O que há por trás do ódio renovado contra os judeus?


Você é a favor do Hamas ou das Forças de Defesa de Israel? Essa foi a pergunta que o Dr. Joseph Mercola compartilhou com seus leitores ao citar Whitney Webb, escritora, pesquisadora e jornalista do Unlimited Hangout, durante uma entrevista a Marty Bent, do podcast TFTC.

Concordo totalmente com a resposta de Webb. Devemos estar do lado dos civis inocentes, independentemente de onde vivam. A guerra é a saúde do estado e geralmente é travada para o benefício dos banqueiros centrais e seus aliados da cabala globalista.

Segundo a BBC, há no mundo pelo menos oito grandes guerras em curso neste momento, além de dezenas de conflitos armados.

Então, não importa se estamos falando da guerra entre Israel e o Hamas (que desde 7 de outubro acumula milhares de mortos e feridos), ou da guerra russo-ucraniana (que agora inclui o recrutamento de mulheres ucranianas com idades entre 18 e 60 anos), ou dos conflitos armados em grande escala em Burkina Faso, Somália, Sudão, Iêmen, Mianmar, Nigéria e Síria.

Em todos os casos, a única vítima aqui é o cidadão comum, que só quer viver a sua vida.

Os atores que jogam dos dois lados do tabuleiro de xadrez não se importam com as pessoas. Seu objetivo é enfraquecer a democracia, dividindo a sociedade em partidos e tribos por meio de narrativas falsas e apelos emocionais.

Entrar nesse jogo está longe de representar uma demonstração genuína de empatia e altruísmo. Se queremos fazer a coisa certa, devemos simplesmente sair do tabuleiro de xadrez e parar de jogar esse jogo.

Uma nova onda de antissemitismo

Por outro lado, não é estranho que não haja mais nenhuma menção às vítimas do massacre de 7 de outubro, nenhuma menção aos bebês decapitados ou queimados, às crianças enjauladas como animais, às mulheres brutalmente violentadas (algumas por mais de uma dezena de homens), às vítimas sequestradas, mantidas em cativeiro sob condições desconhecidas desde aquele sábado fatídico?

E o que dizer dos terroristas, que agora são chamados de “grupo de resistência”, uma posição indefensável que, não obstante, tem sido reforçada pelas recentes decisões da ONU, por governos supostamente democráticos (como o do Brasil) e pelos inúmeros protestos anti-Israel mundo afora?

O saque de vilas inteiras, a morte brutal de inocentes, o estupro sistemático de mulheres e o sequestro violento e humilhante de jovens e idosos se tornaram, na melhor das hipóteses, meras notas de rodapé, ignoradas com facilidade assustadora pelos sinalizadores de virtude.

Além disso, tem havido uma onda de ataques violentos contra judeus em toda parte.

A despeito da manifestação contra o antissemitismo organizada recentemente em Paris, que reuniu mais de 100 mil pessoas (cinco vezes maior do que a manifestação pró-Palestina, realizada uma semana antes), a verdade é que, conforme observou Amir Taheri, o antissemitismo é um mal cujos efeitos vão além de questões transitórias, como a guerra de Gaza ou o conflito Israel-Palestina.

É um mal por si só, e diz respeito não apenas aos judeus, mas a todos nós.

Parafraseando John Donne (1572-1631), a desumanização de qualquer homem representa a minha própria desumanização, porque estou envolvido com a humanidade. Nenhum homem é uma ilha, inteira em si mesma; todo o homem é um pedaço do continente. Se um torrão de terra é levado para o mar, o mundo diminui.

Os cristãos estão olhando na direção errada

Essa animosidade contra os judeus num momento crítico da história, em que forças aglutinantes "se dirigem aos reis do mundo inteiro com o fim de ajuntá-los para a peleja do grande Dia do Deus Todo-Poderoso" (Apocalipse 16:14) dá no que pensar, não é mesmo?

Não porque Israel tenha qualquer relevância do ponto de vista profético. Não, absolutamente.

Deus não depende de Israel para o cumprimento de Suas promessas. Ele depende de Seu Filho, Jesus Cristo, em cujas mãos "a vontade do Senhor prosperará" (Isaías 53:10).

Jesus deixou claro que Ele mesmo é o centro das mensagens dos profetas de Deus, e não Israel ou o templo (Mateus 12:6, 41 e 42; Lucas 24:25-27 e 44; João 5:39).

Em Seu diálogo com a samaritana, Jesus explicou que Jerusalém em breve deixaria de ser o local obrigatório de adoração (João 4:21-23). E em Sua última visita ao templo, Jesus disse: "Eis que a vossa casa vos ficará deserta" (Mateus 23:38).

Note que, apenas um dia antes, Jesus tinha Se referido ao templo como "a minha casa" (Mateus 21:13). Então, passou a chamá-lo de "a vossa casa", indicando claramente que, em virtude da incredulidade e rejeição do Messias, Jerusalém nunca mais seria o local da habitação de Deus.

Três dias depois, o véu do templo "rasgou-se em duas partes, de alto a baixo" (Marcos 15:38), um sinal visível de que o Senhor não aceitava mais as formas e as cerimônias destituídas de significado.

Com a morte, ressurreição e ascensão de Cristo, o foco do grande conflito foi transferido do santuário terrestre para o santuário celestial (Hebreus 8:1-2; 9:11-12 e 24; 10:11-13).

Por isso, Hebreus 12:2 diz que devemos olhar “firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus” e, por meio Dele, entrar com intrepidez no santuário (10:19-23); não no santuário terrestre, que não existe mais nem é reconhecido por Deus como tal, mas no "verdadeiro tabernáculo que o Senhor erigiu", isto é, o santuário celestial, onde Cristo ministra como nosso fiel Sumo Sacerdote!

A maioria dos cristãos, no entanto, repetindo a história dos judeus no passado, perdeu Jesus Cristo de vista ao estudar o Antigo Testamento.

Acreditam que Israel está no centro da profecia, como o pastor Greg Laurie, da Harvest Christian Fellowship, na Califórnia, disse ao seu público no dia seguinte ao início da guerra entre Israel e o Hamas. Eles estão olhando na direção errada.

A cidade de Jerusalém não é mais um lugar sagrado nem é objeto do favor divino. Pelo contrário, a maldição de Deus repousa sobre ela, por causa da rejeição e crucificação do Messias.

Ao concentrar suas expectativas em Jerusalém, os crentes estão esperando de maneira errada a segunda vinda de Cristo com a Bíblia aberta na mão.

Preste atenção nos sinais

Após esta breve digressão, voltemos à nossa discussão do porquê a animosidade contra os judeus nesta altura dos acontecimentos deve nos fazer pensar.

À luz do grande conflito, essa animosidade não é fortuita. Satanás ainda odeia o povo judeu, porque um dia o Senhor confiou a eles as sagradas verdades que chegaram até nós.

Os judeus têm sofrido preconceito, humilhação, perseguição e violência porque, em última análise, são diferentes, porque, entre outras coisas, guardam o sábado.

E o diabo odeia os guardadores do sábado. Se pudesse, ele exterminaria todos os sabatistas da face da terra, como no filme A Guerra do Amanhã. (Um lembrete sinistro: aqui, na fronteira final, um adventista do sétimo dia recebe a carinhosa alcunha de "judeuzinho", uma prova de que o estigma continua bem vivo nas regiões do país onde Roma ainda mantém suas presas venenosas.)

O preconceito e o ódio podem inibir a razão e desencadear as paixões mais sombrias e violentas da multidão, e Satanás pretende explorar ao máximo esses sentimentos contra o remanescente final, enquanto induz os homens a unir-se em feixes para os fogos da destruição.

Os servos de Deus que conhecem o tempo (Romanos 13:11) e guardam os Seus mandamentos, incluindo o sábado (Apocalipse 14:12), precisam aprender a interpretar os sinais e preparar-se diligentemente, à medida que a tormenta se aproxima.

Devem manter os olhos fixos na cruz do Calvário, contemplando o Salvador suspenso, confiando em Sua graça e crendo que Ele estará com eles até o fim.

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