As Escrituras frequentemente mencionam os livros de registros de Deus (Êxodo 32:32-33; Salmo 69:28; Jeremias 17:1; Daniel 12:1; Malaquias 3:16; Lucas 10:20; Apocalipse 3:5; 20:12). Esses livros celestiais, cujo conteúdo revela todos os detalhes da vida do homem e sua obra, constituem grande parte das evidências diante do tribunal divino.
A lei de Deus, por sua vez, estabelece o padrão moral através do qual Deus julga. Tanto o ímpio com a sua impiedade quanto o justo com a sua bondade serão levados a juízo.
A Escritura declara:
Ao contrário da visão natural de mundo dos seres humanos, a vontade de Deus expressa em Sua lei é suficientemente universal e completamente verdadeira.
E um exemplo de nossa percepção desse princípio é a forma como reagimos diante da injustiça. Apesar das diferenças culturais e do modo de ver, sentir e reagir próprio de cada pessoa, nossa resposta comum à injustiça revela que temos consciência dos princípios mais elementares da lei moral - consciência que nos permite formular juízos morais e reagir contra aquilo que é moralmente repreensível.
Essa intuição moral que Deus implantou em nosso consciente nos torna entidades morais capazes de discernir entre o certo e o errado. (1)
Os absolutos morais são claramente revelados nas palavras de Jesus:
A lei moral e o juízo divino demonstram que somos moralmente responsáveis diante de Deus pelas escolhas que fazemos.
No mundo virtual dos games violentos prevalece o "vale tudo", em que tudo é permitido porque não existe um padrão de moralidade que restrinja as paixões mais vis. Em virtude de perderem o contato com o sistema de valores do mundo real e não possuírem, portanto, nenhuma obrigação moral, os jogadores sentem-se livres para assumir papéis que jamais seriam admitidos na realidade.
Contudo, Deus nos criou como seres morais que devem exercer responsavelmente seu direito de escolha, pois toda conduta será aferida e julgada pelo padrão divino de retidão (Eclesiastes 11:9; II Coríntios 5:10; Tiago 2:8-12).
A lei de Deus é a norma do juízo celestial porque constitui a transcrição de Seu caráter. Com efeito, o apóstolo Paulo atribui à lei qualidades eminentemente divinas (Romanos 7:12). Através de dez preceitos claros e objetivos, a lei de Deus revela o perfil de uma vida moralmente adequada.
Não obstante, a lei não tem o poder de nos justificar (Romanos 3:20-22; Gálatas 2:16 e 21). Somente o evangelho eterno pode nos colocar em harmonia com as exigências da lei e, portanto, com o governo de Deus (Romanos 8:1-4; Hebreus 8:10-12).
Assim, somos avaliados no juízo com base em nosso relacionamento com a lei. Um relacionamento saudável depende de uma resposta positiva ao evangelho, visto que somente pela graça de Jesus podemos cumprir Seus requisitos morais e, desse modo, fazer a Sua vontade.
A avaliação de Deus no juízo não ocorre de maneira injusta, unilateral e arbitrária. Os ensinos e requisitos de Deus são claros, e sua observância está ao alcance de todos os que se dispõem a cumpri-los.
Mediante a proclamação de Seu juízo (Apocalipse 14:7), Deus esclarece que somos moralmente responsáveis e responsabilizáveis. As três mensagens angélicas apelam para que todos vivam segundo a lei de Deus pela fé em Jesus. Elas revelam o que Deus espera de nós e quais provisões Ele fez para que possamos cumprir Seus eternos preceitos.
O propósito da verdadeira religião é o desenvolvimento de uma relação íntima com Deus que resulte em bênçãos para si mesmo e para o próximo. A prática religiosa meramente formal ou emocional não substitui o caráter e a obediência que Deus requer (Isaías 1:11-17; Mateus 15:7-9).
Os efeitos práticos da obra de purificação final realizada por Cristo no santuário celestial não podem ocorrer sem a cooperação humana. Deus coopera com o homem quando este se arrepende e abandona seus pecados, unindo-se a Cristo em seus esforços para alcançar êxito.
O clamor do primeiro anjo, intensificado pelo início do juízo, alerta quanto à nossa responsabilidade individual diante de Deus. Pensamentos, palavras e ações não serão aferidos pelos critérios da religião popular que se baseiam no "faça você mesmo" ou "siga o que o seu coração diz", mas pelo padrão divino de moralidade e conduta expresso nos Dez Mandamentos.
Como grande Juiz do tribunal celestial, Cristo decidirá o destino eterno de todos os homens (Romanos 14:10). Por meio de um escrutínio divino, revelar-se-ão nesse dia seus segredos e intenções mais profundos e que tipo de pessoas são (Eclesiastes 12:14; Romanos 2:16; I Coríntios 4:5).
O caráter de Deus requer uma decisão justa tanto para os retos como para os ímpios. Os julgados serão absolvidos ou condenados caso estejam ou não em harmonia com a obra de Cristo.
O fato de que compareceremos perante o supremo tribunal divino (II Coríntios 5:10) é algo solene e tremendo, e constitui razão suficiente para que procuremos viver segundo o coração de Deus, cumprindo com fidelidade e abnegação a obra que nos foi confiada como representantes de Cristo.
Enquanto nosso Salvador permanecer no santuário celestial como Intercessor e Juiz, podemos esperar obter, pela fé nEle, Sua perfeita justiça em lugar da nossa, e, assim, termos direito à árvore da vida e à santa cidade de Deus (Apocalipse 22:14).
Quando, porém, o Senhor concluir Sua obra no lugar santíssimo, todos os casos estarão eternamente decididos, para o bem ou para o mal (Apocalipse 22:11). Note a seguinte declaração de Ellen G. White:
Os que consideram a obra de julgamento celestial uma solene realidade, serão sempre diligentes e sinceros em colocar Deus em primeiro lugar (Mateus 6:33), sujeitando-se inteiramente à Sua vontade. Como servos fiéis, estarão "como os que vivem em santo procedimento e piedade, esperando e apressando a vinda do Dia de Deus." (II Pedro 3:11-12). Quando o Mestre retornar em poder e glória, não terão do que se envergonhar, porque o Senhor pessoalmente lhes dirá:
1. Ao se referir à percepção de certo e errado como uma lei natural, C.S. Lewis argumenta: "É certo que existem diferenças entre as doutrinas morais dos diversos povos, mas elas nunca chegaram a constituir algo que se assemelhasse a uma diferença total... Imagine um país que admirasse aquele que foge do campo de batalha, ou em que um homem se orgulhasse de trair as pessoas que mais lhe fizeram bem. O leitor poderia igualmente imaginar um país em que dois e dois são cinco... Um país pode dizer que os tratados de nada valem; porém, no momento seguinte, porá sua causa a perder afirmando que o tratado específico que pretende romper não é um tratado justo. Se os tratados de nada valem, se não existe um certo e um errado - em outras palavras, se não existe uma Lei Natural -, qual a diferença entre um tratado justo e um injusto?... Parece, portanto, que só nos resta aceitar a existência de um certo e um errado." - Cristianismo Puro e Simples. Versão digital disponível em: <http://kindle-br.blogspot.com.br/2010/10/cristianismo-puro-e-simples-c-s-lewis.html>.
2. Ellen G. White. Cristo em Seu Santuário. 2ª ed. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, p. 119.
Teme a Deus e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo o homem. Porque Deus há de trazer a juízo todas as obras, até as que estão escondidas, quer sejam boas, quer sejam más. (Eclesiastes 12:13-14)
Falai de tal maneira e de tal maneira procedei como aqueles que hão de ser julgados pela lei da liberdade. (Tiago 2:12)
Ao contrário da visão natural de mundo dos seres humanos, a vontade de Deus expressa em Sua lei é suficientemente universal e completamente verdadeira.
E um exemplo de nossa percepção desse princípio é a forma como reagimos diante da injustiça. Apesar das diferenças culturais e do modo de ver, sentir e reagir próprio de cada pessoa, nossa resposta comum à injustiça revela que temos consciência dos princípios mais elementares da lei moral - consciência que nos permite formular juízos morais e reagir contra aquilo que é moralmente repreensível.
Essa intuição moral que Deus implantou em nosso consciente nos torna entidades morais capazes de discernir entre o certo e o errado. (1)
Os absolutos morais são claramente revelados nas palavras de Jesus:
Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles; porque esta é a Lei e os Profetas. (Mateus 7:12)
A lei moral e o juízo divino demonstram que somos moralmente responsáveis diante de Deus pelas escolhas que fazemos.
No mundo virtual dos games violentos prevalece o "vale tudo", em que tudo é permitido porque não existe um padrão de moralidade que restrinja as paixões mais vis. Em virtude de perderem o contato com o sistema de valores do mundo real e não possuírem, portanto, nenhuma obrigação moral, os jogadores sentem-se livres para assumir papéis que jamais seriam admitidos na realidade.
Contudo, Deus nos criou como seres morais que devem exercer responsavelmente seu direito de escolha, pois toda conduta será aferida e julgada pelo padrão divino de retidão (Eclesiastes 11:9; II Coríntios 5:10; Tiago 2:8-12).
O padrão de Deus reflete Sua própria natureza e justiça
A lei de Deus é a norma do juízo celestial porque constitui a transcrição de Seu caráter. Com efeito, o apóstolo Paulo atribui à lei qualidades eminentemente divinas (Romanos 7:12). Através de dez preceitos claros e objetivos, a lei de Deus revela o perfil de uma vida moralmente adequada.
Não obstante, a lei não tem o poder de nos justificar (Romanos 3:20-22; Gálatas 2:16 e 21). Somente o evangelho eterno pode nos colocar em harmonia com as exigências da lei e, portanto, com o governo de Deus (Romanos 8:1-4; Hebreus 8:10-12).
Assim, somos avaliados no juízo com base em nosso relacionamento com a lei. Um relacionamento saudável depende de uma resposta positiva ao evangelho, visto que somente pela graça de Jesus podemos cumprir Seus requisitos morais e, desse modo, fazer a Sua vontade.
A avaliação de Deus no juízo não ocorre de maneira injusta, unilateral e arbitrária. Os ensinos e requisitos de Deus são claros, e sua observância está ao alcance de todos os que se dispõem a cumpri-los.
Porque este mandamento que, hoje, te ordeno não é demasiado difícil, nem está longe de ti. Não está nos céus, para dizeres: Quem subirá por nós aos céus, que no-lo traga e no-lo faça ouvir, para que o cumpramos? Nem está além do mar, para dizeres: Quem passará por nós além do mar que no-lo traga e no-lo faça ouvir, para que o cumpramos? Pois estas palavras estão mui perto de ti, na tua boca e no teu coração, para a cumprires. (Deuteronômio 30:11-14)
Mediante a proclamação de Seu juízo (Apocalipse 14:7), Deus esclarece que somos moralmente responsáveis e responsabilizáveis. As três mensagens angélicas apelam para que todos vivam segundo a lei de Deus pela fé em Jesus. Elas revelam o que Deus espera de nós e quais provisões Ele fez para que possamos cumprir Seus eternos preceitos.
Ele te declarou, ó homem, o que é bom e que é o que o Senhor pede de ti: que pratiques a justiça, e ames a misericórdia, e andes humildemente com o teu Deus. (Miquéias 6:8)
O propósito da verdadeira religião é o desenvolvimento de uma relação íntima com Deus que resulte em bênçãos para si mesmo e para o próximo. A prática religiosa meramente formal ou emocional não substitui o caráter e a obediência que Deus requer (Isaías 1:11-17; Mateus 15:7-9).
Os efeitos práticos da obra de purificação final realizada por Cristo no santuário celestial não podem ocorrer sem a cooperação humana. Deus coopera com o homem quando este se arrepende e abandona seus pecados, unindo-se a Cristo em seus esforços para alcançar êxito.
O clamor do primeiro anjo, intensificado pelo início do juízo, alerta quanto à nossa responsabilidade individual diante de Deus. Pensamentos, palavras e ações não serão aferidos pelos critérios da religião popular que se baseiam no "faça você mesmo" ou "siga o que o seu coração diz", mas pelo padrão divino de moralidade e conduta expresso nos Dez Mandamentos.
Diante do tribunal divino
Como grande Juiz do tribunal celestial, Cristo decidirá o destino eterno de todos os homens (Romanos 14:10). Por meio de um escrutínio divino, revelar-se-ão nesse dia seus segredos e intenções mais profundos e que tipo de pessoas são (Eclesiastes 12:14; Romanos 2:16; I Coríntios 4:5).
O caráter de Deus requer uma decisão justa tanto para os retos como para os ímpios. Os julgados serão absolvidos ou condenados caso estejam ou não em harmonia com a obra de Cristo.
O fato de que compareceremos perante o supremo tribunal divino (II Coríntios 5:10) é algo solene e tremendo, e constitui razão suficiente para que procuremos viver segundo o coração de Deus, cumprindo com fidelidade e abnegação a obra que nos foi confiada como representantes de Cristo.
Enquanto nosso Salvador permanecer no santuário celestial como Intercessor e Juiz, podemos esperar obter, pela fé nEle, Sua perfeita justiça em lugar da nossa, e, assim, termos direito à árvore da vida e à santa cidade de Deus (Apocalipse 22:14).
Quando, porém, o Senhor concluir Sua obra no lugar santíssimo, todos os casos estarão eternamente decididos, para o bem ou para o mal (Apocalipse 22:11). Note a seguinte declaração de Ellen G. White:
Solenes são as cenas ligadas à obra final de expiação. Momentosos, os interesses nela envolvidos. O juízo ora se realiza no santuário celestial. Há muitos anos esta obra está em andamento. Breve, ninguém sabe quão breve, passará ela aos casos dos vivos. Na augusta presença de Deus nossa vida deve passar por exame. Atualmente, mais do que em qualquer outro tempo, importa a toda alma atender à admoestação do Salvador: "Vigiai e orai; porque não sabeis quando chegará o tempo." Mar. 13:33. "Se não vigiares, virei a ti como um ladrão, e não saberás a que hora sobre ti virei." Apoc. 3:3. Quando se encerrar a obra do juízo de investigação, o destino de todos terá sido decidido, ou para a vida, ou para a morte. O tempo da graça finaliza pouco antes do aparecimento do Senhor nas nuvens do céu. Cristo, no Apocalipse, prevendo aquele tempo, declara: "Quem é injusto, faça injustiça ainda; quem está sujo suje-se ainda; e quem é justo, faça justiça ainda; e quem é santo seja santificado ainda. E, eis que cedo venho, e o Meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo a sua obra." Apoc. 22:11 e 12. (2)
Os que consideram a obra de julgamento celestial uma solene realidade, serão sempre diligentes e sinceros em colocar Deus em primeiro lugar (Mateus 6:33), sujeitando-se inteiramente à Sua vontade. Como servos fiéis, estarão "como os que vivem em santo procedimento e piedade, esperando e apressando a vinda do Dia de Deus." (II Pedro 3:11-12). Quando o Mestre retornar em poder e glória, não terão do que se envergonhar, porque o Senhor pessoalmente lhes dirá:
Vinde, benditos de meu Pai! Entrai na posse do reino que vos está preparado desde a fundação do mundo. (Mateus 25:34)
Notas e referências
1. Ao se referir à percepção de certo e errado como uma lei natural, C.S. Lewis argumenta: "É certo que existem diferenças entre as doutrinas morais dos diversos povos, mas elas nunca chegaram a constituir algo que se assemelhasse a uma diferença total... Imagine um país que admirasse aquele que foge do campo de batalha, ou em que um homem se orgulhasse de trair as pessoas que mais lhe fizeram bem. O leitor poderia igualmente imaginar um país em que dois e dois são cinco... Um país pode dizer que os tratados de nada valem; porém, no momento seguinte, porá sua causa a perder afirmando que o tratado específico que pretende romper não é um tratado justo. Se os tratados de nada valem, se não existe um certo e um errado - em outras palavras, se não existe uma Lei Natural -, qual a diferença entre um tratado justo e um injusto?... Parece, portanto, que só nos resta aceitar a existência de um certo e um errado." - Cristianismo Puro e Simples. Versão digital disponível em: <http://kindle-br.blogspot.com.br/2010/10/cristianismo-puro-e-simples-c-s-lewis.html>.
2. Ellen G. White. Cristo em Seu Santuário. 2ª ed. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, p. 119.
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