Quando dois mais dois é igual a cinco


Um pastor influente reagiu ao meu último post. Vejamos o que podemos aprender com ele.

Sobre meu artigo:

"Li ontem. Há algumas partes razoáveis, mas ele [no caso, eu, o autor do artigo] parte da velha premissa de que EGW condena todo tipo de dramatização, e não a pregação teatral. Hermenêutica errada."

Nem uma palavra sobre o fato de seu colega (e professor) ter confundido símbolos, artifícios literários e drama real com drama teatral, como eu esperava.

Hermenêutica errada é fazer malabarismo exegético da pior espécie para defender o indefensável.

Além disso, em seus escritos sobre teatro e dramatizações, Ellen G. White não se referiu apenas à pregação teatral. O leitor não precisa (e não deve) acreditar em mim. Basta ler todas as citações de Ellen White a respeito do assunto mencionadas no fim do artigo.

Sobre a atriz que interpretou Ellen White no filme The Hopeful:

"Sim, ela participou de filmes reprováveis no passado, mas soube que foi tocada pelo papel que desempenhou no filme que conta a história do adventismo. Creio que alguns 'crentes' hoje não leriam os salmos se soubessem do pecado de Davi..."

A atriz pode ter sido tocada pelo papel, mas certamente não foi durante as filmagens de Tell the World (em português: Como tudo começou), lançado em 2016. Clusterf*ck estreou em 2017, Queer Your Stories, em 2019, e The Retreat, em 2021.

Mesmo assim, os líderes da Igreja não hesitaram em contratá-la para o último filme, The Hopeful.

O problema não é a atriz, mas a decisão inconsequente dos líderes.

E, por favor, que argumento cretino esse de que "alguns 'crentes' hoje não leriam os salmos se soubessem do pecado de Davi", só para justificar a contratação de Tommie-Amber Pirie! São situações bem diferentes.

"E não tem nada a ver comparar a indústria cinematográfica com os textos em que EGW condena as representações teatrais. Leia meu texto, irmã [minha esposa, que compartilhou o artigo].

"Em 200 anos de pesquisas, estudos e debates responsáveis, somente esse indivíduo, agora, descobriu a verdade.

"Poderia até abordar o assunto, mas de forma acadêmica, ponderada, responsável. Não colocando a igreja em xeque. Típico espírito divisionista e dissidente."

Minha análise sobre atuação se baseia, antes de tudo, no testemunho de atores e diretores. Só então considerei as implicações morais e espirituais à luz dos princípios bíblicos e dos escritos de Ellen White. O leitor só precisa avaliar meus argumentos para comprovar que não fui leviano.

O que não tem nada a ver é confundir alhos com bugalhos.

E não, o indivíduo aqui não descobriu a verdade. Antes de mim, outras pessoas expuseram basicamente as mesmas inconsistências. A diferença é que o fizeram com mais propriedade e polidez do que eu.

Vocês não precisam que eu aborde o assunto de forma acadêmica, pois embora meu texto não seja acadêmico, é ponderado e responsável, apesar de incisivo.

O que vocês realmente precisam é de vergonha na cara, algo que perderam há muito tempo.

Em momento algum coloquei a igreja em xeque, e sim a estratégia evangelística de pastores inconsequentes e irresponsáveis.

Eu amo minha igreja e sempre respeitei sua organização. Eu não respeito gente mentirosa e leviana.

Deixarei que o leitor julgue se tenho espírito divisionista ou dissidente, mas é preciso ler meus artigos para identificar a verdadeira causa do problema:


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