Vamos falar sobre o meu país



Não sou de direita nem de esquerda. Não tenho político nem partido de estimação. Sou um pregador do evangelho, embora o menor e o mais indigno.

Assim sendo, minhas opiniões políticas não importam. Exerço minha cidadania escolhendo bem os meus representantes e acompanhando e fiscalizando suas ações tanto quanto possível.

Não obstante, a máquina pública existe para atender aos interesses de quem vive dela. Pagamos impostos e nos sujeitamos a salários cada vez mais baixos para que os governos possam continuar gastando indiscriminadamente, comprando votos e recompensando seus amigos e patrocinadores.

É assim que o governo continua a acumular mais poder e autoridade sobre o cidadão. A ideia do filósofo inglês John Locke, de que os governos só governam legitimamente quando têm o consentimento dos governados, é coisa do passado.

Contudo, políticos e burocratas também são seres humanos pelos quais o Senhor Jesus morreu e, por essa razão, eu anunciaria as boas novas do evangelho a qualquer um deles que estivesse disposto a ouvir.

De fato, enviei há alguns anos um exemplar de O Grande Conflito para um dos ministros da Suprema Corte, com dedicatória e tudo.

E se o presidente de meu país me desse a chance de dizer-lhe que acordo todas as manhãs com a esperança de viver em "novos céus e nova terra, nos quais habita justiça" (2 Pedro 3:13), eu acrescentaria que Jesus Cristo ainda está de braços abertos esperando por ele.

Se o presidente ouvisse a voz do Espírito Santo e entregasse sua vida a Jesus, então teríamos um verdadeiro estadista à frente do país, alguém como José e Daniel, cujas decisões eram orientadas pelo caráter, e não pelas diatribes do poder.

No entanto, o presidente é amigo íntimo do papa, o que torna as coisas mais difíceis.

Porque se o papa não fosse político, nem papa, seria um legítimo cristão e, como tal, jamais diria as coisas que disse durante esta entrevista.

Mas, infelizmente, a história é outra.

Por isso, quando o presidente declarou que tem orgulho de ser chamado de socialista ou comunista e que pequenos furtos são justificáveis, suas palavras fizeram muito sentido para mim.

Roma é a mãe do socialismo e do comunismo, e a doutrina social da Igreja ensina que o pobre tem o "direito de tomar, dos bens dos outros, o que necessita".

Uma cultura de ilegalidade raramente permanece restrita a delitos mesquinhos e invariavelmente leva a violências maiores. Mas isso não passa de uma nota de rodapé. O presidente está apenas fazendo jus à sua amizade com o papa e cumprindo sua agenda.

Ser um inimigo declarado do papa, no entanto, pode custar muito caro.

No auge de sua carreira, Sinéad O'Connor foi convidada para o tradicional programa de TV americano Saturday Night Live, da NBC. Porém, ao invés de cantar suas músicas, O'Connor escolheu protestar contra o papa João Paulo II em rede nacional.

No clímax de sua performance, rasgou uma foto do papa e exclamou: "Lutem contra o verdadeiro inimigo".

Este foi o começo do fim da carreira de O'Connor.

Segundo a Wikipedia, o protesto desencadeou centenas de reclamações dos telespectadores, atraiu a crítica de instituições, incluindo a Anti-Defamation League e a National Ethnic Coalition of Organizations, e celebridades como Joe Pesci, Frank Sinatra e Madonna (que não é exatamente a queridinha da Igreja por causa de suas músicas e performances pouco ortodoxas) zombaram da manifestação de O'Connor no programa da NBC.

Duas semanas depois, ela foi vaiada em um concerto realizado na cidade de Nova York. A partir daí, foi ladeira abaixo.

A cultura do cancelamento começou em 3 de outubro de 1992, com Sinéad O'Connor. Ela nunca mais se recuperou.

Como o capitão Jean-Luc Picard disse: "Com o primeiro elo, a corrente é forjada. O primeiro discurso censurado, o primeiro pensamento proibido, a primeira liberdade negada – acorrenta-nos a todos irrevogavelmente."

Mas se você for um amigo pessoal do santo padre – certamente um privilégio para poucos –, as portas estarão sempre abertas, inclusive as da prisão!

O que está acontecendo em meu país não é um caso isolado. Faz parte de uma agenda que abrange os países do mundo livre.

A cultura do cancelamento, o combate à "desinformação", o expurgo social, o confisco de bens, as prisões arbitrárias, a cobertura seletiva da mídia, a erosão da soberania nacional, os mandatos que não servem a propósitos legítimos de saúde pública e que são instituídos apenas para punir os transgressores, em cada medida que restringe a liberdade e destrói a autonomia individual eu vejo a sombra negra do papado pairando novamente sobre o mundo.

O mistério da iniquidade está sendo revelado e já podemos sentir seu espírito. Para este tempo Deus nos chamou e nos encarregou de proclamar uma mensagem, que inclui expor a maldade do homem do pecado.

Ao fazê-lo, devemos exaltar a Jesus como o centro de nossa esperança! Queira Deus que estejamos despertos e vigilantes e sejamos uma bênção, para os pequenos e para os grandes.

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