O mundo mudou. Prepare-se


Se, num futuro distante, historiadores estudassem a nossa época, eles a veriam como um grande ponto de virada – um ponto crítico em uma situação evolutiva que leva a um desenvolvimento novo e irreversível.

Para os cristãos que conhecem o tempo (Romanos 13:11), um ponto de virada é especialmente significativo quando cria as condições para o cumprimento das profecias do tempo do fim – profecias como a da cura da ferida de morte do papado (Apocalipse 13:3), da reabilitação do poder papal (13:14-15) e do regime draconiano que se seguirá como consequência (13:16-17).

A menos que você esteja tão obcecado por si mesmo a ponto de não perceber, é evidente que o mundo já não é mais o mesmo.

Estamos vivenciando a transição para um novo sistema de governança global centralizada e autoritária, cuja agenda está sendo rapidamente convertida em compromissos políticos nacionais, como o acordo pandêmico e o acordo climático.

A estrutura para tal governança já existe:

  • Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE): responsável em coordenar as políticas econômicas dos países membros.
  • Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI): concede acesso global ao desenvolvimento tecnológico.
  • Organização Mundial do Comércio (OMC): regulamenta e supervisiona o comércio internacional.
  • Banco de Compensações Internacionais (BIS): coordena a política monetária global e o fluxo de capital.
  • Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO): atua nas áreas da educação, ciência e desenvolvimento cultural.
  • Organização Mundial da Saúde (OMS): oferece governança global na área de saúde pública.

Falando em saúde...

Poderes extraconstitucionais de emergência sempre foram usados como meio de suprimir direitos individuais e aumentar dramaticamente o poder do estado. A resposta do Ocidente à Covid-19 por meio de ações executivas ou administrativas unilaterais – e não por decisão legislativa ou referendo público – é mais uma comprovação disso.

Em Bowater v. Rowley Regis Corporation, o tribunal considerou que "não se pode dizer que um homem está verdadeiramente disposto a menos que esteja em posição de escolher livremente, e a liberdade de escolha se baseia não apenas no pleno conhecimento das circunstâncias às quais o exercício da escolha está condicionado, a fim de que possa escolher sabiamente, mas na ausência de qualquer sentimento de coação, de modo que nada interfira na liberdade de sua vontade".

Esse princípio, no entanto, foi simplesmente ignorado na resposta dos governos à Covid-19.

O que aconteceu durante a pandemia foi obviamente muito além da doença em si. Ela foi boa para burocratas, multinacionais, supostos especialistas, estamento midiático com interesses em comum, complexo industrial de segurança nacional e intelectuais orgânicos. Mas não foi boa para as pessoas.

A resposta oficial à Covid-19 causou:

  • Devastação econômica devido à reação desproporcional, prolongada e exagerada das autoridades públicas.
  • Erosão sistemática das liberdades civis.
  • Perdas de meios de subsistência.
  • Doenças físicas e psicológicas e elevadas taxas de suicídio.
  • Divisão da sociedade em duas camadas – aqueles que poderiam prosperar facilmente durante a pandemia e aqueles cujas vidas foram destruídas.
  • Cancelamento agressivo de todas as formas de discussão e investigação científica real sobre quaisquer aspectos da doença.
  • Degradação educacional maciça, com danos psicológicos críticos que afetam o desenvolvimento das habilidades sociais e cognitivas das crianças.
  • Fissuras criadas em toda a sociedade e danos causados pela divisão entre familiares e amigos.

Os desdobramentos dessa política catastrófica são facilmente discerníveis e revelam uma intenção planejada, materializada no que o Fórum Econômico Mundial chama de o Grande Reset – o plano da elite para nos levar de volta à Idade das Trevas.

  • Política ambiental extorsiva e inconsequente, cuja meta ilusória de carbono zero, se alcançada, literalmente reverterá o progresso proporcionado pela Revolução Industrial.
  • Interrupções na cadeia de suprimentos global.
  • Crise econômica induzida pelo governo, com aumento do custo de vida e diminuição do poder de compra.
  • A proposta de criação de uma economia digital sem dinheiro – uma reforma monetária que conferirá poderes sem precedentes à autoridade central emissora. (As CBDCs permitiriam a um banco central ou governo monitorar, controlar e registrar todas as transações feitas com a moeda digital. O registro permanente das compras de um cidadão poderia ser usado para estabelecer um sistema de pontuação de crédito social, semelhante ao chinês. O Banco de Compensações Internacionais informa que 90% dos bancos centrais em todo o mundo já estão em processo de adoção das CBDCs.)
  • Guerras por procuração, como na Ucrânia, que exacerbam a escassez material, a dor econômica e o estresse populacional e viabilizam a transição para a uma nova ordem com menos liberdade.

O que tudo isso nos diz sobre o tempo em que vivemos?

O medo como arma para criar conformidade

O medo tem sido uma arma poderosa a serviço do estamento político. É a exploração do medo que permite a uma elite com poder assimétrico obter uma governança ainda mais centralizada e moldar a sociedade de acordo com suas regras.

Pense, por exemplo, em como o medo da Covid-19 foi usado como pretexto para restringir nossas liberdades. A estratégia foi tão bem-sucedida que renunciamos facilmente a elas em nome da luta contra um vírus cuja taxa média de mortalidade por infecção é de 0,23%.

Recorrendo ao medo como principal recurso para extrair conformidade, burocratas e políticos nos convenceram de que não temos o direito de tomar as próprias decisões sobre nossa saúde, sobre como proteger nossa família e meios de subsistência, ou agir de acordo com nosso melhor interesse. Tampouco nos foi permitido exigir responsabilidade e transparência do governo.

John Whitehead, do Rutherford Institute, observou perceptivamente:

Crises nacionais, pandemias, relatos de ataques terroristas e tiroteios esporádicos nos deixam em constante estado de medo. Na verdade, o pânico emocional que acompanha o medo inibe o córtex pré-frontal ou a parte racional do nosso cérebro. Em outras palavras, quando somos consumidos pelo medo, paramos de pensar. Uma população que deixa de pensar por si mesma é uma população facilmente liderada, facilmente manipulada e facilmente controlada, seja por meio de propaganda, lavagem cerebral, controle mental ou simplesmente medo. O medo não apenas aumenta o poder do governo, mas também divide as pessoas em facções, as convence a se verem como o inimigo e as mantêm gritando umas com as outras para abafar todos os outros sons. Dessa forma, elas nunca chegarão a um consenso sobre coisa alguma e ficarão muito distraídas para perceber o estado policial se aproximando delas até que a cortina de opressão final caia.

O próximo grande impulso para justificar mais controle social é o medo das mudanças climáticas. As leis de emissões de carbono associadas à "Agenda 2030" da ONU dão aos governos um poder imenso e intrusivo sobre a indústria, a propriedade privada e as liberdades individuais.

Para os autores de nossa tragédia, medidas como o uso obrigatório de máscaras ou requisitos invasivos associados a testes ou status de vacinação são apenas os meios.

Como alguém observou, o mais importante são os símbolos e rituais envolvidos, através dos quais a nova ideologia oficial é tecida na vida cotidiana, incorporada à consciência coletiva, consolidada como nossa nova realidade.

Essa ideologia nos dividiu em duas classes de pessoas irremediavelmente opostas: (1) aquelas que estão prontas para conformar suas crenças à narrativa oficial do momento; e (2) aquelas que não estão.

Atravessando e substituindo as tradicionais fronteiras político-filosóficas, a nova ideologia não faz distinção entre esquerda e direita, libertário ou anarquista, crente ou descrente.

O que importa é a conformidade com as percepções e comportamentos moldados pela nova realidade. Apenas concorde e obedeça em nome do "bem comum". Se você não concorda, então finja que concorda, caso não queira ser cancelado, demitido ou mesmo banido do convívio social. Seja como nós, ou não seja nada.

Talvez isso explique por que alguns amigos meus deixaram de falar comigo, embora eu nunca os tenha importunado com a minha compreensão dos fatos. Eu não os culpo. Você não pode lutar contra um inimigo até entender que ele existe.

No entanto, é um exercício de otimismo fazer uma pessoa entender quando seu salário e reputação dependem justamente do contrário, ou se o horizonte de consciência da pessoa é demasiadamente estreito para compreender a complexidade do problema. É como jogar pedras em um pântano.

Faz parte da agenda dos que estão usando o poder do estado para impor seus valores e desejos a outros deslegitimar, demonizar e eliminar vozes discordantes e impor conformidade ideológica à sociedade.

Por isso, o propósito principal das operações psicológicas não é dizer a verdade, mas incutir medo e mudar o comportamento. Elas também dependem menos da verdade do que da mentira no trabalho de propaganda e desinformação.

O resultado é uma sociedade que valoriza a conformidade e o pensamento de grupo sobre a individualidade; uma sociedade que encara com perturbadora naturalidade a autocensura e não hesita em obedecer incondicionalmente aos ditames do governo.

Para concluir

C.J. Hopkins, do Consent Factory, observou que a essência do totalitarismo é o desejo de controlar todos os aspectos da sociedade, todos os comportamentos e pensamentos individuais.

Todo sistema totalitário evolui em direção a esse objetivo inatingível: a transformação ideológica total e o controle de cada elemento da sociedade.

Essa busca obsessiva pelo controle total, pela uniformidade ideológica absoluta e pela eliminação de todos os dissidentes é o que caracteriza o totalitarismo.

Crises sistêmicas como a pandemia e as mudanças climáticas estão sendo usadas para justificar a criação de um sistema global de consenso sem consentimento e de segregação – um sistema movido pela compulsão do poder envolta no manto do idealismo e da caridade.

A quem mais interessa a implantação desta ordem de coisas?




Isso me faz pensar que já vivemos no clima da crise dominical vindoura, quando a sociedade será pela última vez dividida em duas classes. A estrutura de vigilância universal criada para o controle epidêmico ainda está em vigor em todos os seus elementos essenciais e será usada sempre que houver uma nova crise.

Então, como reagiremos quando a prova não for uma vacina, quando questões muito mais profundas e delicadas estiverem em jogo?

Tenha a marca na fronte ou sobre a mão, mas tenha a marca, se você quiser permanecer economicamente viável! Ou, dito de outra forma, não importa se você acredita genuinamente na Laudato si' ou se o motivo é apenas garantir sua fatia do bolo. Seja como nós, ou não seja nada!

É nos momentos de crise que o caráter se afirma. Nossa resposta aos desafios de hoje nos dá um vislumbre de como responderemos aos desafios de amanhã.

É hora de despertar e pedir que o Senhor Jesus ponha debaixo de nós os Seus braços eternos e nos conduza durante o tempo de provação à nossa frente.


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