A temperatura está subindo rapidamente


Claramente, chegamos a um ponto crucial da história, em que outra linha vermelha nas relações internacionais está sendo cruzada. Os acontecimentos desta semana pressagiam uma escalada inevitável, uma tempestade perfeita no pior momento possível. Penso que as próximas semanas serão decisivas, e as manchetes podem não ser nada boas.

O sistema de gasodutos Nord Stream, que abastece a Alemanha com gás russo, sofreu danos "sem precedentes" na segunda-feira passada, com a OTAN e a União Europeia suspeitando fortemente que as explosões no fundo do Mar Báltico, registradas por sismólogos suecos, foram um ato de sabotagem.

O governo russo considerou o incidente um ato de "terrorismo internacional" e argumentou que as explosões ocorreram em áreas "controladas pela OTAN".

Seja como for, parece evidente que os verdadeiros responsáveis querem a escalada da guerra, pois a misteriosa destruição de uma infraestrutura crítica deixa Putin com mais opções militares do que econômicas.

De fato, à medida que o gás borbulha no Mar Báltico, rumores nucleares aumentam, enquanto o conflito na Ucrânia se intensifica com a convocação (a princípio) de 300 mil reservistas para reforçar o desdobramento das forças russas no teatro de operações.

No cerne da mais recente escalada estão os resultados dos referendos para determinar a questão do ingresso de quatro regiões da Ucrânia (Donetsk, Lugansk, Zaporizhzhya e Kherson) na Federação Russa.

Putin confirmou a anexação dessas regiões parcialmente ocupadas em uma cerimônia televisionada no St. George's Hall do Kremlin. Isso significa que Moscou as considera agora território russo soberano, sujeito, portanto, à proteção com todas as capacidades defensivas disponíveis na Rússia, incluindo armas nucleares. Em seu discurso repleto de retórica antiamericana, Putin foi enfático: "Defenderemos nossa terra com todos os meios à nossa disposição".

Em resposta à anexação, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, anunciou que seu país está enviando um pedido "em caráter de urgência" para ingressar formalmente na OTAN.

Jens Stoltenberg, secretário-geral da aliança militar ocidental, disse a jornalistas ucranianos que "a porta da OTAN permanece aberta" para a adesão da Ucrânia. Stoltenberg enfatizou que os países da aliança não reconhecerão de forma alguma a soberania russa sobre os quatro territórios anexados recentemente.

"A OTAN não é parte do conflito", disse ele, assinalando que a aliança permanecerá implacável no apoio à defesa da Ucrânia contra a invasão da Rússia. Ele chamou a anexação de "a escalada mais séria desde o início da guerra".

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse em uma coletiva de imprensa em conjunto com a ministra das Relações Exteriores do Canadá, Mélanie Joly, que os danos e interrupções nos gasodutos representam "uma tremenda oportunidade para remover de uma vez por todas a dependência da energia russa e, assim, impedir que Vladimir Putin instrumentalize a energia como meio de avançar seus desígnios imperiais".

Com os dois lados dobrando as apostas e intensificando ameaças e advertências, um confronto entre a Rússia (e seus aliados) e o Ocidente parece inevitável.

Como observei em uma postagem anterior, o conflito na Ucrânia envolve interesses muito maiores do que questões meramente territoriais. Trata-se de qual dos dois lados no conflito liderará a nova ordem mundial.

Note, no entanto, que aqui não há mocinhos, porque "estes dois reis se empenharão em fazer o mal e a uma só mesa falarão mentiras; porém isso não prosperará, porque o fim virá no tempo determinado" (Daniel 11:27).

A última parte do verso nos enche de esperança. As maquinações e conspirações do mal duram apenas até quando Deus permite, e, a julgar pelo estágio atual dos eventos, Ele está prestes a intervir decisivamente nos assuntos humanos.

Os rumores de guerra estão entre os sinais portentosos que prenunciam a proximidade de acontecimentos da maior importância. As forças do mal estão-se arregimentando e consolidando-se. É hora de a igreja remanescente despertar e revestir-se "de toda a armadura de Deus" para o embate final do grande conflito.

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1 Comentários

  1. Parabéns por se esforçar em elaborar reflexões muito importantes! Que o Senhor Deus sempre te abençoe!

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