Diante do trono de Deus



Terminamos o artigo anterior enfatizando a necessidade premente de uma preparação individual, de um decidido esforço pessoal, em cooperação com o Espírito Santo, para que, no dia em que nosso caso for julgado pelo tribunal celeste, seja escrito à frente do nosso nome: "Purificado de todos os pecados perante o Senhor".

Essa expressiva declaração significa estar completamente salvo, coberto pela justiça de Cristo, e, portanto, em harmonia com a lei de Deus.

Os que compreenderam sua aflitiva condição e arrependeram-se do pecado e, pela fé, reclamaram para si os benefícios do sangue de Cristo terão uma sentença favorável do Senhor no dia do juízo. Seus pecados serão riscados e eles próprios achados dignos da vida eterna!

Uma cena grandiosa e decisiva


Nada pode interessar mais ao cristão do que receber um veredito de Deus a seu favor. No juízo investigativo, o Senhor revela ao Universo expectante quem são os salvos de todas as épocas. A vindicação deles e do próprio Deus é assegurada por uma sentença universal procedente do santuário que declara os santos limpos de todos os pecados perante o Senhor. Nisso consiste a derradeira fase da obra sacerdotal de Cristo no local do trono de Deus - a purificação do santuário celestial e dos santos -, uma nova fase da atividade divina dentro do plano da redenção que tem lugar entre uma infinidade de testemunhas celestiais:

Continuei olhando, até que foram postos uns tronos, e o Ancião de Dias se assentou; sua veste era branca como a neve, e os cabelos da cabeça, como a pura lã; o seu trono eram chamas de fogo, e suas rodas eram fogo ardente. Um rio de fogo manava e saía de diante dele; milhares de milhares o serviam, e miríades de miríades estavam diante dele; assentou-se o tribunal, e se abriram os livros.
Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha com as nuvens do céu um como o Filho do Homem, e dirigiu-se ao Ancião de Dias, e o fizeram chegar até ele. Foi-lhe dado domínio, e glória, e o reino, para que os povos, nações e homens de todas as línguas o servissem; o seu domínio é eterno, que não passará, e o seu reino jamais será destruído. (Daniel 7:9-10, 13-14)

Essa é a fase final do ministério sacerdotal de Cristo no santuário celestial, em favor de Seu povo! A cena do juízo que se descreve aqui corresponde à purificação do santuário predita em Daniel 8:14. Nesse texto, a palavra hebraica traduzida como "purificado" é tsadaq, cujo significado principal é "justificar", "declarar justo", "vindicar a causa de" (ver Strong #6663).

Ora, conforme já vimos, a ideia de justificação ou vindicação está intimamente ligada ao santuário, tanto no tipo como no antítipo, particularmente ao Dia da Expiação, um dia de juízo ou vindicação. Assim, o santuário de Deus é "justificado" ou "vindicado" mediante um processo judicial que inclui uma fase de investigação e inquérito, pelo qual o santuário será restaurado à sua condição original de pureza, os verdadeiros santos de Deus serão declarados justos, e o pecado e seu originador, condenados e banidos para sempre.

Além disso, em ambas as visões (de Daniel 7 e 8), o juízo/purificação do santuário tem lugar imediatamente depois das atividades do poder religioso apóstata simbolizado pelo "chifre pequeno", e antes do estabelecimento do reino eterno de Cristo (Daniel 7:8 e 9-10, 21 e 22, 25 e 26-27; 8:9-12, 13-14, 23-25). Aqui se revela outro aspecto do julgamento no Céu: o juízo contra os inimigos de Deus. O juízo que condena o chifre pequeno (Daniel 7:26) vindica os santos que sofreram sob sua dominação (verso 25; 8:24). Esse importante aspecto do juízo em conexão com o chifre pequeno será considerado quando tratarmos da segunda mensagem angélica.

Em Daniel 7, a obra divina de julgamento não é retratada como ocorrendo na Terra, mas no Céu, na presença de uma multidão inumerável de seres celestiais. O grande conflito começou no santuário, e deve terminar no santuário. Trata-se, com efeito, de um acontecimento grandioso e solene, o qual constitui o centro de toda a visão do capítulo 7. O Ancião de Dias e o Filho do Homem são as duas figuras principais, acompanhados da hoste angélica, que testemunha com reverente interesse a cena do juízo.

O título "Ancião de Dias" descreve as qualidades de Deus, o Pai, especialmente relacionadas à Sua prerrogativa de Juiz: sabedoria, experiência, justiça e retidão. "Filho do Homem" é uma expressão frequentemente usada no Antigo Testamento para se referir a seres humanos (Salmo 8:4; Isaías 51:12; Ezequiel 2:1, 6, etc.). Jesus usou muitas vezes esse título ao longo de Seu ministério para Se referir a Si mesmo. Ele enfatiza a humanidade representada na pessoa de Cristo, na corte celestial. Essa característica singular de nosso Redentor é ressaltada na Epístola aos Hebreus em conexão com a Sua obra sacerdotal no Céu:

Por isso mesmo, convinha que, em todas as coisas, se tornasse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote nas coisas referentes a Deus e para fazer propiciação pelos pecados do povo. Pois, naquilo que ele mesmo sofreu, tendo sido tentado, é poderoso para socorrer os que são tentados. (Hebreus 2:17-18)

Essa declaração inspirada, em conjunto com a cena do juízo em Daniel 7, enche-nos de esperança, pois nos assegura um julgamento justo! Misericórdia e fidelidade são duas características essenciais para uma decisão íntegra. Cristo reúne em Si a ambas, garantindo o delicado equilíbrio entre a misericórdia incondicional e a justiça implacável. Ademais, a natureza humana de Cristo suportou toda a força da tentação, estando Ele ainda mais qualificado para compreender a dramática luta do pecador. Cristo resistiu e venceu a todas as tentações e suportou pacientemente os sofrimentos, triunfando sobre eles. Sua vitória é a certeza de que, nEle, também podemos ser vitoriosos!

A abertura dos livros


Antes que a purificação do santuário celestial ocorra, isto é, antes que seja efetuada a completa remoção ou cancelamento dos pecados ali registrados, deve haver um exame dos livros de registro de modo a determinar quem, mediante arrependimento e confissão dos pecados e fé em Jesus Cristo, tem direito aos benefícios de Sua expiação. A investigação de cada caso deve ter lugar antes do bem-aventurado aparecimento de nosso Salvador, pois, nessa ocasião, Ele retribuirá a cada um segundo as suas obras (Apocalipse 22:12) - retribuição que requer um julgamento prévio.

A ideia de um juízo de investigação é bastante comum nas Escrituras, revelando a justiça de Deus em Seu trato com o problema do pecado. Não há na Bíblia nenhuma decisão judicial da parte de Deus sem um devido processo de investigação e inquérito que estabeleça a verdade dos fatos. Casos como os de Adão e Eva (Gênesis 3:8-19), Caim (Gênesis 4:9-10), Babel (Gênesis 11:5-7) e Sodoma (Gênesis 18 e 19) são bastante representativos nesse sentido. O procedimento de Deus não seria diferente quanto à prestação final de contas diante do tribunal celeste, durante o Dia da Expiação escatológico.

A expressão "assentou-se o tribunal, e se abriram os livros" (Daniel 7:10) revela, portanto, o início de um período de supremo interesse para os crentes, em que cada caso será definitivamente julgado com um escrutínio tão íntimo e penetrante como se não houvesse outro ser na Terra. Os livros têm um papel importante na obra divina de julgamento, tendo em vista que eles contêm o registro da vida de cada pessoa, representando, portanto, grande parte das evidências diante da corte celeste (Êxodo 32:32-33; Salmo 69:28; Malaquias 3:16; Lucas 10:20; Apocalipse 3:5; 13:8; 17:8; 20:12).

Os seres celestiais que testemunham o juízo só podem estar completamente seguros de que a decisão divina será justa porque Deus permite que eles acompanhem o julgamento. De modo que os livros não são abertos por causa de Deus, que conhece todas as coisas, até mesmo os pensamentos mais íntimos (Salmo 139:1-4), mas para benefício dos seres celestiais que estão diante dEle, e que não são oniscientes. A vindicação de Deus e dos santos perante todo o Universo não seria possível se o julgamento não fosse público. Nenhuma criatura pode conhecer em sua verdadeira luz a natureza e os resultados do conflito entre Cristo e Satanás, a menos que Deus o revele mediante o abrir dos livros no juízo.

A abertura desses livros trará a juízo todas as obras, sejam elas boas ou más. Eles contêm a verdade sobre cada um de nós, nosso caráter, pensamentos e ações. Tais registros decidirão o nosso destino eterno, e Deus será absolutamente justo ao revelar até mesmo o pecado que se manifesta na forma mais sutil. Mesmo as palavras serão consideradas (Mateus 12:36).

Se na cruz, Deus não passou por alto o pecado, mas julgou-o completamente, podemos estar certos que, na abertura dos livros no Céu, nada será ignorado. Deus não pode ignorar ou menosprezar o pecado, pois, se Ele o fizesse, nenhum juízo seria possível, nem tampouco um governo divino. Eis a razão por que é essencial colocar a vida em ordem diante de Deus por meio de Sua divina graça, a fim de que, nesse dia, nenhum pecado seja imputado ao nosso nome.

De tudo o que se tem ouvido, a suma é: Teme a Deus e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo homem. Porque Deus há de trazer a juízo todas as obras, até as que estão escondidas, quer sejam boas, quer sejam más. (Eclesiastes 12:13-14)

O fato de que "todas as coisas estão descobertas e patentes aos olhos daquele a quem temos de prestar contas" (Hebreus 4:13) revela que Deus julgará as obras boas e más exatamente pelo o que elas são. O pecador não poderá apelar sem seu favor diante de Deus, nem apresentar escusas ou justificavas por suas faltas. Não dirá ao Senhor: "Purifiquei o meu coração, limpo estou do meu pecado" (Provérbios 20:9), nem mudará sua sorte pelos próprios méritos: "Pelo que ainda que te laves com salitre e amontoes potassa, continua a mácula da tua iniquidade perante mim, diz o SENHOR Deus" (Jeremias 2:22).

Por isso, é tão importante que estejamos inteiramente cobertos pela justiça de Cristo quando o nosso nome for lido no grande dia da investigação final. Ele diz: "Eu, eu mesmo, sou o que apago as suas transgressões por amor de mim e dos teus pecados não me lembro" (Isaías 43:25). E apela ao nosso coração: "Vinde, pois, e arrazoemos, diz o SENHOR; ainda que os vossos pecados sejam como escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a lã" (Isaías 1:18). "Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça" (I João 1:9).

Em profunda angústia de alma, por causa de seu pecado, Davi clamou ao Senhor:

Compadece-te de mim, ó Deus, segundo a tua benignidade; e, segundo a multidão das tuas misericórdias, apaga as minhas transgressões. Lava-me completamente da minha iniquidade e purifica-me do meu pecado. (Salmo 51:1-2)

À luz das preciosas promessas de Deus, e tendo em vista o tempo solene em que vivemos, a oração de Davi deve ser a nossa oração, o nosso clamor, a fim de que não se diga a nosso respeito no juízo: "Pesado foste na balança e achado em falta" (Daniel 6:27).

Absolvição e vindicação em Cristo


Se Deus nos imputasse o registro de nossos pecados, nenhum de nós poderia permanecer na Sua santa presença. Nossa justiça é como trapo de imundícia (Isaías 64:6), e os nossos pecados estão sempre diante de nós (Salmo 51:3; Jeremias 17:1). Nada podemos fazer por nossa própria força para reverter essa condição e ser considerados justos diante de Deus, assim como o etíope não pode mudar a sua pele, ou o leopardo, as suas manchas (Jeremias 13:23). "Não há justo, nem um sequer" (Salmo 14:1-3; 53:1-3; Romanos 3:10), "pois todos pecaram e carecem da glória de Deus" (Romanos 3:23).

Nenhuma medida de ação valorosa, nem posições de responsabilidade ou prestígio, nem tampouco qualquer prerrogativa exclusivamente divina que a Igreja reivindique para si mesma, como a de perdoar pecados, pode, portanto, purificar os livros celestiais dos pecados neles registrados. Nenhuma autoridade humana, eclesiástica ou civil, pode declarar o pecador inocente perante Deus. Tais pretensões jamais resistirão ao juízo de nosso Sumo Sacerdote, que, em Sua obra final e conclusiva, expõe a grande falácia dos julgamentos humanos.

O homem não pode comprar nem tecer, ou pedir emprestada nenhuma veste que garanta um veredito a seu favor (ver Zacarias 3:1-5; Mateus 22:11-12; Apocalipse 19:7-8). A justificação e santificação plenas não estão baseadas em algo que possamos fazer dentro de nossa esfera de influência, mas no ministério sumo sacerdotal de Cristo no santuário de Deus. O juízo divino ao redor do grande trono branco é um ato sobrenatural. Representa mais do que uma sentença final que decide o destino humano; diz respeito também à vindicação de Deus e de Seu trono pela completa erradicação do pecado e restauração do Universo à sua condição original de pureza e santidade.

Essa é a razão fundamental por que o Filho do Homem recebe o direito de reinar (Daniel 7:13-14)! O juízo pré-advento determina quem possui esse direito. Na visão de Daniel, Cristo vem com as nuvens não em direção a Terra, mas ao Ancião de Dias, a fim de receber esse domínio, que é Seu por direito. Como resultado do juízo divino, o domínio que os governos humanos têm reivindicado para si ao longo da história pela força das armas será tomado de suas mãos e entregue a Cristo! Esses impérios, simbolizados por animais predadores (Daniel 7:2-7, 17), têm afirmado sua autoridade por meio da violência, porém o reino de Cristo é confirmado mediante um processo legal fundamentado não na força, mas no caráter de Deus.

Foi-lhe dado domínio, e glória, e o reino, para que os povos, nações e homens de todas as línguas o servissem; o seu domínio é domínio eterno, que não passará, e o seu reino jamais será destruído. (Daniel 7:14)
O reino, e o domínio, e a majestade dos reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo; o seu reino será reino eterno, e todos os domínios o servirão e lhe obedecerão. (Daniel 7:27)
Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai. (Filipenses 2:9-11)

O juízo divino confirma o trono de Deus pela vindicação de Seu caráter e de Seu povo ante todo o Universo. Trata-se, pois, de um julgamento público numa escala universal! Toda criatura reconhecerá voluntariamente a justiça de Deus e a legitimidade de Seu governo. Uma vez que a purificação do santuário celestial esteja completa, e pecado e pecadores sejam condenados, banidos e erradicados, o mal jamais surgirá outra vez! O ministério final de Cristo na sede de Seu governo caminha rumo a esse clímax glorioso e definitivo, e essa é a razão por que necessitamos olhar para nosso Sumo Sacerdote em Sua obra conclusiva no santuário do Céu.

Consideremos as seguintes palavras de nosso amado Redentor à luz dessa poderosa revelação:

Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida. (João 5:24)

Nosso Senhor não quer dizer que não haverá um juízo para o Seu povo, "pois todos compareceremos perante o tribunal de Deus" (Romanos 14:10), mas que não haverá condenação para aqueles que permanecerem nEle! Nosso Redentor é o único que pode prover as vestes que representam a Sua justiça, e que nos permitem estar em pé diante do Juiz de toda a Terra quando o nosso livro de registro for aberto na Sua presença! Cristo não promete ao crente isenção de julgamento, mas liberdade da condenação. O juízo lhe será favorável em virtude de Sua relação com o Salvador. A sentença final que vindica o pecador verdadeiramente arrependido na corte celeste advém do fato de que Jesus Cristo comparece à presença do Pai para interceder em favor dele:

O vencedor será assim vestido de vestiduras brancas, e de modo nenhum apagarei o seu nome do Livro da Vida; pelo contrário, confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos. (Apocalipse 3:5)

É Cristo unicamente quem intercede por nós para nossa vindicação final ante o trono de Deus! Somente cobertos pela Sua justiça é que podemos subsistir quando o Senhor voltar em poder e glória. O maior desejo de Cristo é que pertençamos a Ele e dependamos exclusivamente dEle. Sem Cristo, não pode haver nenhum julgamento favorável ao crente. As páginas de nossos livros de registro só podem se tornar brancas e imaculadas, testificando que fomos aprovados por Deus no juízo, pela fé no sangue expiatório de Cristo. Somente por meio de Sua justiça podemos ser mais que vencedores.

Minha decisão hoje


As condições estipuladas por Deus para que sejamos aprovados durante o juízo pré-advento não são impossíveis de ser alcançadas. Mas elas requerem uma medida de fé e sacrifício pessoal, de decidida cooperação com o Espírito Santo, que, não obstante, parecerá demasiado pequena se comparada ao futuro que Cristo promete àqueles que O amam!

Ellen G. White escreve em Caminho a Cristo, p. 37 e 38:

Os que não humilharam ainda a alma perante Deus, reconhecendo sua culpa, não cumpriram ainda a primeira condição de aceitabilidade. Se não experimentarmos ainda aquele arrependimento do qual não há arrepender-se, e não confessamos os nossos pecados, com verdadeira humilhação de alma e contrição de espírito, aborrecendo nossa iniquidade, nunca procuramos verdadeiramente o perdão dos pecados; e se nunca buscamos a paz de Deus, nunca a encontramos. A única razão por que não temos a remissão dos pecados passados, é não estarmos dispostos a humilhar o coração e cumprir as condições apresentadas pela Palavra da verdade. Acerca deste assunto são-nos dadas explícitas instruções. A confissão de pecados, quer pública quer privada, deve ser de coração, expressa francamente. Não deve ser obtida do pecador à força de insistência. Não deve ser feita de maneira negligente ou folgazã, nem extorquida dos que não reconhecem o abominável caráter do pecado. A confissão que é o desafogo do íntimo da alma, achará o caminho ao Deus de infinita piedade. Diz o salmista: "Perto está o Senhor dos que têm o coração quebrantado e salva os contritos de espírito." Salmo 34:18.

E mais adiante, na página 41, ela acrescenta:

O coração humilde e contrito, rendido pelo arrependimento genuíno, apreciará algo do amor de Deus e do preço do Calvário; e, como um filho confessa sua transgressão a um amante pai, assim trará o verdadeiro penitente todos os seus pecados perante Deus. E está escrito: "Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça." I João 1:9.

O que pode ser mais importante para o cristão do que ser aprovado por Deus quando o seu nome for examinado no juízo investigativo? Que prioridade pode ser mais essencial para o crente do que ouvir a sentença de Deus: "Purificado de todos os pecados perante o Senhor"? São porventura a nossa segurança social, posses e prazeres mais importantes que a nossa salvação e a salvação das almas que estão a perecer?

Nós vivemos dias por demais solenes e decisivos, que exigem de nós uma atitude apropriada diante de Deus, de modo a sermos aprovados por Ele quando o nosso livro for aberto ante a corte celeste. No Dia da Expiação típico, exigia-se do israelita obediência aos reclamos divinos e um reverente e profundo exame de consciência, a fim de que nesse dia o seu caso não fosse perdido. Muito mais se exige de nós hoje, no Dia da Expiação escatológico, quando Cristo está para decidir eternamente o nosso caso perante Deus.

Aproxima-se o tempo em que o Senhor concluirá a investigação de cada caso. Os sinais que se multiplicam em nossos dias constituem uma forte evidência nessa direção. Pense nas coisas extraordinárias e terríveis que aconteceram em 2016 na perspectiva da obra final de Cristo em Seu santuário. Em breve Ele dirá: "Continue o injusto fazendo injustiça, continue o imundo ainda sendo imundo; o justo continue na prática da justiça, e o santo continue a santificar-se" (Apocalipse 22:11). Quão terrível será então ser encontrado em falta!

Por isso, o Espírito Santo diz:

Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais o vosso coração. (Hebreus 3:7-8)

Vale à pena ouvir a voz do Senhor e deixá-Lo entrar em nosso coração. Ele ainda está à porta, esperando para ser recebido por aqueles que professam o seu nome (Apocalipse 3:20)! Busquemos a Sua presença enquanto podemos achá-Lo, invoquemo-Lo enquanto está perto (Isaías 55:6)! O juízo de Deus é em favor de Seu povo, não contra ele! O Senhor deseja viver para sempre conosco, numa relação de perfeita harmonia, em um ambiente livre do pecado e da impureza!

Aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus, o qual a si mesmo se deu por nós, a fim de remir-nos de toda iniquidade e purificar, para si mesmo, um povo exclusivamente seu, zeloso de boas obras. (Tito 2:13-14)

Tão grande obra deve ser feita somente por aqueles que estão dispostos a ser purificados de seus pecados e manifestarem zelo nas boas obras, diferenciando-se do mundo e de seus rudimentos. Eis o grande desafio. Que Deus desperte nossas faculdades adormecidas, de modo a termos uma consciência sensível quanto às nossas reais necessidades durante este tempo solene. Que assim seja para a glória do nome de Deus!

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