O sistema de gasodutos Nord Stream, que abastece a Alemanha com gás russo, sofreu danos "sem precedentes" na segunda-feira passada, com a OTAN e a União Europeia suspeitando fortemente que as explosões no fundo do Mar Báltico, registradas por sismólogos suecos, foram um ato de sabotagem.
O governo russo considerou o incidente um ato de "terrorismo internacional" e argumentou que as explosões ocorreram em áreas "controladas pela OTAN".
Seja como for, parece evidente que os verdadeiros responsáveis querem a escalada da guerra, pois a misteriosa destruição de uma infraestrutura crítica deixa Putin com mais opções militares do que econômicas.
De fato, à medida que o gás borbulha no Mar Báltico, rumores nucleares aumentam, enquanto o conflito na Ucrânia se intensifica com a convocação (a princípio) de 300 mil reservistas para reforçar o desdobramento das forças russas no teatro de operações.
No cerne da mais recente escalada estão os resultados dos referendos para determinar a questão do ingresso de quatro regiões da Ucrânia (Donetsk, Lugansk, Zaporizhzhya e Kherson) na Federação Russa.
Putin confirmou a anexação dessas regiões parcialmente ocupadas em uma cerimônia televisionada no St. George's Hall do Kremlin. Isso significa que Moscou as considera agora território russo soberano, sujeito, portanto, à proteção com todas as capacidades defensivas disponíveis na Rússia, incluindo armas nucleares. Em seu discurso repleto de retórica antiamericana, Putin foi enfático: "Defenderemos nossa terra com todos os meios à nossa disposição".
Em resposta à anexação, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, anunciou que seu país está enviando um pedido "em caráter de urgência" para ingressar formalmente na OTAN.
Jens Stoltenberg, secretário-geral da aliança militar ocidental, disse a jornalistas ucranianos que "a porta da OTAN permanece aberta" para a adesão da Ucrânia. Stoltenberg enfatizou que os países da aliança não reconhecerão de forma alguma a soberania russa sobre os quatro territórios anexados recentemente.
"A OTAN não é parte do conflito", disse ele, assinalando que a aliança permanecerá implacável no apoio à defesa da Ucrânia contra a invasão da Rússia. Ele chamou a anexação de "a escalada mais séria desde o início da guerra".
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse em uma coletiva de imprensa em conjunto com a ministra das Relações Exteriores do Canadá, Mélanie Joly, que os danos e interrupções nos gasodutos representam "uma tremenda oportunidade para remover de uma vez por todas a dependência da energia russa e, assim, impedir que Vladimir Putin instrumentalize a energia como meio de avançar seus desígnios imperiais".
Com os dois lados dobrando as apostas e intensificando ameaças e advertências, um confronto entre a Rússia (e seus aliados) e o Ocidente parece inevitável.
Como observei em uma postagem anterior, o conflito na Ucrânia envolve interesses muito maiores do que questões meramente territoriais. Trata-se de qual dos dois lados no conflito liderará a nova ordem mundial.
Note, no entanto, que aqui não há mocinhos, porque "estes dois reis se empenharão em fazer o mal e a uma só mesa falarão mentiras; porém isso não prosperará, porque o fim virá no tempo determinado" (Daniel 11:27).
A última parte do verso nos enche de esperança. As maquinações e conspirações do mal duram apenas até quando Deus permite, e, a julgar pelo estágio atual dos eventos, Ele está prestes a intervir decisivamente nos assuntos humanos.
Os rumores de guerra estão entre os sinais portentosos que prenunciam a proximidade de acontecimentos da maior importância. As forças do mal estão-se arregimentando e consolidando-se. É hora de a igreja remanescente despertar e revestir-se "de toda a armadura de Deus" para o embate final do grande conflito.
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1 Comentários
Parabéns por se esforçar em elaborar reflexões muito importantes! Que o Senhor Deus sempre te abençoe!
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