Drex: você já sabe o que nos espera


O trabalho de investigação é sempre um esforço imperfeito para descobrir quais políticas são confiáveis e quais não são. Envolve a avaliação objetiva de problemas e ameaças com base nas evidências disponíveis, e isso deve mudar nossa percepção sobre a funcionalidade das estruturas institucionais e o foco de suas prioridades.

Se o propósito é criar um estado coletivista, os objetivos alardeados são menos importantes do que seu papel na eliminação da autonomia de pensamento e do senso crítico. O que importa, na verdade, é o processo, não o resultado pretendido.

E o processo visa mudar a percepção da realidade, de maneira que soluções como cidades de "15 minutos", dieta baseada em insetos ou uma economia totalmente digital sejam percebidas e aceitas como justificáveis e essenciais.

Assim, quando nos deparamos com políticas supostamente comprometidas com a liberdade humana, o estado de direito e a prosperidade compartilhada, a avaliação objetiva é indispensável.

Permita-me explicar-lhe em poucas palavras o que quero dizer.

O "homem de vidro"

Sob o pretexto da segurança, da eficiência e da conveniência, há um esforço coordenado para controlar o dinheiro, seja através da redução nos limites de saques e transações em espécie, seja pela desvalorização sistemática da moeda fiduciária.

Quando o estado trabalha para controlar o dinheiro, ele compromete nossa liberdade de ação econômica e nossa privacidade.

Não conheço um único estado moderno que favoreça naturalmente estas duas condições tão essenciais para a autonomia individual. Os Estados Unidos, talvez, sejam a única exceção, mas isso está mudando rapidamente.

Como a liberdade individual e a privacidade limitam o poder do estado, e o estado existe em função do poder, é natural que esses direitos não estejam na lista de prioridades dos governantes.

Por isso, a Bíblia representa o estado como um animal predador, uma besta que se move com uma determinação selvagem atrás de sua caça.

Então, quando o governo propõe Moedas Digitais do Banco Central (CBDC’s) como solução para as crises que ele mesmo provocou, fica claro que essas moedas não são uma solução, mas um problema que tem implicações para nossa liberdade e privacidade.

Como já observei antes, uma CBDC permitiria ao governo determinar se, quando, onde e como você pode gastar seu dinheiro, e cada transação pode ser monitorada, tributada, penalizada, bloqueada ou controlada de outra forma.

Por meio da CBDC, o governo pode, a seu critério, aplicar taxas de juros individualizadas para cada cidadão: se for necessário desacelerar a economia, o governo pode congelar certa porcentagem do seu dinheiro para que você não possa gastá-lo; se for necessário estimular o consumo, o governo pode punir os poupadores com taxas de juros negativas.

O governo também pode estabelecer limites para o consumo em nome da segurança nacional, como o combate às mudanças climáticas, restringindo, por exemplo, sua capacidade de consumo com base na sua cota individual de emissão de carbono.

Além disso, a CBDC permitirá ao governo manter um registro completo de cada transação financeira, ou seja, ele saberá até mesmo onde você gastou seu dinheiro.

Se o governo julgar que você investiu seu dinheiro no lugar errado, isso pode colocá-lo na lista negra de alguma agência estatal.

Não é de admirar que não tenha havido nenhuma discussão ou debate sobre como uma CBDC pode afetar profundamente a vida do cidadão comum.

Uma decisão que tem o potencial de provocar uma mudança tão radical na forma como usamos o dinheiro deveria ter sido submetida a debate público.

Mas, como de praxe, as mudanças mais profundas e extensas na sociedade são implementadas sem a participação do público.

Quando essas mudanças envolvem o dinheiro, envolvem muito mais do que as finanças em si, pois quem controla o dinheiro, controla tudo, até mesmo as crenças, e as CBDC’s tornam esse controle perfeito, eliminando facilmente qualquer liberdade que ainda resta.

O Drex – um nome moderninho para a CBDC brasileira – significará exatamente isso.

Toda a sua renda, e qualquer coisa que você comprar ou vender, será do conhecimento do governo e dará a ele condições de controlar seus ativos com o apertar de um botão.

Como outras CBDC’s, o Drex pode ser vinculado a políticas sanitárias ou ambientais, restringindo facilmente onde você pode ir, o que pode fazer e quais bens pode possuir.

Se o indivíduo não cumprir qualquer exigência que o governo considere vital para a segurança e o bem comum, ou se sustentar pontos de vista que desafiem a narrativa politicamente correta, isso certamente prejudicará sua pontuação de crédito social, com consequências que, como eu disse, vão muito além do dinheiro.

Controle total

Se você entendeu o recado, já percebeu como esta transformação econômica radical e irreversível, projetada para assegurar total conformidade e submissão, está criando as condições para o cumprimento de Apocalipse 13:16 e 17.

À luz da profecia e dos desenvolvimentos atuais, posso imaginar o sistema da besta e sua imagem prometendo conexão com o mundo inteiro e a participação na economia global em troca de reconhecimento e lealdade.

Por favor, pense nisso.

Estamos entrando em uma era em que a identidade digital será indispensável, em que todos os seus movimentos serão rastreados e sua vida será monitorada por câmeras, algoritmos, engenhocas eletrônicas, moedas digitais, vizinhos e até por seus familiares mais próximos.

O aparelho celular, a internet das coisas, os veículos elétricos, os bairros "inteligentes", as redes sociais e uma infinidade de outros dispositivos eletrônicos proporcionam um sistema de vigilância abrangente ao qual a maioria das pessoas adere voluntariamente, sem considerar suas consequências.

Se, por causa de suas crenças, você não se enquadrar nesta nova ordem de coisas, será praticamente impossível ter vida social ou econômica.

Seu dinheiro digital será bloqueado, sua pontuação de crédito social não permitirá a entrada em espaços públicos e privados, você não terá acesso a nenhum serviço financeiro e seus vizinhos dificilmente desejarão abrigá-lo.

O sistema financeiro está se tornando um instrumento para eliminar a dissidência e impor conformidade, como na Idade das Trevas.

Se você não andar na linha ou dançar conforme a música sobre questões que o estamento político e midiático considera importantes (Covid, clima, guerras, eleições), sua vida financeira será arruinada em um piscar de olhos.

Médicos que questionaram a narrativa oficial sobre a Covid-19 tiveram suas contas bancárias bloqueadas, assim como os caminhoneiros no Canadá e seus apoiadores que protestaram contra a arbitrariedade do lockdown. Manter a opinião errada pode ter consequências adversas.

Nick Giambruno lembra que, nesse cenário, um indivíduo pode ter sua vida econômica interrompida pelos motivos mais triviais.

Comprou carne ou combustível além de sua cota mensal de carbono? Os bancos não hesitarão em bloquear sua conta em nome de salvar o planeta e manter suas pontuações ESG. Sustenta ideias ou crenças consideradas perigosas? De um momento para outro, você se tornará economicamente inviável e será socialmente excluído.

Acredite em mim, não há limites para o que um político ou burocrata pode fazer para tornar a vida de um não conformista um inferno: exercer pressão sobre empresas, impor multas, suspender direitos, expedir mandados de busca e apreensão invasivos, determinar a prisão sem o devido processo legal… e, claro, controlar a forma como você ganha e gasta seu dinheiro.

Para evitar problemas, as empresas simplesmente se adequam à nova realidade. Fidelidade e um histórico financeiro ilibado nada significam se um cliente cometer o que o estamento considera "crime de opinião".

Seria ingênuo acreditar que os bancos como os conhecemos hoje são produto do livre mercado. Os bancos estão a serviço do estado e são favorecidos por ele.

Quem avisa amigo é

Em tudo isso, posso ver, mais uma vez, a sombra do papado pairando sobre o mundo, em cumprimento de Apocalipse 13.

Embora devamos lutar pela liberdade e autonomia individual com as armas da justiça e da verdade, essa tendência é irreversível. Ela está em movimento agora e a todo vapor.

De acordo com o site do Banco Central do Brasil, as diretrizes para o desenvolvimento do Drex foram revisadas pelo BC em fevereiro de 2022 e, a partir de março, o banco iniciou o teste piloto com a moeda digital, com duração prevista até o fim de 2024.

Como o próprio site do BC observa, uma parte significativa de bancos centrais, que representam quase a totalidade do PIB mundial, está estudando, explorando ou testando sistemas para a emissão de moeda digital do banco central. E eles têm pressa.

Se você ainda vive em uma grande cidade e não tem um plano de contingência, está pintando um alvo bem grande nas costas.

Por isso, vou repetir aqui alguns conselhos que dei em uma postagem anterior e acrescentar outros:

  • Não faça dívidas nem deixe todo o seu dinheiro no banco.
  • Busque sua autonomia econômica. Aprenda uma segunda profissão que o torne mais independente. O trabalho remoto pela internet é uma excelente opção. Se puder, invista nisso enquanto ainda é possível.
  • Cultive seu próprio alimento e dependa menos dos supermercados. Se você vive em uma área urbana e não dispõe de um quintal, cultive em casa ou no apartamento. Há vários tutoriais no YouTube que o ajudarão nesse sentido.
  • Estoque alimentos, água e outros gêneros de primeira necessidade (há tutoriais sobre isso também). Embora essa medida seja inútil durante o tempo de angústia, é sensato aplicá-la agora.
  • As cidades nunca foram um ambiente seguro, e serão menos ainda à medida que o controle estatal e corporativo aumenta. Considere, portanto, as vantagens de um ambiente rural. Com muito planejamento, pesquisa e oração, procure em uma cidade pequena onde a terra é fértil e a água abundante, preferencialmente próximo das montanhas e que não esteja demasiadamente distante de uma cidade de médio porte, onde se pode obter algum suprimento e serviços médicos adequados.
  • Evite divulgar suas opiniões políticas nas redes sociais.
  • Use seus recursos com sabedoria e aproveite cada oportunidade para compartilhar o evangelho eterno. Lembre-se, o Céu é, de longe, o melhor investimento, "onde traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam, nem roubam" (Mateus 6:19-20).
  • Confie em Deus, estude a Bíblia e ore como nunca orou antes. Atravessar o "Jordão" com sucesso "para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus" depende agora da mais íntima e constante comunhão com Ele.

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