestígio nos EUA], quase certamente não tinha parentesco com outros presidentes e/ou com a família real inglesa, não fazia parte do que ele chamava de "establishment de Nova York" [que incluía organizações como as fundações Rockefeller, Ford e Carnegie e o Conselho de Relações Exteriores] e mantinha uma animosidade mútua com a CIA [além do fato de a School of Foreign Service, da Universidade de Georgetown, ser a espinha dorsal da agência, William Joseph Donovan, pai da CIA, foi condecorado com a Grã-Cruz da Ordem de São Silvestre pelo Vaticano em julho de 1944, a mais alta das ordens papais de cavalaria].

Em 27 de abril de 1961, Kennedy fez um discurso na American Newspaper Publishers Association, diferente de qualquer outro discurso já feito por um presidente, em que ele atacou as sociedades secretas e o sigilo no governo em geral. Em 22 de novembro de 1963, John Kennedy foi assassinado em Dallas, no Texas, aos 43 anos.

J. Edgar Hoover, que era diretor do FBI quando Kennedy foi assassinado, é agraciado com o
Prêmio Espada de Loyola, da Universidade Loyola de Chicago
(New York Times, 23 de setembro de 1964)

Inversamente à administração de Kennedy, George W. Bush, que era protestante, acolheu a doutrina e os ensinamentos da Igreja Católica na Casa Branca e baseou neles muitas de suas mais importantes decisões de política interna, o que levou o Washington Post a observar que Bush poderia muito bem ser considerado "o primeiro presidente católico" do país, título que, na verdade, pertence a Kennedy! [12]

À luz desses fatos, estou convencido de que Charlie Kirk foi morto porque defendeu princípios que esses agentes de Satanás abominam.

Em breve, todos os que guardam os mandamentos de Deus e mantêm a fé de Jesus serão alvos (Apocalipse 12:17; 14:12).

Devemos nos preparar para esse momento.

Continua...

Notas e referências

1. Significativamente, Naomi Wolf disse que viu nessas manifestações a mesma presença ou entidade demoníaca zombeteira e desumana de que trata a literatura de exorcismo. O Vigilant Citizen as chamou de "energia tóxica e demoníaca que está varrendo a América", e acrescentou: "O que está acontecendo hoje não é meramente político; é espiritual".

2. Leo Herbert Lehmann, Por trás dos Ditadores, p. 19.

3. Samuel F. B. Morse, Conspiração Estrangeira contra as Liberdades dos Estados Unidos, p. 49.

4. Charles Chiniquy, Cinquenta Anos na Igreja Católica Apostólica Romana. São Paulo: Livraria Independente Editora, 1947, p. 620.

5. Ibid., p. 637.

6. Ibid., p. 642 e 643. Sobre o papel da Igreja Católica na Guerra de Secessão, será útil ler também Escravidão e Catolicismo, de Richard Roscoe Miller, página 72 e seguintes.

7. Samuel F. B. Morse, op. cit., p. 47 e 48.

8. Jacopo Leone, The Jesuit Conspiracy: The secret plan of the Order. London: Chapman and Hall, 1848, p. 63.

9. O Quarto Concílio de Latrão – que, nas palavras de H. J. Schroeder, foi "de longe a mais importante assembleia eclesiástica da Idade Média e marcou o apogeu da vida eclesiástica e do poder papal" – decidiu no Canon 3: "As autoridades seculares... devem ser admoestadas e induzidas e, se necessário, obrigadas pela censura eclesiástica a de tal modo defender a fé... que devem prestar juramento público de que se empenharão... para exterminar nos territórios sujeitos à sua jurisdição todos os hereges apontados pela Igreja." – Disciplinary Decrees of the General Councils: Text, Translation, and Commentary. St. Louis, Mo. and London: B. Herder Book Co., 1937, p. 242 e 243. Uma prova de que essa decisão não foi ab-rogada pode ser vista aqui.

10. Francisco Suárez, Defensa de la Fe Catolica contra los Errores del Anglicanismo, #13 e 14, p. 720 e 721.

11. Donald Jeffries, Hidden History: an encyclopedia of modern crimes, conspiracies, and cover-ups in American politics. New York: Skyhorse Publishing, 2016, edição digital, sem paginação.

12. "A Catholic Wind in the White House", Daniel Burke, The Washington Post, 13 de abril de 2008.


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