Veremos que essa marca, que se opõe ao selo de Deus, não é algo visível, nem é aplicada literalmente, como um chip de computador, código de barras ou coisa semelhante, mas é um símbolo que identifica o portador como leal aos poderes representados pela besta e sua imagem.
Apocalipse 13:16 e 17 esclarece que esta marca espúria é aplicada como uma medida arbitrária que restringe a liberdade de consciência e compele a humanidade a cumprir com as determinações da besta:
A última parte do texto é especialmente elucidativa. A "marca" representa o poder e autoridade do anticristo, o "nome", a sua identidade, e o "número", a sua natureza ou caráter.
Sobre o "nome" - "Babilônia, a grande" (Apocalipse 14:8; 17:5) - já tecemos alguns comentários (confira no Índice). Neste e nos próximos posts, vamos considerar algo sobre a "marca" e o "número do seu nome".
Como já observamos, a marca de Deus corresponde a ter o nome do Pai e o do Filho gravados na fronte (Apocalipse 14:1). Significa que os santos que são selados com o selo divino de aprovação e proteção refletem o caráter de Deus expresso em Sua lei, porque estão cheios do Espírito Santo (Isaías 8:16; Hebreus 8:10; Ezequiel 36:27; II Coríntios 1:21-22).
Os servos de Deus selados nos últimos dias são os mesmos que anteriormente passaram pelo novo nascimento (João 3:3, 5). O cristão que nasceu de novo traz em seu coração a presença viva do Espírito Santo, que o convence do pecado, da justiça e do juízo (João 16:8) e o guia em toda a verdade (verso 13). Este é o primeiro selo do Espírito de Deus, que identifica quem pertence a Cristo e o preserva até o dia da redenção final (Efésios 1:13; II Timóteo 2:19).
O segundo selo - o selo escatológico (Apocalipse 7:2-3) - é aplicado nos momentos finais da história e se destina a confirmar e proteger os fiéis servos de Deus. O fato de serem selados na fronte revela que eles foram intelectual e espiritualmente consolidados na verdade.
Os que recebem o selo de Deus pelos méridos de Cristo são movidos pelo Espírito Santo e, como resultado, têm a lei moral inscrita no coração (Efésios 1:12-14; Isaías 8:16; Apocalipse 14:12). Sua obediência e lealdade a Deus são assinaladas pela observância de toda a lei, inclusive do sábado, visto ser este um sinal da união entre Deus e Seu povo (Ezequiel 20:12 e 20).
Em harmonia com a mensagem do primeiro anjo (Apocalipse 14:7, conforme Êxodo 20:8-11), o mandamento do sábado constitui um chamado especial de Deus aos verdadeiros adoradores e provê uma oportunidade única de comunhão com o Criador no dia que Ele escolheu. Os selados de Deus guardam o sábado pelas seguintes razões:
1. O sábado é o sinal do poder criador de Deus e, portanto, aqueles que O adoram verdadeiramente veem nesse dia um chamado especial para comemorar os atos criadores de Deus (Gênesis 2:1-3; Êxodo 31;17).
2. Na verdadeira adoração e guarda do sábado, Jesus Cristo não apenas é o Senhor de toda a criação, mas é também Redentor, Salvador e Santificador. A cada sábado comemora-se a emancipação do pecador da escravidão do pecado e da condenação eterna (Deuteronômio 5:12-15; Ezequiel 20:12 e 20).
3. Ocupando um lugar de destaque na lei de Deus, o sábado é o único dos preceitos que contém os elementos característicos de um selo: o nome (O Eu Sou), o título (Criador) e a área de domínio (todo a criação). Ao observarem o sábado pela fé em Jesus, os adoradores reconhecem a suprema autoridade de Deus em suas vidas.
4. O sábado aponta para a futura restauração de tudo o que foi perdido por causa do pecado (Hebreus 4:1-11). No céu e terra renovados por Deus (Apocalipse 21:5), o sábado continuará ocupando um lugar preeminente no culto e adoração ao Senhor (Isaías 66:22-23).
A todos, os pequenos e os grandes, os ricos e os pobres, os livres e os escravos, faz que lhes seja dada certa marca sobre a mão direita ou sobre a fronte, para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tem a marca, o nome da besta ou o número do seu nome.
A última parte do texto é especialmente elucidativa. A "marca" representa o poder e autoridade do anticristo, o "nome", a sua identidade, e o "número", a sua natureza ou caráter.
Sobre o "nome" - "Babilônia, a grande" (Apocalipse 14:8; 17:5) - já tecemos alguns comentários (confira no Índice). Neste e nos próximos posts, vamos considerar algo sobre a "marca" e o "número do seu nome".
A marca da besta: antecedentes históricos
Como já observamos, a marca de Deus corresponde a ter o nome do Pai e o do Filho gravados na fronte (Apocalipse 14:1). Significa que os santos que são selados com o selo divino de aprovação e proteção refletem o caráter de Deus expresso em Sua lei, porque estão cheios do Espírito Santo (Isaías 8:16; Hebreus 8:10; Ezequiel 36:27; II Coríntios 1:21-22).
Os servos de Deus selados nos últimos dias são os mesmos que anteriormente passaram pelo novo nascimento (João 3:3, 5). O cristão que nasceu de novo traz em seu coração a presença viva do Espírito Santo, que o convence do pecado, da justiça e do juízo (João 16:8) e o guia em toda a verdade (verso 13). Este é o primeiro selo do Espírito de Deus, que identifica quem pertence a Cristo e o preserva até o dia da redenção final (Efésios 1:13; II Timóteo 2:19).
O segundo selo - o selo escatológico (Apocalipse 7:2-3) - é aplicado nos momentos finais da história e se destina a confirmar e proteger os fiéis servos de Deus. O fato de serem selados na fronte revela que eles foram intelectual e espiritualmente consolidados na verdade.
Os que recebem o selo de Deus pelos méridos de Cristo são movidos pelo Espírito Santo e, como resultado, têm a lei moral inscrita no coração (Efésios 1:12-14; Isaías 8:16; Apocalipse 14:12). Sua obediência e lealdade a Deus são assinaladas pela observância de toda a lei, inclusive do sábado, visto ser este um sinal da união entre Deus e Seu povo (Ezequiel 20:12 e 20).
Em harmonia com a mensagem do primeiro anjo (Apocalipse 14:7, conforme Êxodo 20:8-11), o mandamento do sábado constitui um chamado especial de Deus aos verdadeiros adoradores e provê uma oportunidade única de comunhão com o Criador no dia que Ele escolheu. Os selados de Deus guardam o sábado pelas seguintes razões:
1. O sábado é o sinal do poder criador de Deus e, portanto, aqueles que O adoram verdadeiramente veem nesse dia um chamado especial para comemorar os atos criadores de Deus (Gênesis 2:1-3; Êxodo 31;17).
2. Na verdadeira adoração e guarda do sábado, Jesus Cristo não apenas é o Senhor de toda a criação, mas é também Redentor, Salvador e Santificador. A cada sábado comemora-se a emancipação do pecador da escravidão do pecado e da condenação eterna (Deuteronômio 5:12-15; Ezequiel 20:12 e 20).
3. Ocupando um lugar de destaque na lei de Deus, o sábado é o único dos preceitos que contém os elementos característicos de um selo: o nome (O Eu Sou), o título (Criador) e a área de domínio (todo a criação). Ao observarem o sábado pela fé em Jesus, os adoradores reconhecem a suprema autoridade de Deus em suas vidas.
4. O sábado aponta para a futura restauração de tudo o que foi perdido por causa do pecado (Hebreus 4:1-11). No céu e terra renovados por Deus (Apocalipse 21:5), o sábado continuará ocupando um lugar preeminente no culto e adoração ao Senhor (Isaías 66:22-23).
A atitude presunçosa do anticristo
A única alternativa possível ao selo de Deus é a marca da besta - um sinal distintivo da autoridade do cristianismo apóstata arbitrariamente exercida. Os que receberem sua marca na fronte ou sobre a mão demonstrarão que reconhecem as prerrogativas reivindicadas por este poder.
Como a própria palavra revela, o anticristo se opõe a Cristo ou coloca-se em Seu lugar, assumindo para si prerrogativas exclusivamente divinas (II Tessalonicenses 2:3-4). Logo, a marca ou sinal que representa esse poder anticristão se opõe ao sinal de Cristo ou o substitui. Conclui-se, então, que o sinal da besta - símbolo de seu poder e autoridade - deve se referir a uma mudança na lei de Deus, mais especificamente no quarto mandamento.
É significativa a relação entre o preceito do sábado e a adoração. Juntamente com a obediência, a adoração é o tema central na mensagem do terceiro anjo. O conflito não se resume a uma mera disputa entre o sétimo e o primeiro dia da semana, mas envolve questões muito mais profundas: adoração e lealdade devidas unicamente a Deus.
O anticristo é o único poder na terra que reivindica para si estas duas coisas. Para isso, introduziu deliberadamente uma mudança na lei de Deus e deitou por terra Sua verdade (II Tessalonicenses 2:3-4; Daniel 8:12). Este poder não é outro senão o papado.
Note como Daniel 7:25 descreve a marca substitutiva da falsa autoridade do anticristo:
Como a própria palavra revela, o anticristo se opõe a Cristo ou coloca-se em Seu lugar, assumindo para si prerrogativas exclusivamente divinas (II Tessalonicenses 2:3-4). Logo, a marca ou sinal que representa esse poder anticristão se opõe ao sinal de Cristo ou o substitui. Conclui-se, então, que o sinal da besta - símbolo de seu poder e autoridade - deve se referir a uma mudança na lei de Deus, mais especificamente no quarto mandamento.
É significativa a relação entre o preceito do sábado e a adoração. Juntamente com a obediência, a adoração é o tema central na mensagem do terceiro anjo. O conflito não se resume a uma mera disputa entre o sétimo e o primeiro dia da semana, mas envolve questões muito mais profundas: adoração e lealdade devidas unicamente a Deus.
O anticristo é o único poder na terra que reivindica para si estas duas coisas. Para isso, introduziu deliberadamente uma mudança na lei de Deus e deitou por terra Sua verdade (II Tessalonicenses 2:3-4; Daniel 8:12). Este poder não é outro senão o papado.
Note como Daniel 7:25 descreve a marca substitutiva da falsa autoridade do anticristo:
Proferirá palavras contra o Altíssimo, magoará os santos do Altíssimo e cuidará em mudar os tempos e a lei; e os santos lhe serão entregues nas mãos, por um tempo, dois tempos e metade de um tempo.
O papado como sujeito histórico da profecia
O poder religioso apóstata revelado a Daniel em visão é simbolizado por um "chifre pequeno" (7:8, 21), cuja origem remonta a quatro animais simbólicos, os quais representam quatro grandes reinos ou impérios mundiais (v. 1-7, 17). São eles: um leão (Babilônia), um urso (Medo-Pérsia), um leopardo (Grécia helenística) e um animal "terrível, espantoso e sobremodo forte" (Roma pagã) com dez chifres (as tribos germânicas de interesse profético que invadiram o império). O chifre pequeno surge neste contexto, e representa Roma em sua fase papal.
À invasão dos bárbaros e queda do Império Romano do Ocidente, seguiram-se a desordem administrativa e o caos social generalizado. Nessas circunstâncias, a igreja cristã atuou como um poder estabilizador, o que a tornou uma igreja politicamente influente.
Durante esse período conturbado de renovações, Roma fora reduzida a uma cidade de funcionários e proprietários de terra. Constantino deixara a cidade para fundar Constantinopla, a nova capital, e o bispo de Roma passou a ser a maior autoridade urbana, assumindo ao mesmo tempo a função de representante da cristandade ocidental e da romanidade. Mais do que isso, foi considerado o autêntico herdeiro dos imperadores romanos, visto que representava o único poder político do Ocidente, onde os imperadores já não possuíam nenhuma autoridade efetiva.
Observe que as feições humanas presentes no chifre pequeno - "olhos, como os de homem, e uma boca que falava com insolência" (Daniel 7:8) - o distinguem notavelmente dos demais chifres da profecia. Não admira que Paulo tenha chamado esse poder de "homem da iniquidade" (II Tessalonicenses 2:3). Sobre esta singularidade do chifre pequeno, Sir Isaac Newton comenta: (1)
A aparência humana do chifre pequeno denota a evidente superioridade do papado frente às sociedades bárbaras, e num momento de manifesto declínio da parte ocidental do império romano. Observe as seguintes palavras de L. Génicot sobre esse período e como elas se harmonizam com o símbolo profético: (2)
À invasão dos bárbaros e queda do Império Romano do Ocidente, seguiram-se a desordem administrativa e o caos social generalizado. Nessas circunstâncias, a igreja cristã atuou como um poder estabilizador, o que a tornou uma igreja politicamente influente.
Durante esse período conturbado de renovações, Roma fora reduzida a uma cidade de funcionários e proprietários de terra. Constantino deixara a cidade para fundar Constantinopla, a nova capital, e o bispo de Roma passou a ser a maior autoridade urbana, assumindo ao mesmo tempo a função de representante da cristandade ocidental e da romanidade. Mais do que isso, foi considerado o autêntico herdeiro dos imperadores romanos, visto que representava o único poder político do Ocidente, onde os imperadores já não possuíam nenhuma autoridade efetiva.
Observe que as feições humanas presentes no chifre pequeno - "olhos, como os de homem, e uma boca que falava com insolência" (Daniel 7:8) - o distinguem notavelmente dos demais chifres da profecia. Não admira que Paulo tenha chamado esse poder de "homem da iniquidade" (II Tessalonicenses 2:3). Sobre esta singularidade do chifre pequeno, Sir Isaac Newton comenta: (1)
Mas esse era um reino de um tipo diferente dos outros dez reinos, tendo uma vida ou alma que lhe era peculiar, com olhos e boca. Pelos olhos era um vidente e pela boca, que falava coisas grandes e mudava os tempos e as leis, era ao mesmo tempo um profeta e um rei. Tal vidente, profeta e rei é a IGREJA DE ROMA. Um vidente [grego: episkopos] é um bispo no sentido literal da palavra e essa igreja reivindica o bispado universal. Pela boca, transmite leis a reis e nações, como um oráculo; arroga-se a infalibilidade e pretende que os seus decretos sejam obrigatórios para o mundo inteiro, o que significa que é um profeta no mais alto grau.
A aparência humana do chifre pequeno denota a evidente superioridade do papado frente às sociedades bárbaras, e num momento de manifesto declínio da parte ocidental do império romano. Observe as seguintes palavras de L. Génicot sobre esse período e como elas se harmonizam com o símbolo profético: (2)
Única força organizada, depositária no Ocidente das tradições administrativas e culturais de Roma, beneficiando de uma autoridade moral crescente, e em breve possuidora de riquezas consideráveis, a Igreja vê-se solicitada e até mesmo praticamente obrigada a suprir as fraquezas das sociedades bárbaras. Mal vigiados pelo poder central, os funcionários abusam muitas vezes do seu cargo; os dignitários eclesiásticos são os mais qualificados para prevenir ou remediar esses excessos. Os monarcas necessitam em certas ocasiões e para determinadas missões de homens com um mínimo de instrução; os clérigos tornam-se-lhes indispensáveis. A cultura, na verdade, é quase que o seu monopólio. Perdura quase só nas comunidades canônicas, e principalmente monásticas, que formam, e permanecerão até ao renascimento urbano, os centros da civilização, como que as cidades de um mundo essencialmente rural. É aí que unicamente, ou quase, se ensina, aprende, copia e compõe.
Desenvolvimento de seu poder
À medida que o papado desponta, tornando-se paulatinamente "mais robusto do que os seus companheiros" (Daniel 7:20), três dos dez chifres são arrancados (v. 8). Esses chifres simbolizam os três reinos bárbaros arianos, rivais do catolicismo: os hérulos, vândalos e ostrogodos, abatidos respectivamente em 493, 533 e 538 d.C. Os demais reinos bárbaros tornaram-se sucessivamente católicos. Com o fim do domínio ariano sobre Roma e parte da Itália, o papado estava livre para aumentar seu poder eclesiástico e temporal.
João se refere ao mesmo poder como uma besta que emerge do mar e que tinha sete cabeças e dez chifres (Apocalipse 13:1). Note que este animal simbólico possui as características dos reinos profeticamente descritos em Daniel 7: ele é semelhante a leopardo, com pés como os de urso, e boca como a de leão (Apocalipse 13:2). A ordem é inversa a de Daniel porque João os contempla a partir de seus dias. Em outras palavras, o poder simbolizado pela besta heterogênea preserva em sua estrutura e natureza algo desses antigos impérios. (3)
O dragão, correspondente ao quarto animal terrível e espantoso de Daniel 7, representa, aqui, o Império Romano (sobre isso, clique aqui), de quem a besta marítima recebeu poder, trono e grande autoridade (Apocalipse 13:2). Um trono é símbolo de poder e autoridade. Significativamente, o edifício no qual se encontra o trono do bispo recebe o nome de catedral (do grego cathedra, ou trono). A Cathedra Romana, isto é, o trono do papa é localizado na Basílica de São João de Latrão, em Roma.
A besta marítima, cujas cabeças têm "nomes de blasfêmias", e a qual foi dada uma boca que proferia "arrogâncias e blasfêmias" contra Deus, para lhe difamar o nome e o santuário, e ainda autoridade para agir quarenta e dois meses, representa, portanto, o mesmo poder simbolizado pelo chifre pequeno de Daniel 7: Roma papal.
"Quarenta e dois meses" é outra expressão para "um tempo, dois tempos e metade de um tempo". Ambos os períodos se referem à supremacia eclesiástica e temporal do papado. Durante sua hegemonia, o chifre pequeno proferiu palavras contra Deus e Seu santuário, mudou os tempos e a lei, e perseguiu os "santos do Altíssimo".
A palavra grega blasphemia pode ser traduzida como calúnia ou difamação. Segundo Apocalipse 13:6, as blasfêmias da besta são dirigidas contra três alvos em particular:
1. Contra o próprio Deus, na medida em que usurpa Suas prerrogativas (II Tessalonicenses 2:3-4).
2. Contra o tabernáculo de Deus, ao desviar a atenção das pessoas do verdadeiro santuário, no qual Cristo ministra como nosso Sumo Sacerdote (Hebreus 8:1-2; I Timóteo 2:5), para o sacrifício terrestre da missa.
3. Contra os que habitam no Céu. Primeiramente, contra a própria Divindade, visto que a Igreja Católica reivindica a função de perdoar pecados, além de atribuir à Maria e a outros santos poderes e virtudes que só pertencem a Cristo. Depois, contra os mensageiros celestiais, porque o papado pretende também ter poder sobre os anjos (veja mais aqui).
Ora, as blasfêmias proferidas por esse poder representam, então, mais do que uma oposição a Deus. Elas expressam a presunção de ser igual a Ele, ocupando o Seu lugar, como advertiu Paulo em II Tessalonicenses 2:3-4.
Os inimigos de Jesus O acusaram de blasfêmia por dois motivos: Ele afirmava ser Deus (João 10:33) e perdoava pecados (Lucas 5:21). Mas Jesus não estava blasfemando, porque realmente era Deus e possuía, portanto, a prerrogativa de perdoar pecados (João 1:1, 14 e 18; 8:58; 10:30; Romanos 9:5; Colossenses 1:15-18; 2:9; Tito 2:13; Hebreus 1:8, 10; II Pedro 1:1; I João 5:20).
Há sobejas referências na literatura eclesiástica sobre as pretensas alegações de infalível autoridade divina reivindicadas pelo papado e que cumprem com notável exatidão as profecias bíblicas sobre o anticristo. A relação a seguir (clique com o botão direito do mouse sobre a imagem para abri-la em uma nova guia e ampliá-la) reúne algumas das prerrogativas divinas que o papado se arroga o direito de exercer no lugar de Deus (para mais informações, clique aqui).
João se refere ao mesmo poder como uma besta que emerge do mar e que tinha sete cabeças e dez chifres (Apocalipse 13:1). Note que este animal simbólico possui as características dos reinos profeticamente descritos em Daniel 7: ele é semelhante a leopardo, com pés como os de urso, e boca como a de leão (Apocalipse 13:2). A ordem é inversa a de Daniel porque João os contempla a partir de seus dias. Em outras palavras, o poder simbolizado pela besta heterogênea preserva em sua estrutura e natureza algo desses antigos impérios. (3)
O dragão, correspondente ao quarto animal terrível e espantoso de Daniel 7, representa, aqui, o Império Romano (sobre isso, clique aqui), de quem a besta marítima recebeu poder, trono e grande autoridade (Apocalipse 13:2). Um trono é símbolo de poder e autoridade. Significativamente, o edifício no qual se encontra o trono do bispo recebe o nome de catedral (do grego cathedra, ou trono). A Cathedra Romana, isto é, o trono do papa é localizado na Basílica de São João de Latrão, em Roma.
A besta marítima, cujas cabeças têm "nomes de blasfêmias", e a qual foi dada uma boca que proferia "arrogâncias e blasfêmias" contra Deus, para lhe difamar o nome e o santuário, e ainda autoridade para agir quarenta e dois meses, representa, portanto, o mesmo poder simbolizado pelo chifre pequeno de Daniel 7: Roma papal.
"Quarenta e dois meses" é outra expressão para "um tempo, dois tempos e metade de um tempo". Ambos os períodos se referem à supremacia eclesiástica e temporal do papado. Durante sua hegemonia, o chifre pequeno proferiu palavras contra Deus e Seu santuário, mudou os tempos e a lei, e perseguiu os "santos do Altíssimo".
Autoridade exercida com base em pretensões blasfemas
A palavra grega blasphemia pode ser traduzida como calúnia ou difamação. Segundo Apocalipse 13:6, as blasfêmias da besta são dirigidas contra três alvos em particular:
1. Contra o próprio Deus, na medida em que usurpa Suas prerrogativas (II Tessalonicenses 2:3-4).
2. Contra o tabernáculo de Deus, ao desviar a atenção das pessoas do verdadeiro santuário, no qual Cristo ministra como nosso Sumo Sacerdote (Hebreus 8:1-2; I Timóteo 2:5), para o sacrifício terrestre da missa.
3. Contra os que habitam no Céu. Primeiramente, contra a própria Divindade, visto que a Igreja Católica reivindica a função de perdoar pecados, além de atribuir à Maria e a outros santos poderes e virtudes que só pertencem a Cristo. Depois, contra os mensageiros celestiais, porque o papado pretende também ter poder sobre os anjos (veja mais aqui).
Ora, as blasfêmias proferidas por esse poder representam, então, mais do que uma oposição a Deus. Elas expressam a presunção de ser igual a Ele, ocupando o Seu lugar, como advertiu Paulo em II Tessalonicenses 2:3-4.
Os inimigos de Jesus O acusaram de blasfêmia por dois motivos: Ele afirmava ser Deus (João 10:33) e perdoava pecados (Lucas 5:21). Mas Jesus não estava blasfemando, porque realmente era Deus e possuía, portanto, a prerrogativa de perdoar pecados (João 1:1, 14 e 18; 8:58; 10:30; Romanos 9:5; Colossenses 1:15-18; 2:9; Tito 2:13; Hebreus 1:8, 10; II Pedro 1:1; I João 5:20).
Há sobejas referências na literatura eclesiástica sobre as pretensas alegações de infalível autoridade divina reivindicadas pelo papado e que cumprem com notável exatidão as profecias bíblicas sobre o anticristo. A relação a seguir (clique com o botão direito do mouse sobre a imagem para abri-la em uma nova guia e ampliá-la) reúne algumas das prerrogativas divinas que o papado se arroga o direito de exercer no lugar de Deus (para mais informações, clique aqui).
O chefe da Igreja Católica é ostensivamente reconhecido como "Santo Padre" ou "Papa", não obstante a declaração feita por nosso Senhor Jesus Cristo em Mateus 23:9:
A ninguém sobre a terra chameis vosso pai; porque só um é vosso Pai, aquele que está nos céus.
O papa é conhecido também como "Pontífice Máximo", título pagão usado no passado pelos imperadores romanos e que significa "o Maior Construtor de Pontes". O título usurpado pelo papado sugere a pretensão blasfema de ocupar o lugar de Cristo como nosso único e legítimo Mediador (ver Gênesis 28:12-13; João 1:51; Atos 4:12; I Timóteo 2:5; Hebreus 8:6; 9:15; 12:24; I João 2:1).
O bispo de Roma é reconhecido, ainda, pelo título "Vicarius Filii Dei" - "substituto" ou "representante do Filho de Deus" na Terra -, pelo qual pretende ocupar o lugar do Espírito Santo (ver João 14:16-18; 15:26; 16:7, 8, 13 e 14).
Assim, o papado, numa indubitável demonstração das blasfêmias e injúrias de que falam Daniel 7:25 e Apocalipse 13:1, 5 e 6, pretende possuir as atribuições, ocupar o lugar e ter a autoridade de: Deus Pai (como "Papa"), Deus Filho (como "Pontífice Máximo") e Deus Espírito Santo (como "Vicarius Filii Dei").
A história se repete
O orgulho e a ambição que substituíram a primitiva piedade da igreja e eclipsaram sua identidade deixaram marcas profundas no cristianismo. Eles refletem os mesmos sentimentos de Lúcifer no Céu, quando procurou exaltar-se acima do trono universal de Deus (Isaías 14:12-14; Ezequiel 28:12-16, comparar com Lucas 4:5-8 e Apocalipse 12:7-9).
Em flagrante contraste com nosso Redentor, que, sendo Deus, esvaziou-se a Si mesmo, "assumindo a forma de servo e tornando-se obediente até a morte e morte de cruz" (Filipenses 2:6-8), aquele que fora o mais honrando dentre os anjos cedeu à inveja, ao orgulho e à autossuficiência. Não desejava ser semelhante ao Altíssimo em caráter, mas em posição, dignidade e poder.
A oposição à lei de Deus (especialmente ao sábado) é, com efeito, parte vital da campanha de rebelião promovida por Satanás contra o governo divino.
O único Deus verdadeiro é reconhecido por Sua dignidade de Criador (Salmo 96:4-5; Jeremias 10:11-12; Romanos 1:20; Apocalipse 4:11). Operando por meio de governos e instituições terrestres, o inimigo da verdade tem procurado suprimir o Criador substituindo o sábado por um falso dia de repouso. Assim, ele desvia os homens da adoração e obediência devidas unicamente a Deus.
Ellen G. White observa com propriedade: (4)
1. Sir Isaac Newton. As Profecias do Apocalipse e o Livro de Daniel: as Raízes do Código da Bíblia. São Paulo: Pensamento, 2008, p. 65 e 66.
2. L. Génicot. "A Igreja e o Ocidente", em Linhas de Rumo da Idade Média. Porto: L.A. Imprensa, 1968, p. 86.
3. Muitos elementos da cultura pagã foram adotados e incorporados ao cristianismo pelo papado: da Grécia, a Igreja herdou, por exemplo, o panteão de deuses que encontra seu equivalente "cristão" na multidão de santos católicos; dos Persas, os paramentos sacerdotais de Mitra, deus sol, de onde se origina a sotaina negra dos padres; de Babilônia, entre outros elementos, o anel de ouro, o manto branco, e a tiara de ouro com duas pequenas faixas, todos adaptados pelo papado.
4. Ellen G. White. O Grande Conflito, 19ª ed. Santo André, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1978, p. 591.
Ellen G. White observa com propriedade: (4)
O expediente de Satanás neste conflito final com o povo de Deus é o mesmo que empregou no início da grande controvérsia no Céu. Pretendia estar buscando promover a estabilidade do governo divino, enquanto secretamente aplicava todo o esforço para conseguir sua subversão. E da mesma obra que assim se estava esforçando por cumprir, acusava os anjos fiéis. Idêntica política de engano tem assinalado a história da Igreja de Roma. Tem esta professado agir como substituta do Céu, ao mesmo em tempo em que procura exaltar-se sobre Deus, e mudar Sua lei.
Notas e referências
1. Sir Isaac Newton. As Profecias do Apocalipse e o Livro de Daniel: as Raízes do Código da Bíblia. São Paulo: Pensamento, 2008, p. 65 e 66.
2. L. Génicot. "A Igreja e o Ocidente", em Linhas de Rumo da Idade Média. Porto: L.A. Imprensa, 1968, p. 86.
3. Muitos elementos da cultura pagã foram adotados e incorporados ao cristianismo pelo papado: da Grécia, a Igreja herdou, por exemplo, o panteão de deuses que encontra seu equivalente "cristão" na multidão de santos católicos; dos Persas, os paramentos sacerdotais de Mitra, deus sol, de onde se origina a sotaina negra dos padres; de Babilônia, entre outros elementos, o anel de ouro, o manto branco, e a tiara de ouro com duas pequenas faixas, todos adaptados pelo papado.
4. Ellen G. White. O Grande Conflito, 19ª ed. Santo André, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1978, p. 591.
[Revisado em 25 de junho de 2022]
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