A morte do papa Francisco foi a notícia da semana. O camerlengo do Vaticano, cardeal Kevin Farrell, leu o comunicado oficial na capela Domus Santa Marta, onde o papa viveu:
Queridos irmãos e irmãs, com profunda tristeza, devo anunciar a morte de nosso Santo Padre Francisco. Às 7h35 desta manhã [21 de abril], o Bispo de Roma, Francisco, retornou à casa do Pai. Sua vida inteira foi dedicada ao serviço do Senhor e de Sua Igreja...
Mesmo não tendo sido um grande fã de Francisco, na segunda-feira, dia da morte do papa, o presidente Donald Trump determinou que a bandeira dos Estados Unidos fosse hasteada a meio mastro, "em honra à memória de Sua Santidade".
Considerando o papel da América protestante no tempo do fim, é uma proclamação e tanto.
O que os grandes nomes do passado, como Chiniquy, Morse e Harris, diriam sobre isso se estivessem vivos?
Os tempos mudaram, no entanto, e a maioria dos cristãos, particularmente nos Estados Unidos, tem pouco ou nenhum conhecimento sobre a história de Roma papal e, assim, não percebe o terrível perigo escondido na atual relação do governo americano com esse poder.
Duas grandes mentiras
Embora eu tenha um profundo respeito pelos católicos, com os quais, aliás, nós, adventistas do sétimo dia, temos muito a aprender quando o assunto é coragem e ousadia (veja exemplos aqui e aqui), duas observações precisam ser feitas à luz das Escrituras.
A primeira diz respeito ao título "Sua Santidade" atribuído ao papa.
Somente Jesus Cristo merece esse título.
É um fato, portanto, que a expressão resume as pretensões arrogantes e blasfemas do papado ao longo da história, e mesmo um papa liberal, como Francisco, nunca renunciou formalmente a nenhuma delas.
Um exemplo bastante representativo ocorreu durante a celebração que concluiu a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, na Basílica de São Paulo Fora dos Muros, em 25 de janeiro de 2014.
O papa Francisco estava sentado em um grande trono branco entre dois "querubins" e quatro "seres viventes", lembrando a descrição do trono de Deus em Isaías 37:16 e Apocalipse 4:6! A imagem abaixo é uma captura de tela do Centro Televisivo Vaticano (CTV), atual Vatican Media (reprodução: biblelightinfo.com).
Essa atitude do papado de reivindicar o direito de exercer prerrogativas divinas no lugar de Deus cumpre notavelmente o que Daniel 7:8, 25; 8:9-12, 23-25; 11:36-37; 2 Tessalonicenses 2:3-4 e Apocalipse 13:1-7 profetizaram sobre esse poder.
A segunda observação se refere à ideia de que, com sua morte, Francisco "retornou à casa do Pai".
Na verdade, de acordo com a Bíblia, ele não foi a lugar algum, mas permanece na sepultura aguardando a ressurreição. Em João 5:28 e 29, Jesus disse de forma bastante didática:
Não fiquem admirados com isto, pois está chegando a hora em que todos os que estiverem nos túmulos ouvirão a sua voz e sairão; os que fizeram o bem ressuscitarão para a vida, e os que fizeram o mal ressuscitarão para serem condenados.
É Deus quem decidirá em qual ressurreição o papa (e cada um de nós, se morrer) estará quando Jesus voltar, segundo a condição espiritual e os frutos produzidos.
A ideia de que a alma é imortal e que, após a morte, vai para o céu, para o inferno ou para o purgatório, não encontra nenhum apoio nas Escrituras. É uma das maiores mentiras de todos os tempos. E, infelizmente, grande parte dos cristãos acredita nela.
Expectativa quanto ao próximo papa
Como um bom jesuíta, Francisco foi estrategicamente liberal.
Ele sugeriu ao mundo a imagem de um papa alinhado com as obsessões da esquerda, como sexualidade, vacinação compulsória e mudanças climáticas, atraindo, no processo, a indignação de muitos católicos conservadores, principalmente na América, mas não implementou nenhuma mudança substancial nos dogmas e declarações oficiais do catolicismo.
Roma continua sendo o que sempre foi.
É quase certo, no entanto, que o próximo papa será um conservador. Afinal, a alternância de partidos – oral liberal, ora conservador – faz parte do jogo de alto nível que eu abordei aqui.
E se o próximo papa for conservador, provavelmente estará mais alinhado com a administração conservadora de Donald Trump.
(Um lembrete: Em apenas quatro meses de governo, Trump mudou radicalmente as relações internacionais! Quantas coisas mais poderão acontecer nos próximos três anos e meio?)
Em todo caso, à medida que o mundo reflete sobre o legado da "autoridade moral" de nosso tempo e questões mais profundas vão surgindo, como as supostas profecias de São Malaquias (o que representa uma excelente oportunidade para levarmos as pessoas de volta à Bíblia), aumenta a necessidade individual de buscar ao Senhor enquanto se pode achá-Lo, de invocá-Lo enquanto está perto (Isaías 55:6-7), pois certamente o tempo está se esgotando para este velho mundo.
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