O que o mundo está enfrentando agora é uma tempestade perfeita. Os efeitos do surto do novo coronavírus têm sido exacerbados por uma confluência de crises que vão desde a acumulação de condições econômicas recessivas e crescente tensão geopolítica até condições climáticas extremas, que incluem erupções vulcânicas, pragas de gafanhotos e, é claro, tempestades.
Assumir um retorno à normalidade inconscientemente pressupõe que o mundo era normal antes da pandemia. Não, não era, e o futuro será menos normal do que imaginávamos ser o presente até há pouco. Como escreveu John Gray, do New Statesman:
O mundo será diferente de como o imaginamos no que pensávamos ser em tempos normais. Não se trata de uma ruptura temporária em um equilíbrio estável: a crise pela qual estamos passando é um ponto de inflexão na história.
Este não é o tipo de evento que pode ser subestimado ou exagerado.
Também não é preciso conhecer profundamente a história para saber que Roma papal, em virtude de sua estrutura rigidamente hierárquica e das pretensões temporais de seu chefe, dialoga melhor com um Estado forte e autoritário, do que com um sistema no qual o poder soberano reside no povo. Trata-se de dois sistemas de governo irreconciliáveis.
À semelhança das crises passadas, a pandemia deu ao governo novos poderes. A maioria das medidas temporárias de mitigação e contenção de crises em nome do bem comum se torna permanente em pouco tempo, e serve de base para a tomada de decisões diante de novas crises, as quais, por sua vez, serão usadas para justificar medidas emergenciais ainda mais restritivas, que finalmente minarão o que restou das liberdades individuais.
Um estado forte é o sonho de consumo de uma Igreja ávida por reaver sua antiga posição.
Por que isso é importante?
Pontos de inflexão biblicamente relevantes não são muito comuns. Eles normalmente marcam o início e o fim de grandes períodos proféticos, como "um tempo, dois tempos e metade de um tempo" (Daniel 7:25), "42 meses" (Apocalipse 13:5) ou "1.260 dias" (12:5), expressões que se referem ao período de supremacia papal.
A libertação de Roma do cerco ostrogodo em março de 538 foi o acontecimento decisivo que permitiu ao pontífice romano exercer a jurisdição legalmente prevista quatro anos antes no Código Imperial de Justiniano, marcando o início de uma longa escalada em direção ao poder político que definiu a história europeia por séculos.
Transcorreram exatos 1.260 anos até que outro evento crucial inaugurasse um novo rumo na história.
Em fevereiro de 1798, Roma foi ocupada pelas tropas napoleônicas. Dentro de poucos dias, o papa foi deposto enquanto soberano temporal, preso e exilado na França, onde veio a falecer no ano seguinte. Em março de 1798, o então presidente do Conseil des Anciens, Pardoux Bordas, pronunciou "uma oração fúnebre pelo papado", um gesto simbólico que marcou o fim do antigo regime e o início do estado secular.
Outro exemplo significativo é a profecia de Daniel 8:14 - "Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado". Trata-se do maior período profético das Escrituras.
"Tardes e manhãs" correspondem a dias (Gênesis 1:5, 8, 13, 19, 23 e 31). Portanto, as 2.300 tardes e manhãs equivalem a 2.300 dias proféticos, ou, segundo o princípio bíblico do dia/ano (Números 14:34; Ezequiel 4:4-7), 2.300 anos literais.
Uma vez que a profecia das “setenta semanas” de Daniel 9 é parte integrante dos 2.300 dias proféticos do capítulo 8, o evento que marca o início do período menor também assinala o início do período maior.
A “saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém” (Daniel 9:25) é o ponto de partida de ambos os períodos proféticos. O livro de Esdras registra três decretos referentes à repatriação dos judeus, dos quais o último, o de Artaxerxes (Esdras 7:1-26), concedeu-lhes autonomia completa, sob o domínio persa.
Este decreto foi promulgado "no sétimo ano do rei Artaxerxes", quando Esdras "subiu da Babilônia" em direção a Jerusalém (Esdras 7:1-7), tendo chegado à cidade "no quinto mês, no sétimo ano deste rei" (verso 8), ou seja, no outono de 457 a.C.
Dois mil e trezentos anos depois, cumpre-se a profecia da purificação do santuário, isto é, no outono de 1844. Visto que a purificação de que fala Daniel 8:14 corresponde ao juízo no Céu de Daniel 7:9 e 10, o evento que assinala o fim dos 2.300 anos diz respeito à purificação do "maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, quer dizer, não desta criação", no qual Cristo, nosso Sumo Sacerdote, é ministro (Hebreus 9:11; 8:1-2)!
Ao contrário de 1798, que marcou o fim dos 1.260 anos de hegemonia papal, referindo-se, portanto, a um evento terrestre, o ano de 1844 assinala o início de um evento celestial - a purificação do santuário no Céu ou juízo investigativo -, o qual inaugurou efetivamente o tempo do fim. Eis a razão por que Gabriel instruiu Daniel a "preservar a visão, porque se refere a dias ainda mui distantes" (Daniel 8:26. Ver também 12:4 e 8-9).
Nesse ponto, somos levados ao livro do Apocalipse. Nele há três séries proféticas de sete: as sete igrejas (2:1 a 3:22), os sete selos (6:1 a 8:1) e as sete trombetas (8:2 a 11:19). Como nas séries proféticas de Daniel, as séries de sete no Apocalipse são paralelas e complementares entre si, ou seja, cobrem basicamente a mesma linha de tempo e cada série seguinte lança mais luz sobre a anterior.
Imagine que cada uma dessas séries proféticas divide a história cristã em sete capítulos, com o último capítulo de cada série culminando com a segunda vinda de Cristo.
Agora note que na série das sete trombetas há um intervalo entre a sexta e a sétima trombetas, uma visão parentética, em que um "anjo forte" jura solenemente que "já não haverá demora" (Apocalipse 10:6).
À pergunta: "Até quando durará a visão...?", em Daniel 8:13, seguiu-se a resposta: "Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado." (verso 14). Mas agora, entre o soar da sexta e da sétima trombetas, ou seja, entre o penúltimo e o último capítulos da história, o "anjo forte" anuncia em um juramento solene que "já não haverá demora"! Ele não se refere ao fim do tempo em geral, mas ao fim do tempo profético de Daniel.
Sua declaração marca o início do tempo do fim, e inaugura uma nova dinâmica no fluxo dos eventos, em que a sucessão de fatos com potencial de alterar o curso da história não depende mais de longos períodos proféticos! Agora os pontos de inflexão na história se tornam mais frequentes e mais intensos, indicando um tempo de crises como nenhum outro. Tais crises têm acelerado o processo histórico em direção à sua consumação definitiva.
Por isso, ao mencionar em Mateus 24:32 e 33 a parábola da figueira em conexão com os sinais que indicam a proximidade da Sua vinda, Jesus quis enfatizar quão imprescindível é que sejamos capazes de reconhecer essa nova dinâmica e compreender seu significado:
À luz do que foi exposto nos parágrafos acima, considere os seguintes eventos:
A relevância histórica e profética da presente crise deve ser avaliada dentro desta perspectiva mais ampla.
Esta quantidade notável de pontos de virada na história e em intervalos relativamente curtos tem lugar somente depois do início do tempo do fim, e todos esses grandes eventos têm em comum o efeito cumulativo, o impacto mais severo e extenso que cada crise tem sobre a seguinte, em cumprimento à profecia de nosso Senhor Jesus (Mateus 24 e nos Evangelhos paralelos).
Essa condição, no entanto, tem cumprido também outra profecia de Cristo igualmente significativa.
Em Apocalipse 17, a besta na visão de João simboliza o poder político, que "era" e agora "não é", mas "está para emergir do abismo" (verso 8). A mulher que a cavalga, chamada "Babilônia, a Grande, a Mãe das Meretrizes e das Abominações da Terra", simboliza o poder religioso, especialmente representado pela Igreja de Roma e suas filhas evangélicas e protestantes que ainda seguem seu exemplo (A profecia denuncia sistemas religiosos, e não pessoas sinceras, que vivem segundo sua fé. A estas, Cristo estende o convite: "Retirai-vos dela, povo meu". (Apocalipse 18:4).
Ora, o aumento do poder do Estado é um sinal inegável de que a besta "está para emergir do abismo", e que, nesta condição, o Estado estará apto a se unir à Igreja novamente. A consequência natural dessa união já é conhecida (Apocalipse 17:6).
Desde o início do século XX (ou seja, apenas algumas décadas depois de 1844), o poder do Estado tem crescido em proporção direta ao aumento das crises.
Além de catalisadoras do processo histórico recente, essas crises são o combustível de alta octanagem que tem impulsionado o poder estatal a níveis incompatíveis com as liberdades individuais. Mais do que qualquer outra coisa, a pandemia tem evidenciado o quanto o poder do Estado se tornou onipresente e invasivo.
Não é preciso ser um cristão para perceber que a presença mais invasiva do Estado não se harmoniza com a liberdade de consciência e a liberdade de expressão tão eloquentemente expressas na Constituição dos Estados Unidos:
A libertação de Roma do cerco ostrogodo em março de 538 foi o acontecimento decisivo que permitiu ao pontífice romano exercer a jurisdição legalmente prevista quatro anos antes no Código Imperial de Justiniano, marcando o início de uma longa escalada em direção ao poder político que definiu a história europeia por séculos.
Transcorreram exatos 1.260 anos até que outro evento crucial inaugurasse um novo rumo na história.
Em fevereiro de 1798, Roma foi ocupada pelas tropas napoleônicas. Dentro de poucos dias, o papa foi deposto enquanto soberano temporal, preso e exilado na França, onde veio a falecer no ano seguinte. Em março de 1798, o então presidente do Conseil des Anciens, Pardoux Bordas, pronunciou "uma oração fúnebre pelo papado", um gesto simbólico que marcou o fim do antigo regime e o início do estado secular.
Outro exemplo significativo é a profecia de Daniel 8:14 - "Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado". Trata-se do maior período profético das Escrituras.
"Tardes e manhãs" correspondem a dias (Gênesis 1:5, 8, 13, 19, 23 e 31). Portanto, as 2.300 tardes e manhãs equivalem a 2.300 dias proféticos, ou, segundo o princípio bíblico do dia/ano (Números 14:34; Ezequiel 4:4-7), 2.300 anos literais.
Uma vez que a profecia das “setenta semanas” de Daniel 9 é parte integrante dos 2.300 dias proféticos do capítulo 8, o evento que marca o início do período menor também assinala o início do período maior.
A “saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém” (Daniel 9:25) é o ponto de partida de ambos os períodos proféticos. O livro de Esdras registra três decretos referentes à repatriação dos judeus, dos quais o último, o de Artaxerxes (Esdras 7:1-26), concedeu-lhes autonomia completa, sob o domínio persa.
Este decreto foi promulgado "no sétimo ano do rei Artaxerxes", quando Esdras "subiu da Babilônia" em direção a Jerusalém (Esdras 7:1-7), tendo chegado à cidade "no quinto mês, no sétimo ano deste rei" (verso 8), ou seja, no outono de 457 a.C.
Dois mil e trezentos anos depois, cumpre-se a profecia da purificação do santuário, isto é, no outono de 1844. Visto que a purificação de que fala Daniel 8:14 corresponde ao juízo no Céu de Daniel 7:9 e 10, o evento que assinala o fim dos 2.300 anos diz respeito à purificação do "maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, quer dizer, não desta criação", no qual Cristo, nosso Sumo Sacerdote, é ministro (Hebreus 9:11; 8:1-2)!
Ao contrário de 1798, que marcou o fim dos 1.260 anos de hegemonia papal, referindo-se, portanto, a um evento terrestre, o ano de 1844 assinala o início de um evento celestial - a purificação do santuário no Céu ou juízo investigativo -, o qual inaugurou efetivamente o tempo do fim. Eis a razão por que Gabriel instruiu Daniel a "preservar a visão, porque se refere a dias ainda mui distantes" (Daniel 8:26. Ver também 12:4 e 8-9).
Nesse ponto, somos levados ao livro do Apocalipse. Nele há três séries proféticas de sete: as sete igrejas (2:1 a 3:22), os sete selos (6:1 a 8:1) e as sete trombetas (8:2 a 11:19). Como nas séries proféticas de Daniel, as séries de sete no Apocalipse são paralelas e complementares entre si, ou seja, cobrem basicamente a mesma linha de tempo e cada série seguinte lança mais luz sobre a anterior.
Imagine que cada uma dessas séries proféticas divide a história cristã em sete capítulos, com o último capítulo de cada série culminando com a segunda vinda de Cristo.
Agora note que na série das sete trombetas há um intervalo entre a sexta e a sétima trombetas, uma visão parentética, em que um "anjo forte" jura solenemente que "já não haverá demora" (Apocalipse 10:6).
À pergunta: "Até quando durará a visão...?", em Daniel 8:13, seguiu-se a resposta: "Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado." (verso 14). Mas agora, entre o soar da sexta e da sétima trombetas, ou seja, entre o penúltimo e o último capítulos da história, o "anjo forte" anuncia em um juramento solene que "já não haverá demora"! Ele não se refere ao fim do tempo em geral, mas ao fim do tempo profético de Daniel.
Sua declaração marca o início do tempo do fim, e inaugura uma nova dinâmica no fluxo dos eventos, em que a sucessão de fatos com potencial de alterar o curso da história não depende mais de longos períodos proféticos! Agora os pontos de inflexão na história se tornam mais frequentes e mais intensos, indicando um tempo de crises como nenhum outro. Tais crises têm acelerado o processo histórico em direção à sua consumação definitiva.
Por isso, ao mencionar em Mateus 24:32 e 33 a parábola da figueira em conexão com os sinais que indicam a proximidade da Sua vinda, Jesus quis enfatizar quão imprescindível é que sejamos capazes de reconhecer essa nova dinâmica e compreender seu significado:
Aprendei, pois, a parábola da figueira: quando já os seus ramos se renovam e as folhas brotam, sabeis que está próximo o verão. Assim também vós: quando virdes todas estas coisas, sabei que está próximo, às portas.
A nova dinâmica da história
À luz do que foi exposto nos parágrafos acima, considere os seguintes eventos:
- Nos anos 1910 houve a Primeira Guerra Mundial, "a guerra para acabar com todas as guerras", que se estendeu de 1914 a 1918, mobilizou 70 milhões de militares e custou a vida de 9 milhões de combatentes e 13 milhões de civis como resultado direto da guerra, enquanto os genocídios resultantes e a pandemia de influenza de 1918, relacionada ao conflito, causaram outras 17 a 50 milhões de mortes em todo o mundo. A guerra foi um divisor de águas que pôs um fim definitivo à belle époque.
- No fim dos anos 1920 ocorreu a quebra na bolsa de valores de Nova York, que começou em setembro de 1929 e terminou no final de outubro, quando os preços das ações despencaram. Foi o colapso mais devastador do mercado de ações na história dos Estados Unidos, considerando sua extensão e a duração de seus efeitos posteriores, e marcou o início da Grande Depressão.
- Entre os anos 1930 e 1940 eclodiu a Segunda Guerra Mundial, que durou de 1939 a 1945. Foi o conflito mais mortal da história, com 70 a 85 milhões de mortes, a maioria civis, e que incluiu massacres, genocídios (como o Holocausto), bombardeios estratégicos, mortes premeditadas por fome e doenças e o único uso de armas nucleares na guerra. O conflito mudou o alinhamento político e a estrutura social global e preparou o cenário para a Guerra Fria, com quase meio século de duração.
- Entre os anos 60 e 70, na esteira de duas guerras mundiais, surgiu nos EUA a contracultura, marcada pela rejeição dos jovens aos padrões culturais de seus pais, que dividiu o país e se espalhou pelo mundo. É importante sublinhar que os excessos culturais dessa época foram o terreno fértil para o surgimento de novas tendências na direita americana, que têm procurado estreitar as relações entre Igreja e Estado.
- No fim dos anos 80, um evento crucial na história mundial marcou a queda da Cortina de Ferro e o início do colapso do comunismo na Europa Central e Oriental. A queda do Muro de Berlim foi tão surpreendente quanto decisiva, na medida em que provocou um efeito dominó no fim do qual a Alemanha Oriental e o Bloco Soviético deixaram de existir.
- No início dos anos 2000, os Estados Unidos sofreram o pior ataque terrorista de sua história. A série de quatro ataques coordenados ocorreu na manhã da terça-feira, 11 de setembro de 2001, e resultaram em quase 3 mil mortes e mais de 25.000 feridos. Os espaços aéreos civis dos EUA e Canadá permaneceram fechados por três dias, e Wall Street suspendeu suas operações por quase uma semana. O ataque teve um efeito significativo nos mercados globais.
- No fim da mesma década ocorreu uma das mais graves crises econômicas mundiais. A crise financeira de 2007-2008 é considerada por muitos economistas como a mais séria desde a Grande Depressão da década de 1930. A crise foi seguida por uma desaceleração da economia global da qual o mundo ainda não se recuperou completamente.
- No início dos anos 2020 estamos sofrendo a mais grave pandemia desde o surto da gripe espanhola de 1918. Além do custo humano e emocional, a pandemia da Covid-19 tem pressionado severamente um sistema econômico já fragilizado pela falta de liquidez resultante de crises anteriores, prejudicando de forma inédita muitos setores, regiões e mercados. Desde fevereiro, somente nos EUA, 30 a 40 milhões de pessoas perderam o emprego, com 4 a 5 milhões solicitando o seguro-desemprego a cada semana. Nem todos terão seus empregos de volta quando o "novo normal" chegar.
Esta quantidade notável de pontos de virada na história e em intervalos relativamente curtos tem lugar somente depois do início do tempo do fim, e todos esses grandes eventos têm em comum o efeito cumulativo, o impacto mais severo e extenso que cada crise tem sobre a seguinte, em cumprimento à profecia de nosso Senhor Jesus (Mateus 24 e nos Evangelhos paralelos).
Essa condição, no entanto, tem cumprido também outra profecia de Cristo igualmente significativa.
O renascimento do poder do estado
Em Apocalipse 17, a besta na visão de João simboliza o poder político, que "era" e agora "não é", mas "está para emergir do abismo" (verso 8). A mulher que a cavalga, chamada "Babilônia, a Grande, a Mãe das Meretrizes e das Abominações da Terra", simboliza o poder religioso, especialmente representado pela Igreja de Roma e suas filhas evangélicas e protestantes que ainda seguem seu exemplo (A profecia denuncia sistemas religiosos, e não pessoas sinceras, que vivem segundo sua fé. A estas, Cristo estende o convite: "Retirai-vos dela, povo meu". (Apocalipse 18:4).
Ora, o aumento do poder do Estado é um sinal inegável de que a besta "está para emergir do abismo", e que, nesta condição, o Estado estará apto a se unir à Igreja novamente. A consequência natural dessa união já é conhecida (Apocalipse 17:6).
Desde o início do século XX (ou seja, apenas algumas décadas depois de 1844), o poder do Estado tem crescido em proporção direta ao aumento das crises.
Além de catalisadoras do processo histórico recente, essas crises são o combustível de alta octanagem que tem impulsionado o poder estatal a níveis incompatíveis com as liberdades individuais. Mais do que qualquer outra coisa, a pandemia tem evidenciado o quanto o poder do Estado se tornou onipresente e invasivo.
Não é preciso ser um cristão para perceber que a presença mais invasiva do Estado não se harmoniza com a liberdade de consciência e a liberdade de expressão tão eloquentemente expressas na Constituição dos Estados Unidos:
O Congresso não fará lei relativa ao estabelecimento de religião ou proibindo o livre exercício desta, ou restringindo a liberdade de palavra ou de imprensa, ou o direito do povo de reunir-se pacificamente e dirigir petições ao governo para a reparação de seus agravos.
Também não é preciso conhecer profundamente a história para saber que Roma papal, em virtude de sua estrutura rigidamente hierárquica e das pretensões temporais de seu chefe, dialoga melhor com um Estado forte e autoritário, do que com um sistema no qual o poder soberano reside no povo. Trata-se de dois sistemas de governo irreconciliáveis.
À semelhança das crises passadas, a pandemia deu ao governo novos poderes. A maioria das medidas temporárias de mitigação e contenção de crises em nome do bem comum se torna permanente em pouco tempo, e serve de base para a tomada de decisões diante de novas crises, as quais, por sua vez, serão usadas para justificar medidas emergenciais ainda mais restritivas, que finalmente minarão o que restou das liberdades individuais.
Um estado forte é o sonho de consumo de uma Igreja ávida por reaver sua antiga posição.
Apesar dos grandes desafios que isso representa, essa perspectiva me enche de esperança, pois anuncia que a nossa libertação final está próxima. Em breve, as dores e angústias presentes serão coisas do passado! Cumpre-nos agora estar unidos a Cristo, a fim de que sejamos parte da eterna vitória que Deus dará a Seu povo!
[Revisado em 26 de julho de 2020]
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2 Comentários
Parabéns pela sabedoria para escrever tantas reflexões. E vamos orar pelo "Novo Normal"...Deus esteja a frente.
ResponderExcluirObrigado, Isabela, por suas singelas palavras! Que Deus esteja à frente e que seja dEle a vitória em nossas vidas! Um abraço fraterno!
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