Antes de tudo, é preciso observar que Deus não é responsável pelo pecado.
O astuto inimigo da verdade tem induzido homens e mulheres a olharem para Deus como o autor do pecado, do sofrimento e da morte.
De fato, a influência do pensamento gnóstico renascido na cultura pós-moderna tem desempenhado precisamente esse papel: representar o Criador como uma entidade do mal, responsável pela presente condição humana (para entender como isso se reflete no cinema, clique aqui).
Todavia, não há nada no caráter ou nas ações de Deus que possa responsabilizá-Lo pela existência do mal e do pecado. Esta é uma certeza da qual testificam as Escrituras:
Longe de Deus o praticar ele a perversidade, e do Todo Poderoso o cometer injustiça. (Jó 34:10)
Suas obras são perfeitas, porque todos os seus caminhos são juízo; Deus é fidelidade, e não há nele injustiça; é justo e reto. (Deuteronômio 32:4)
Pois tu não és Deus que se agrade com a iniquidade, e contigo não subsiste o mal. (Salmo 5:4)
Tiago enfatiza e esclarece esta verdade unânime das Escrituras ao declarar:
Ninguém, ao ser tentado, diga: Sou tentado por Deus; porque Deus não pode ser tentado pelo mal e ele mesmo a ninguém tenta. Ao contrário, cada um é tentado pela sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz. (Tiago 1:13-14)
O texto inspirado de Tiago ensina três coisas importantes:
- é inconcebível que Deus seja tentado pelo mal;
- é impossível, portanto, que Ele induza alguém a pecar;
- consequentemente, o homem é responsável por seus próprios pecados, tendo em vista as más tendências de seu coração, ou seja, a própria concupiscência dentro de si que o atrai e o leva a pecar.
Nosso Senhor também se referiu a essa natureza íntima do pecado ao afirmar:
Porque do coração procedem maus desígnios, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos, blasfêmias. (Mateus 15:19)
Tudo isso significa que, a despeito das hostes do mal instigarem ao pecado (Efésios 6:12; I Tessalonicenses 3:5), como entidade moral livre, o homem é responsável se voluntariamente permite que as tentações estimulem seu desejo inerente de satisfazer a própria vontade, em detrimento da vontade de Deus (ver Gênesis 4:7).
Deus não é o inimigo a ser derrotado
O interesse e a iniciativa redentora de Deus em favor dos seres humanos é uma viva demonstração de que Ele não é o causador do pecado.
O plano divino de redenção, em torno do qual giram todas as demais verdades das Escrituras, testifica do grande propósito de Deus de reverter tudo o que o pecado danificou, restaurando no homem a imagem do Criador conforme revelada no caráter e na vida de Jesus.
Certamente não há maior revelação do caráter de Deus e de como Ele vê Suas criaturas do que no sofrimento e morte vicária de nosso Salvador.
Em Cristo, aprendemos que Deus não é a fonte do pecado, e sim o diabo, que peca desde o princípio (João 8:44). Para isto Cristo Se manifestou: para destruir as obras do diabo (I João 3:8).
A fim de desmascarar o engano pelo qual o tentador atribui a Deus a miséria resultante da queda de Adão e Eva, nosso Redentor "esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, tornando-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz." (Filipenses 2:7-8).
Revestido da natureza humana, porém sem pecado, Jesus Cristo enfrentou toda provação a que estamos sujeitos (Hebreus 2:17; 4:15), e a venceu no poder que Lhe foi concedido pelo Pai. Sua vida é um poderoso testemunho do caráter de Deus e uma prova de que todo homem pode vencer como Ele venceu, se decidir aceitá-lO e seguir os Seus passos.
Tendo em mente esta certeza, vamos considerar em nossas próximas postagens o que a Bíblia diz a respeito do pecado e como Deus está determinado a resolver esse problema.
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2 Comentários
Graças a Deus que nos vê com olhar de amor e misericórdia! Que a Sua vontade se cumpra na minha vida! Devemos ser eternamente gratos a Ele!
ResponderExcluirCertamente! Amém!
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