Até este ponto, o foco de nosso estudo recaiu sobre o clamor da meia-noite que foi proclamado no verão de 1844. Também mencionamos alguns eventos alarmantes que estão ocorrendo na Igreja Adventista do Sétimo Dia. Mas agora queremos nos concentrar no futuro. Neste capítulo, perceberemos que os eventos que ocorreram imediatamente antes e depois de 1844 se repetirão quando o alto clamor do quarto anjo for proclamado ao mundo. [1]
O movimento do clamor da meia-noite
Vamos relembrar por alguns momentos a experiência religiosa daqueles que proclamaram a mensagem do juízo final imediatamente antes de 22 de outubro de 1844. Ellen White, que participou ativamente desse movimento, descreveu a experiência religiosa daqueles que participaram dele:
"De todos os grandes movimentos religiosos desde os dias apostólicos, nenhum foi mais livre das imperfeições humanas e dos enganos de Satanás do que o do outono de 1844. Mesmo agora, depois de muitos anos, todos os que participaram daquele movimento e permaneceram firmes na verdade, ainda sentem a santa influência de uma obra tão abençoada e testificam que ela procedia de Deus." [2]
A serva do Senhor não está compartilhando informações que ela adquiriu de segunda mão. Ou seja, ela não está compartilhando informações que lhe foram contadas por terceiros. Ela pertencia a esse grupo de fieis e compartilhou pessoalmente sua experiência. Ela foi uma testemunha ocular.
E como era a experiência religiosa desse grupo? A resposta é que era muito semelhante à da igreja primitiva, conforme descrito nos primeiros capítulos do livro bíblico de Atos.
Muitos dos que proclamaram a mensagem da hora do juízo no período que antecedeu 1844 venderam tudo o que possuíam para ter fundos para imprimir a mensagem e também para ajudar outros irmãos a pagar suas dívidas. Eles realizavam sessões de oração que muitas vezes duravam a noite inteira. Estudavam suas Bíblias cuidadosamente, procurando saber qual era a vontade de Deus para suas vidas. Tinham um profundo amor pelas almas e desejavam ver a salvação delas. Confessavam seus pecados um ao outro e corrigiam as desavenças que existiam entre eles. Seu desejo mais profundo era estar purificado quando Jesus viesse.
Apesar de terem tido essa profunda experiência religiosa, a mais perfeita desde os tempos apostólicos, aqueles que proclamaram a mensagem do juízo não estavam preparados para encontrar seu Senhor. Você perguntará: Como é possível que pessoas tão consagradas não estivessem preparadas para encontrar seu Senhor? Ellen White responde:
"Mas o povo ainda não estava pronto para encontrar seu Senhor. Ainda havia uma obra de preparação a ser realizada em seu favor. Uma luz deveria ser comunicada a eles, direcionando suas mentes para o santuário de Deus no céu; e ao seguirem ali pela fé seu Sumo Sacerdote no desempenho de Seu ministério, novos deveres lhes seriam revelados. Outra mensagem de advertência e instrução deveria ser dada à igreja." [3]
Note que as pessoas não estavam prontas porque precisavam entender a obra que Cristo realizaria no Lugar Santíssimo do santuário celestial. E, ao compreender a obra que Jesus estava realizando ali, novos deveres seriam revelados. Elas precisavam receber outra mensagem de advertência e instrução. E qual era a essência dessa mensagem que elas ainda não haviam recebido? Ellen White continua:
"O profeta diz: 'Mas quem poderá suportar o dia da sua vinda? E quem poderá subsistir, quando ele aparecer? Porque será como o fogo do ourives, e como o sabão dos lavandeiros; porque se assentará como derretedor e purificador da prata; e purificará os filhos de Levi, e os refinará como ouro e como prata, para que apresentem ao Senhor uma oferta em justiça' (Malaquias 3: 2, 3, M.V.). Aqueles que viverem na Terra quando a intercessão de Cristo no santuário celestial cessar deverão estar na presença do Deus santo sem mediador. Suas vestes devem ser imaculadas; seu caráter, purificado de todo pecado pelo sangue da aspersão. Pela graça de Deus e por seus próprios esforços diligentes, eles devem ser vitoriosos na luta contra o mal. Enquanto o juízo investigativo está ocorrendo no céu, enquanto os pecados dos crentes arrependidos estão sendo removidos do santuário, uma obra especial de purificação, a remoção do pecado, deve ocorrer entre o povo de Deus na Terra. Essa obra é apresentada de forma mais clara nas mensagens do décimo quarto capítulo de Apocalipse." [4]
Ellen White então explica que quando essa obra for concluída, as pessoas estarão prontas para encontrar seu Senhor:
"Quando esta obra estiver concluída, os discípulos de Cristo estarão prontos para Sua vinda." [5]
A serva do Senhor comenta que aqueles que proclamaram a mensagem de juízo no prelúdio de 1844 precisavam abandonar os erros que haviam herdado dos pagãos e dos papistas. Eles precisavam guardar todos os mandamentos de Deus, inclusive o sábado.
"Eles não estavam isentos de erros. E vi a misericórdia e a bondade que Deus manifestou ao enviar aos habitantes da terra repetidas advertências e mensagens, a fim de levá-los a examinar diligentemente o coração e a estudar as Escrituras, para que pudessem abandonar os erros que lhes haviam sido transmitidos pelos pagãos e pelos papistas. Por meio dessas mensagens, Deus tem levado Seu povo para onde Ele poderia trabalhar em seu favor com maior poder e onde eles poderiam guardar todos os Seus mandamentos." [6]
Ao entrarem com Cristo no Lugar Santíssimo, os fieis passaram a ter novos deveres ali. Aqueles que proclamavam a mensagem da hora do juízo precisavam entender a perpetuidade da lei de Deus, a santidade do sábado e a necessidade vital de vencer totalmente o pecado antes que a porta da graça se fechasse. Entre outras coisas, eles também precisavam saber a grande verdade de que os mortos não viverão novamente até a ressurreição e que devemos cuidar de nosso corpo como o templo do Espírito Santo.
O juízo dos vivos
A mensagem do primeiro anjo e o clamor da meia-noite de 1844 anunciaram que Jesus estava prestes a iniciar o julgamento dos mortos no Lugar Santíssimo, um evento que começou em 22 de outubro de 1844.
Mas, no final da história, devemos esperar outra mensagem transmitida por Deus por meio de Seu povo. Essa mensagem anunciará que o julgamento dos vivos está começando. Ellen White, em 1911, delineou esses dois estágios do juízo investigativo – o dos mortos e o dos vivos:
"O julgamento está acontecendo agora no santuário celestial. Essa obra está em andamento há muitos anos. Em breve – ninguém sabe quando – chegará a vez de os vivos serem julgados. Na augusta presença de Deus, nossa vida será analisada." [7]
Em O Grande Conflito, ela descreveu claramente os dois estágios do juízo investigativo que ocorrerá antes da segunda vinda:
"Quando os livros memoriais são abertos no juízo, a vida de todos os que creram em Jesus passa diante de Deus a fim de ser examinada por Ele. Começando com aqueles que viveram pela primeira vez na Terra, nosso Advogado apresenta os casos de cada geração seguinte e termina com os vivos." [8]
O alto clamor
Quando o julgamento dos vivos estiver começando, as três mensagens angélicas serão novamente proclamadas em sua ordem, como foram no movimento de 1844. Mas o poder que as acompanhará será maior e a extensão geográfica, global. As três mensagens angélicas serão fortalecidas por uma mensagem do quarto anjo descrita em Apocalipse 18:1-5.
Como em 1844, a atenção dos seres humanos será novamente direcionada para o Lugar Santíssimo e para as verdades distintas reveladas ali. Ao entrar pela fé no Lugar Santíssimo, o mundo despertará para o fato de que a lei de Deus ainda está em vigor e que o sábado é o dia santo do Senhor. Compreenderá o elo inseparável entre o sábado e a mensagem do terceiro anjo e verá, claramente, que aqueles que guardam o sábado receberão o selo de Deus e aqueles que guardam o domingo receberão a marca da besta. Assim, o sábado será pregado mais plenamente, não apenas como um dos Dez Mandamentos, mas como o grande teste final para a humanidade. [9]
O mundo também compreenderá plenamente outras doutrinas que são reveladas no Lugar Santíssimo. Compreenderá a importância da doutrina do estado dos mortos, especialmente porque o espiritismo terá penetrado de forma alarmante nas igrejas apóstatas. Além disso, à medida que o julgamento dos vivos prosseguir, o mundo entenderá a importância de obter vitória completa sobre o pecado, pois Cristo não apagará dos registros celestiais nada que não tenha sido apagado da vida na Terra.
Surge uma pergunta importantíssima: Quem proclamará essa poderosa mensagem global chamando as pessoas para fora da Babilônia? A resposta é que, inicialmente, será proclamada por um grupo de pessoas que não estão na Babilônia. Não é preciso dizer que, se aqueles que proclamarão essa mensagem devem admoestar as pessoas a saírem da Babilônia, eles não podem também estar na Babilônia, pois nesse caso diriam "saiamos dela, povo meu". A missão de pregar essa mensagem será cumprida pela igreja remanescente fiel que guarda os mandamentos de Deus e a fé de Jesus. A sacudidura terá removido da igreja aqueles que são adventistas nominais, mas evangélicos em suas crenças e estilo de vida.
Consagração sem limites
Deus terá novamente um povo como em 1844, que colocará tudo no altar do sacrifício. Eles serão como os mileritas, só que com uma consagração maior! Eles receberão o poder ilimitado da Chuva Serôdia para proclamar a mensagem. Venderão seus bens para imprimir e transmitir as boas novas das três mensagens angélicas. Terão sessões de oração intercessora que durarão a noite inteira. Estudarão suas Bíblias com a firme determinação de descobrir qual é a vontade de Deus para suas vidas. Terão um profundo amor pelas almas e desejarão ardentemente vê-las chegar aos pés de Jesus. Confessarão seus pecados uns aos outros e repararão as ofensas entre eles e seus irmãos e irmãs. Seu desejo mais intenso será o de estarem purificados quando Jesus voltar.
Poder sem limites
A mensagem de Apocalipse 14:8, que foi pregada pela primeira vez pouco antes de 1844, será pregada novamente, mas com muito mais poder e com extensão global. Os pecados da Babilônia ou da sinagoga de Satanás serão desmascarados como o foram na véspera de 1844. Essa mensagem de advertência é encontrada em Apocalipse 18:1-5, que descreve a presença de Satanás e seus demônios na Babilônia ou sinagoga de Satanás:
"Depois disso, vi descer do céu outro anjo com grande poder, e a terra foi iluminada com a sua glória. E clamou com grande voz, dizendo: Caiu, caiu a grande Babilônia, e se tornou morada de demônios, e guarida de todo espírito imundo, e esconderijo de toda ave imunda e detestável. Pois todas as nações beberam do vinho da ira da sua prostituição, e os reis da terra se prostituíram com ela, e os mercadores da terra se enriqueceram à custa da sua luxúria."
Depois de anunciar a condição deplorável das igrejas e organizações religiosas que rejeitaram a mensagem do Lugar Santíssimo, Deus fará um convite aos Seus fieis para que saiam delas. Assim como aconteceu em 1844, multidões de ministros e leigos sairão das organizações apóstatas para se juntar ao povo remanescente de Deus:
"E ouvi outra voz do céu, que dizia: Sai dela, povo meu, para não serdes cúmplices em seus pecados, nem participantes dos seus flagelos; porque os seus pecados chegaram até ao céu, e Deus se lembrou das iniquidades que ela praticou." [10]
Assim como em 1844, quando as multidões ouvirem a mensagem do primeiro anjo, elas deixarão as igrejas apóstatas e se juntarão ao remanescente que guarda os mandamentos de Deus e a fé de Jesus. Ellen White relaciona a mensagem do segundo anjo, proclamada pela primeira vez na véspera de 1844, com o alto clamor que será anunciado no futuro.
O clamor da meia-noite e o alto clamor
"Aqui [em Apocalipse 18:1-5] é repetida a mensagem da queda de Babilônia, conforme dada pelo segundo anjo, com a menção adicional das corrupções que têm entrado nas igrejas desde 1844. A obra desse anjo começa a tempo de se juntar à última grande obra da mensagem do terceiro anjo à medida que se intensifica numa proclamação em alta voz. Assim, o povo de Deus está se preparando para enfrentar a hora da tentação que logo os assaltará. Vi que uma luz muito grande repousava sobre os fieis e que eles estavam unidos para proclamar destemidamente a mensagem do terceiro anjo." [11]
É importante considerar o contexto imediato da advertência em Apocalipse 18:1-5. Apocalipse 17:1-17 e 18:6-24 descrevem o mesmo evento: o momento em que Babilônia se desintegra e desmorona. Entre essas duas descrições da queda física e literal da Babilônia está o chamado de Deus para que Seu povo saia antes que o sistema apóstata se desintegre.
Apocalipse 18:1-5 será o anúncio terreno de que o juízo que começou com os mortos em 1844 está prestes a terminar com os casos dos vivos. Essa poderosa mensagem chamará todo o mundo a receber o selo de Deus e rejeitar a marca da besta. A mensagem dará poder à mensagem do terceiro anjo, assim como o clamor da meia-noite fortaleceu a mensagem do segundo anjo. O clamor da meia-noite (anunciando o início do julgamento dos mortos) será ofuscado pela intensidade do alto clamor (anunciando o início do julgamento dos vivos).
Ellen White, em palavras simples e claras, relacionou o clamor da meia-noite com o alto clamor do terceiro ano:
"Essa mensagem [Apocalipse 18:1-5] parecia ser um acréscimo à terceira mensagem, pois foi unida a ela como o clamor da meia-noite foi unido em 1844 à mensagem do segundo anjo. A glória de Deus repousou sobre os santos que aguardavam pacientemente e que, destemidamente, deram a última e solene advertência, proclamando a queda de Babilônia e exortando o povo de Deus a sair dela para escapar de sua terrível condenação." [12]
Em outro lugar, a serva do Senhor explica em maiores detalhes a relação entre o clamor da meia-noite dado em 1844 e o alto clamor final mencionado em Apocalipse 18:1-5:
"Esses versos [Apocalipse 18:1-5] apontam para um tempo no futuro em que o anúncio da queda de Babilônia, feito pelo segundo anjo de Apocalipse 14:8, será repetido com a menção adicional das corrupções que têm se infiltrado nas várias organizações religiosas que constituem a Babilônia [ou a sinagoga de Satanás] desde que essa mensagem foi proclamada pela primeira vez no verão de 1844 [o clamor da meia-noite]. A terrível condição em que o mundo religioso se encontra é descrita aqui. Sempre que as pessoas rejeitam a verdade, sua mente se torna mais sombria e seu coração mais obstinado, até que se afundam em uma descrença imprudente. Em seu desafio às admoestações de Deus, elas continuarão a pisotear um dos preceitos do Decálogo até que sejam levadas a perseguir aqueles que o consideram sagrado. Cristo é desprezado quando se demonstra desprezo por Sua Palavra e por Seu povo. À medida que os ensinamentos do espiritismo forem aceitos nas igrejas, as barreiras impostas ao coração carnal desaparecerão, e uma profissão de religião se tornará um manto para cobrir as mais vis iniquidades. A crença em manifestações espíritas abre o campo para espíritos sedutores e doutrinas de demônios, e assim as influências dos anjos maus serão sentidas nas igrejas." [13]
O anjo que traz a mensagem de Apocalipse 18:1-5 clama em alta voz. O mundo inteiro se encherá da glória celestial. Ellen White explicou que o poder que acompanha o alto clamor ultrapassará em muito o poder que acompanhou o clamor da meia-noite:
"Vi que essa mensagem terminaria com força e vigor que ultrapassariam em muito o clamor da meia-noite. Os servos de Deus, dotados do poder do céu, com o semblante iluminado e resplandecendo com santa consagração, [14] saíram para proclamar a mensagem celestial. Muitas almas espalhadas entre as congregações religiosas responderam ao chamado e se apressaram a sair das igrejas condenadas, assim como Ló se apressou a sair de Sodoma antes da destruição daquela cidade. O povo de Deus foi fortalecido pela excelente glória que repousava sobre eles em abundância, [15] ajudando-os a suportar a hora da tentação. [16] Ouvi uma multidão de vozes clamando de todos os lados: 'Aqui está a paciência dos santos, aqueles que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus'." [17]
Com relação a esse reavivamento e aos frutos que ele produzirá, o Espírito de Profecia declara:
"Apesar da decadência geral da fé e da piedade, há nessas igrejas verdadeiros discípulos de Cristo. Antes que os juízos de Deus finalmente caiam sobre a Terra, haverá entre o povo do Senhor um reavivamento da primitiva piedade como nunca se viu desde os tempos apostólicos. O Espírito e o poder de Deus serão derramados sobre Seus filhos. Então, muitos se separarão das igrejas nas quais o amor deste mundo suplantou o amor a Deus e à Sua Palavra. Muitos, tanto ministros quanto leigos, aceitarão de bom grado as grandes verdades que Deus fez com que fossem proclamadas nesta época a fim de preparar um povo para a segunda vinda do Senhor." [18]
Quando ocorrer o julgamento dos vivos no céu, as verdades distintivas da Igreja Adventista do Sétimo Dia, verdades que são explicadas no Lugar Santíssimo, serão novamente proclamadas. A lei de Deus, o sábado (como o selo de Deus), o estado dos mortos (para neutralizar o espiritismo), o Espírito de Profecia (para confortar e corrigir o povo de Deus), a necessidade de cuidar do templo de nosso corpo (para nos dar força física e espiritual para passarmos vitoriosamente pelo tempo de angústia), o julgamento dos vivos e a necessidade de preparar um caráter adequado para o céu – todas essas verdades serão proclamadas com poder ilimitado em todos os cantos do mundo.
Essas verdades serão uma âncora para o povo de Deus em meio ao mar tempestuoso dos eventos finais. Ellen White nos assegurou que todos aqueles que receberem as três mensagens angélicas serão protegidos dos enganos finais de Satanás. Por outro lado, aqueles que basearam sua experiência religiosa no superficial (emoções) serão levados pelo vento como a palha da eira.
Surge a pergunta: É possível que Satanás saiba que esse reavivamento ocorrerá entre o povo de Deus pouco antes do fechamento da porta da graça? E se souber, ele não teria uma estratégia planejada para neutralizá-lo? A resposta é um retumbante sim! Ellen White explica: "O inimigo das almas deseja impedir essa obra e, antes que chegue o momento em que esse movimento ocorra, ele tentará impedi-lo introduzindo uma contrafação. Ele fará parecer que a bênção especial de Deus está sendo derramada sobre as igrejas que ele conseguir colocar sob seu poder sedutor; haverá manifestação do que será considerado um grande interesse religioso. Multidões se regozijarão com o fato de que Deus está operando maravilhosamente em seu favor, quando, na realidade, a obra é de outro espírito. Sob um disfarce religioso, Satanás procurará estender sua influência sobre o mundo cristão." [19]
Uma firme oposição
O que aconteceu na véspera de 1844 se repetirá. Assim como os ministros das igrejas apóstatas fizeram tudo o que estava ao seu alcance para silenciar a proclamação das duas primeiras mensagens angélicas no clamor da meia-noite, os ministros apóstatas durante o alto clamor procurarão fazer o mesmo:
"Satanás ficará alerta ao ver a controvérsia se espalhar por novos campos e a atenção do povo ser direcionada para a lei de Deus, que foi pisoteada. O poder que acompanha a proclamação da mensagem só fará com que aqueles que se opõem a ela se desesperem. O clero fará esforços quase sobre-humanos para sufocar a luz, temeroso de que ela ilumine seus rebanhos. Por todos os meios ao seu alcance, os ministros procurarão evitar qualquer discussão sobre essas questões vitais." [20]
Durante esse período de amarga oposição, será necessário que o povo de Deus manifeste paciência perseverante. A palavra "paciência" aparece em dois lugares estratégicos na segunda parte do livro do Apocalipse, e ambos os casos são encontrados no contexto da mensagem do terceiro anjo. [21]
Com relação aos fieis da igreja de Filadélfia, Apocalipse 3:10 diz:
"Porquanto guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro, para experimentar os que habitam sobre a terra."
Abandonando a fé
Ellen White descreve como muitos se apostatarão da fé durante essa crise. Além disso, ela diz que, nesse tempo de crise, a maioria dos adventistas do sétimo dia abandonará a fé que antes professava e se juntará às fileiras do inimigo:
"Quando a religião de Cristo é mais desprezada, quando Sua lei é mais abominada, então nosso zelo deve ser mais ardente, e nossa coragem e firmeza mais inabaláveis. Defender a verdade e a justiça quando a maioria nos abandona, lutar as batalhas do Senhor quando os campeões são poucos, esse será o nosso teste. Neste momento, precisamos extrair calor da frieza dos outros, coragem de sua covardia e lealdade de sua traição." [22]
O Espírito de Profecia nos diz que os adventistas que cederam passo a passo às exigências mundanas e se conformaram com os caminhos do mundo, deixarão a fé e se juntarão às fileiras da oposição:
"Eles tentarão nos impor a marca da besta. Aqueles que, passo a passo, cederam às exigências mundanas e se conformaram com os caminhos do mundo acharão fácil ceder às autoridades, em vez de se submeterem ao ridículo, aos insultos, às ameaças de prisão e à morte. A disputa será entre os mandamentos de Deus e os mandamentos dos homens. Naquele momento, o ouro será separado da escória na igreja. A verdadeira piedade será claramente distinguida da aparência e dos adornos. Muitas estrelas que admiramos por seu brilho se desvanecerão na escuridão. Como uma nuvem, a palha será levada pelo vento, mesmo em lugares onde vemos apenas eiras de trigo rico. Todos os que usam os ornamentos do Santuário, mas não estão vestidos com a justiça de Cristo, aparecerão na vergonha de sua nudez." [23]
Haverá membros que professaram fé na mensagem do terceiro anjo que abandonarão a mensagem do Lugar Santíssimo e finalmente se juntarão às fileiras do inimigo das almas. Ou seja, eles deixarão o Lugar Santíssimo e voltarão a adorar no Lugar Santo, como as igrejas cristãs apóstatas:
"Ao aproximar-se a tempestade, muitos que professaram crer na mensagem do terceiro anjo, mas que não foram santificados pela obediência à verdade, abandonarão sua fé e passarão para as fileiras da oposição. [24] Unindo-se ao mundo e participando de seu espírito, passaram a ver as coisas sob a mesma luz; de modo que, quando chegar a hora da provação, estarão prontos a colocar-se do lado mais fácil e popular. Homens de talento e eloquência, que antes se regozijavam com a verdade, usarão suas faculdades para seduzir e desviar as almas. Eles se tornarão os inimigos mais amargos de seus irmãos de outrora." [25]
Mas enquanto um grande número de adventistas está deixando o Lugar Santíssimo para o Santo, o alto clamor atrairá da Babilônia multidões que são verdadeiros filhos de Deus:
"Vi que Deus tem filhos sinceros entre os adventistas nominais e as igrejas caídas, e antes que as pragas sejam derramadas, ministros e povo serão convidados a sair dessas igrejas e receberão a verdade com alegria." [26]
Adventistas superficiais
Tragicamente, muitos adventistas do sétimo dia que basearam sua experiência em coisas efêmeras e superficiais, como sinais, milagres, emoções, sentimentos, cultos religiosos contemporâneos e foco em necessidades sentidas, e que dizem que a vitória sobre o pecado não pode ser conquistada, serão vítimas dos muitos enganos de Satanás e então se encontrarão em meio ao tempo de angústia sem direção e âncora. Ellen White diz que, durante o período de provação, eles confessarão seus pecados em uma angústia devastadora, mas Deus não ouvirá suas súplicas:
"Cristãos professos que virão despreparados para o último e terrível conflito confessarão seus pecados em palavras de angústia consumidora, enquanto os ímpios rirão dessa angústia. Tais confissões têm o mesmo caráter que as de Esaú ou Judas. Aqueles que as fazem lamentam os resultados da transgressão, mas não a culpa em si. Eles não sentem verdadeira contrição ou horror ao mal." [27]
De acordo com a serva do Senhor, a parábola das dez virgens terá seu cumprimento final durante esse período. Aqueles que não se prepararam para a crise clamarão: "Senhor, Senhor, abra-nos". Terrível será a resposta daquele que finalmente fechar a porta do Lugar Santíssimo: "Não vos conheço". [28]
O profeta Amós descreveu esse período com palavras impressionantes:
"Eis que vêm dias, diz o Senhor Deus, em que enviarei fome sobre a terra, não fome de pão, nem sede de água, mas de ouvir a palavra do Senhor. E andarão errantes de mar a mar; desde o norte até o oriente andarão errantes, buscando a palavra do Senhor, e não a acharão." [29]
Reavivamentos genuínos e falsos
Satanás é um ávido leitor da Bíblia e do Espírito de Profecia e, portanto, sabe muito bem que esse grande avivamento virá. Como já vimos, ele deseja neutralizá-lo e, assim, causará na Babilônia ou na sinagoga de Satanás um falso reavivamento pouco antes de ocorrer o genuíno. Ellen White, no capítulo intitulado "Avivamentos Modernos", explica detalhadamente como Satanás usará esse falso avivamento para enlaçar as almas que estão adorando no Lugar Santo:
"Satanás sabe disso; e antes que seja dado o alto clamor do terceiro anjo, ele desperta o entusiasmo nessas organizações religiosas, para que os que rejeitaram a verdade possam pensar que Deus está com eles. Satanás espera enganar os sinceros e levá-los a acreditar que Deus ainda está trabalhando em favor das igrejas. Mas a luz brilhará, e todos os que são sinceros de coração deixarão as igrejas caídas e se decidirão pelo remanescente." [30]
Ellen White explicou claramente as características desses falsos reavivamentos que ocorrerão antes do genuíno. Por favor, preste muita atenção ao que ela diz a respeito desses falsos reavivamentos e depois pergunte a si mesmo com toda a sinceridade: Não são esses os "reavivamentos" que estão ocorrendo em muitas igrejas adventistas do sétimo dia hoje?
"Mas muitos dos avivamentos dos tempos modernos têm apresentado um contraste impressionante com aquelas manifestações da graça divina que, em épocas anteriores, acompanhavam o trabalho dos servos de Deus. É verdade que eles despertam grande interesse; que muitos professam ser convertidos e que o número de membros das igrejas aumenta muito; no entanto, os resultados não são tais que nos dão o direito de acreditar que houve um aumento correspondente da verdadeira vida espiritual. A chama que se acende por um momento logo se extingue e deixa a escuridão mais densa do que antes.
"Avivamentos populares são frequentemente levados a efeito por meio de apelos à imaginação, excitando-se as emoções e satisfazendo a inclinação ao que é novo e surpreendente. Os convertidos assim conquistados manifestam pouco desejo de ouvir a verdade bíblica e pouco interesse no testemunho dos profetas e apóstolos. O serviço religioso que não seja de caráter um tanto sensacionalista não tem apelo para eles. Não é atendida a mensagem que apele para a razão desapaixonada. Eles desconsideram as claras advertências da Palavra de Deus que se relacionam diretamente com seus interesses eternos.
"Para toda a alma verdadeiramente convertida, a relação com Deus e com as coisas eternas será o grande tema da vida. Mas onde se encontra o espírito de consagração a Deus nas igrejas populares de nossos dias? Os convertidos não renunciam ao orgulho ou ao amor do mundo. Eles não estão mais dispostos a negar a si mesmos, a carregar a cruz e a seguir o manso e humilde Jesus do que estavam antes de sua conversão. A religião se tornou um objeto de escárnio para infiéis e céticos, porque muitos dos que a professam ignoram seus princípios. O poder da piedade desapareceu quase que totalmente de muitas igrejas. Piqueniques, peças de teatro na igreja, bazares, casas elegantes e ostentação pessoal afastaram os pensamentos das pessoas de Deus. Terras, bens e ocupações mundanas enchem a mente, enquanto as coisas de interesse eterno mal são consideradas dignas de atenção." [31]
O quadro é claro. Nos últimos dias, os cultos religiosos da cristandade serão muito emocionais. O mundo religioso professará seguir Jesus, e em seu meio serão vistos todos os tipos de sinais e maravilhas e todos os tipos de experiências subjetivas. Mas eles se recusarão a entrar no Lugar Santíssimo e, portanto, rejeitarão as verdades distintivas reveladas ali, verdades que os preparariam para atravessar vitoriosamente o tempo de angústia. Assim, eles receberão de bom grado os muitos enganos de Satanás a respeito da lei, do sábado, do estado dos mortos, do Espírito de Profecia e da necessidade de preparar um caráter adequado para o céu.
Características do reavivamento genuíno
No mesmo capítulo, Ellen White apresenta as características de um reavivamento genuíno: [32]
- A lei espiritual de Deus é pregada, levando as pessoas a discernir sua pecaminosidade em contraste com a santidade de Deus.
- O pecador tem uma nova visão do Calvário e isso o ajuda a entender quanto sofrimento e agonia seus pecados causaram a Jesus.
- O pecador agora sente uma aversão tão grande ao pecado que se arrepende, confessa e confia nos méritos da vida e da morte de Cristo, e está disposto a se afastar do pecado.
- Ao ver a santidade de Deus, o pecador desenvolve a fome e a sede de refletir essa santidade em sua vida. Como resultado, o pecador nasce de novo e seu coração é mudado e transformado.
- Por amor a Jesus, o pecador agora leva uma vida de santa obediência à lei de Deus e de serviço aos outros pelo poder do Espírito Santo.
- Uma vida de alegria e paz em Cristo é palpável.
A serva do Senhor nos deu uma descrição simples e clara de como distinguir entre um falso avivamento e um verdadeiro:
"Em muitos dos avivamentos religiosos que ocorreram durante o último meio século, foram sentidas as mesmas influências, em maior ou menor grau, que serão exercidas em movimentos mais extensos no futuro. Há uma agitação emocional, uma mistura do verdadeiro e do falso, muito capaz de desviar a pessoa do caminho certo. Entretanto, ninguém precisa ser enganado. À luz da Palavra de Deus, não é difícil determinar a natureza desses movimentos. Onde quer que os homens negligenciem o testemunho da Bíblia e se afastem das verdades claras que servem para provar a alma e que exigem a renúncia de si mesmo e do mundo, podemos estar certos de que ali não é outorgada a bênção de Deus. E aplicando a regra que o próprio Cristo deu, 'Por seus frutos os conhecereis' (S. Mateus 7:16), é evidente que esses movimentos não são obra do Espírito de Deus." [33]
Adorando aos pés dos santos
Apocalipse 3:9 nos informa que a sinagoga de Satanás um dia virá para adorar aos pés dos santos e confessar que Deus os amou. A pergunta-chave é a seguinte: Essa promessa foi cumprida por aqueles que proclamaram as três mensagens angélicas e o clamor da meia-noite em 1844? Certamente não! Aqueles que zombaram dos mensageiros de Deus e os expulsaram das igrejas nunca reconheceram ou confessaram que Deus realmente amava aqueles que proclamavam as mensagens angélicas. Ademais, os inimigos daqueles que proclamavam a hora do juízo morreram acreditando que estavam certos e que os mileritas estavam gravemente enganados.
Uma coisa me intrigou por muitos anos ao ler os comentários de Ellen White sobre a igreja de Filadélfia: Por que Ellen White aplica a mensagem de Filadélfia àqueles que proclamaram o clamor da meia-noite em 1844 e também àqueles que passarão pelo tempo de angústia final depois que a porta da graça se fechar?
Depois de muita reflexão e oração, acredito ter encontrado a resposta. Como já vimos, o que aconteceu em 1844, quando começou o julgamento dos mortos, se repetirá em uma escala muito maior quando começar o julgamento dos vivos. Ambos os movimentos direcionam a atenção do povo de Deus para o Santíssimo – o primeiro para anunciar o início do julgamento dos mortos e o segundo para anunciar o início do julgamento dos vivos.
Portanto, há dois grupos de filadelfianos, um no passado e outro no futuro. O primeiro grupo consiste de adventistas fieis que entraram com Cristo no Lugar Santíssimo e morreram na fé da mensagem do terceiro anjo após 1844. O segundo grupo consistirá dos 144.000 que estarão vivos quando Cristo voltar.
Ao mesmo tempo em que os 144.000 vivos são libertados das mãos de seus inimigos pela voz de Deus, aqueles que morreram na fé da mensagem do terceiro anjo serão ressuscitados no que é conhecido como a ressurreição especial ou parcial. Os dois grupos estarão vivos lado a lado para testemunhar a segunda vinda de Cristo. [34]
Ellen White explicou que quando os santos que estão vivos forem libertados do decreto de morte que Babilônia emitiu contra eles, todos os que morreram na fé da mensagem do terceiro anjo após 1844 serão ressuscitados:
"Todos os que morreram na fé da mensagem do terceiro anjo [aqueles que entraram no Santíssimo com Jesus], saem glorificados da sepultura, para ouvir a aliança de paz que Deus faz com aqueles que guardaram Sua lei. 'Os que O traspassaram' (Apocalipse 1:7), os que zombaram e riram da agonia de Cristo e os inimigos mais ferrenhos de Sua verdade e de Seu povo [a sinagoga de Satanás ou Babilônia], ressuscitam para contemplá-Lo em Sua glória e ver a honra com a qual os que foram leais e obedientes serão recompensados." [35]
Os fieis que foram injuriados e perseguidos por proclamarem a mensagem da hora do juízo em 1843 e 1844 e que depois foram ridicularizados quando pregaram a mensagem do Lugar Santíssimo serão ressuscitados. Aqueles que se opuseram a eles e os insultaram ressuscitarão ao mesmo tempo. Por outro lado, os 144.000 que sofreram durante o tempo de angústia e aqueles que os perseguiram também estarão vivos. Nesse momento monumental, a sinagoga de Satanás (aqueles que se opuseram à mensagem do Lugar Santíssimo em 1844 e aqueles que se oporão à mesma mensagem no final da história) cairá aos pés dos fieis de Deus (aqueles que ressuscitaram na ressurreição especial e os 144.000 vivos) e terá que confessar publicamente que Deus os amou. Com relação a essa cena, Ellen White escreveu:
"Vi que os sacerdotes que estavam levando seu rebanho à morte logo serão interrompidos em sua terrível carreira. As pragas de Deus estão chegando, mas não será suficiente que os falsos pastores sejam atormentados por uma ou duas dessas pragas. Naquela ocasião, a mão de Deus será estendida em ira e justiça e não será retirada até que Seus propósitos sejam totalmente cumpridos, até que os sacerdotes mercenários sejam levados a adorar aos pés dos santos e a reconhecer que Deus os amou porque se apegaram à verdade e guardaram os mandamentos de Deus, e até que todos os injustos sejam destruídos da Terra." [36]
Em outra parte, Ellen White descreve o que acontecerá com os santos vivos que serão libertados do decreto de morte:
"Os 144.000 estavam todos selados e perfeitamente unidos. Em suas frontes estavam escritas estas palavras: 'Deus, nova Jerusalém', e também uma estrela brilhante com o novo nome de Jesus. Os ímpios ficaram furiosos ao nos verem naquele estado santo e feliz, e queriam nos agarrar para lançar-nos na prisão, quando estendemos a mão em nome do Senhor e eles caíram inermes ao chão. Então a sinagoga de Satanás soube que Deus nos havia amado, que lavávamos os pés uns aos outros e saudávamos fraternalmente os irmãos com ósculo santo, e adoraram a nossos pés." [37]
Outra porta
A mensagem de Jesus para a igreja de Laodiceia em Apocalipse 3:20 menciona outra porta. Mas essa porta não está no céu, e sim na terra; é a porta do coração. E Jesus está à porta, batendo para entrar:
"Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo." [38]
Assim como Jesus purifica o santuário celestial dos pecados de Seu povo, eles devem permitir que Jesus purifique esses pecados do santuário da alma na terra por meio da obra do Espírito Santo. Jesus abriu a porta do Santíssimo no céu com a chave de Davi, mas a porta do coração só pode ser aberta por dentro. Ou seja, a chave está em nossas mãos. Antes que Jesus possa purificar o santuário celestial do registro de nossos pecados, Ele precisa entrar em nosso coração e nos purificar aqui. Jesus nunca purificará nosso registro de pecado no céu durante o julgamento dos vivos a menos que tenha purificado nosso coração na terra.
Com relação à condição de muitos corações, a serva do Senhor diz:
"Vi que muitos têm tanta escória acumulada diante da porta do coração que não podem abri-la. Alguns precisam remover as dificuldades que têm com seus irmãos. Outros precisam remover o mau humor ou a ganância antes de poderem abrir a porta. Outros colocam o mundo diante da porta do coração e, assim, a fecham. Toda essa escória precisa ser removida. Então eles poderão abrir a porta e dar as boas-vindas ao Salvador." [39]
"O amor ao mundo substituiu o amor a Cristo. Quando a escória é removida da porta do coração e a porta é aberta de par em par em resposta ao convite de Cristo, Ele entra e toma posse do templo da alma." [40]
Em um capítulo anterior, vimos que os mileritas, apesar de sua grande consagração a Deus, não estavam prontos para encontrar seu Senhor. Suas mentes deveriam ser direcionadas para o Lugar Santíssimo, onde novos deveres lhes seriam revelados. Necessitavam de outra mensagem de advertência e instrução. E qual mensagem era essa? Ellen White cita Malaquias 3:2, 3 e depois explica o que esses versos significam:
"'Mas quem poderá suportar o dia da sua vinda? E quem poderá subsistir, quando ele aparecer? Porque será como o fogo do ourives, e como o sabão dos lavandeiros; porque se assentará como derretedor e purificador da prata; e purificará os filhos de Levi, e os refinará como ouro e como prata, para que apresentem ao Senhor uma oferta em justiça.'
"Os que viverem na Terra quando a intercessão de Cristo no santuário celestial cessar, estarão na presença do Deus santo sem mediador. Suas vestes serão imaculadas; seu caráter será purificado de todo pecado pelo sangue da aspersão. Pela graça de Deus e por seus próprios esforços diligentes, eles devem ser vitoriosos na luta contra o mal. Enquanto o juízo investigativo está ocorrendo no céu, enquanto os pecados dos crentes arrependidos estão sendo removidos do santuário, uma obra especial de purificação, de libertação do pecado, deve ocorrer entre o povo de Deus na terra. Essa obra é apresentada de forma mais clara nas mensagens do capítulo 14 de Apocalipse." [41]
Em seguida, o Espírito de Profecia explica que, quando esse trabalho for concluído, o povo de Deus estará pronto para a vinda de Jesus:
"Quando essa obra for concluída, os discípulos de Cristo estarão prontos para Sua vinda." [42]
O leitor perspicaz notará que Malaquias 3:2 começa com uma pergunta: "Mas quem poderá suportar o dia da sua vinda?" Esse não é o único texto bíblico em que essa pergunta aparece. Vejamos outros:
"Porque é chegado o grande dia da sua ira; e quem poderá subsistir?" [43]
"Porque o dia do Senhor é grande e mui terrível; quem o poderá suportar?" [44]
"Quem dentre nós habitará com o fogo consumidor? Quem dentre nós habitará com as chamas eternas?" [45]
"Quem habitará no teu tabernáculo, ó SENHOR? Quem habitará no teu santo monte?" [46]
"Quem subirá ao monte do Senhor, e quem permanecerá no seu santo lugar?" [47]
Um estudo cuidadoso dessas e de outras passagens indica que toda vez que a pergunta é respondida, a ênfase está no caráter resplandecente que o povo de Deus deve possuir para permanecer firme quando Cristo vier.
Veja outro exemplo encontrado em Isaías 33:14, 15. Primeiro, o profeta faz duas perguntas:
"Quem dentre nós habitará com o fogo consumidor? Quem dentre nós habitará com as chamas eternas?"
Em seguida, ele dá a resposta inequívoca às perguntas no verso 15:
"Aquele que anda em justiça e fala o que é reto, que odeia o ganho da violência, que sacode as mãos para não receber suborno, que tapa os ouvidos para não ouvir propostas sanguinárias, que fecha os olhos para não ver coisas más."
Alguém pode objetar que todas essas passagens são do Antigo Testamento. A pergunta-chave é a seguinte: Deus esperava mais de Seu povo no Antigo Testamento do que espera agora? Não temos mais conhecimento do que eles? [48]
Além disso, o Novo Testamento concorda com o Antigo no que diz respeito à necessária preparação especial para permanecer firme quando Cristo voltar:
Jesus disse: "Bem-aventurados os puros de coração, porque eles verão a Deus." [49]
O livro de Hebreus nos informa que, sem santidade, ninguém verá o Senhor. [50] Ele também nos diz que devemos servir a Deus "com temor e reverência, porque o nosso Deus é um fogo consumidor". [51]
João, o discípulo amado, explicou que quem espera ver Jesus "purifica-se a si mesmo, assim como ele é puro". [52]
O apóstolo Paulo acrescenta seu testemunho ao nos assegurar que Jesus se entregou para purificar Sua igreja e apresentá-la a Si mesmo como uma igreja gloriosa, "sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante". [53] E, em palavras claras e translúcidas, o grande apóstolo nos assegura:
"Porque a graça de Deus se manifestou para salvação de todos os homens, ensinando-nos que, renegadas a impiedade e concupiscências mundanas, vivamos neste tempo presente uma vida sóbria, justa e piedosa, aguardando a bem-aventurada esperança e o glorioso aparecimento do nosso grande Deus e Salvador Jesus Cristo, o qual se deu a si mesmo por nós, para nos remir de toda a iniquidade, e purificar para si um povo seu, zeloso de boas obras." [54]
Ellen White explicou o que devemos fazer na terra enquanto o grande dia da expiação no céu está em andamento:
"Estamos vivendo agora o grande dia da expiação. Quando, no serviço simbólico, o sumo sacerdote fazia propiciação por Israel, todos deviam afligir a alma arrependendo-se de seus pecados e humilhando-se perante o Senhor, se não quisessem ser separados do povo. Da mesma forma, todos os que desejam ter seu nome preservado no livro da vida devem agora, nos poucos dias que restam deste tempo de graça, afligir sua alma diante de Deus com verdadeiro arrependimento e tristeza por seus pecados. O coração deve ser examinado profunda e sinceramente. O espírito leviano e frívolo ao qual tantos cristãos professos se entregam deve ser abandonado. Uma luta árdua aguarda todos aqueles que desejam subjugar as inclinações malignas que tentam dominá-los. A obra de preparação é individual. Não somos salvos em grupos. A pureza e a devoção de um não compensarão a falta dessas qualidades em outro. Embora todas as nações devam ser julgadas por Deus, Ele examinará o caso de cada indivíduo de forma tão rígida e completa como se não houvesse nenhum outro ser na terra. Todo homem deve ser provado e achado sem mancha, nem ruga, nem coisa semelhante." [55]
A purificação do santuário
Em Atos 3:19-21, o apóstolo Pedro apresenta uma sequência clara de eventos que a igreja remanescente deve lembrar:
"Arrependei-vos, pois, [imperativo ativo] e convertei-vos [imperativo ativo], para que sejam apagados os vossos pecados [infinitivo passivo]; para que venham tempos de refrigério [subjuntivo ativo] da presença do Senhor, e ele envie [subjuntivo ativo] Jesus Cristo, que já dantes vos foi pregado; o qual convém que o céu receba até aos tempos da restauração de todas as coisas, de que Deus falou pela boca dos seus santos profetas, desde a antiguidade." [56]
Pelo menos quatro eventos sequenciais são mencionados nesses versos:
- Arrependimento e conversão
- O ato de apagar pecados
- Os tempos de refrigério
- A segunda vinda de Cristo
É importante lembrar que Atos 3:19-21 está repleto de terminologia relacionada ao santuário. Os judeus que estavam ouvindo Pedro relacionaram imediatamente o ato de apagar pecados com o dia da expiação descrito em Levítico 16. Todo judeu sabia que os pecados não eram apagados dos registros no serviço diário. Eles sabiam muito bem que os pecados eram transferidos do pecador para a vítima e, por meio do sangue da vítima, para o santuário. Sabiam muito bem que, no serviço diário, o pecado era perdoado ou remido, mas não apagado. Era no final do ano religioso, no dia da expiação, que os pecados eram apagados dos registros do santuário.
Alguns concluíram erroneamente que quando Atos 3:19 se refere ao ato de apagar os pecados, significa o mesmo que perdoá-los. O apóstolo Pedro, como bom judeu, sabia a diferença entre o perdão dos pecados e o ato de apagá-los. Em Atos 2:38, Pedro aconselhou os convertidos no dia de Pentecostes:
"Disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo." [57]
E, alguns dias depois, o apóstolo Pedro explicou a obra que Jesus foi realizar no Lugar Santo do santuário celestial:
"Deus o exaltou com a sua destra para Príncipe e Salvador, a fim de dar a Israel o arrependimento e o perdão [grego afesis] dos pecados."
Devemos enfatizar mais uma vez que essa terminologia está relacionada ao santuário. Desde o dia de Pentecostes, os pecados do povo de Deus têm sido transferidos para o santuário no culto diário e o pecador tem sido perdoado pelo sangue de Cristo. Mas no dia da expiação, no qual estamos vivendo hoje, os pecados perdoados que entraram no Santuário por meio do sangue de Cristo serão apagados dos registros celestiais.
Muita ênfase tem sido dada ao que Jesus está fazendo agora no santuário celestial em Sua função de apagar os registros de Seus santos que foram perdoados. Mas não foi dada ênfase suficiente ao que Seu povo na terra deve fazer enquanto Jesus apaga os pecados dos registros celestiais.
No Dia da Expiação, enquanto o sumo sacerdote apagava o registro dos pecados no santuário, o povo se reunia do lado de fora e afligia a alma, [58] jejuava [59] e descansava do trabalho rotineiro. [60]
Levítico 23 nos informa que qualquer pessoa que não afligisse sua alma seria eliminada ou destruída do meio da congregação (Levítico 23:28-30). Hoje estamos no grande dia antitípico da expiação. Não é um momento para comemorar, mas para afligir a alma e obter vitória sobre o pecado. Haverá muito tempo para comemorar no futuro, quando se cumprir a Festa dos Tabernáculos! [61]
O problema é que o cristianismo atual tem uma visão muito superficial da salvação. Essa visão é evidenciada pelo adesivo de para-choque que vi em um carro com os dizeres: "Não sou perfeito, apenas perdoado". Ou considere a placa que diz: "Se você ama Jesus, buzine". Outro, para não ficar atrás, diz: "Se você ama Jesus, dê o dízimo, porque qualquer um pode buzinar". Jesus exige muito mais do que esses ditados baratos. Ele disse: "Se vocês me amam, guardem os meus mandamentos" (João 14:15). O livro do Apocalipse, em palavras tão claras quanto o sol do meio-dia, diz que o verdadeiro povo de Deus guardará Seus mandamentos, e Satanás o odiará por isso (Apocalipse 12:17; 14:12; 22:14). O povo fiel de Deus do fim dos tempos terá entrado no Lugar Santíssimo com Jesus e suas vidas estarão em harmonia com a lei. Eles guardarão o sábado e rejeitarão a marca da besta, mesmo com o risco de suas próprias vidas. Em contraste, o mundo cristão, que rejeitou a lei, pisoteará o sábado, receberá a marca da besta e pronunciará um decreto de morte contra aqueles que são fieis a Deus.
Em seu excelente livro, Hidden Heresy, Thomas Mostert, [62] presidente de longa data da Pacific Union na Califórnia, mostrou que as grandes congregações protestantes e evangélicas atuais (de milhares e dezenas de milhares de membros) falam muito pouco sobre lei, arrependimento, confissão, santidade e vitória sobre o pecado em suas declarações de crenças fundamentais. Elas simplesmente dizem às pessoas: "Aceite a Cristo e você será salvo". Não é preciso dizer que elas não dizem absolutamente nada sobre o sábado, o estado dos mortos, a reforma de saúde, o juízo investigativo ou qualquer outra doutrina distintiva da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Em vez disso, eles criticam assiduamente a Igreja Adventista por ensinar essas doutrinas!
A mensagem ouvida nessas igrejas é que a lei foi pregada na cruz; que não estamos sob a lei, mas sob a graça; que não estamos sob a letra, mas sob o espírito; que somos salvos pela fé e não pelas obras (muito verdadeiro se entendido corretamente!); que guardar o sábado é legalismo; que o sábado era para os judeus; que o sábado fazia parte da antiga aliança; que ninguém pode vencer completamente o pecado antes da segunda vinda de Cristo; que, uma vez salvos, salvos para sempre; que Jesus guardou a lei por nós e, portanto, não somos obrigados a guardá-la. [63]
O fato é que a mensagem do primeiro anjo repreende todo conceito superficial de salvação. O evangelho eterno não apenas nos garante os benefícios objetivos da expiação, mas também nos ordena a temer a Deus, a dar-Lhe glória e a adorá-Lo como Criador. Também nos ordena a sair da Babilônia e a recusar a marca da besta!
Agora vamos nos voltar por um momento para Atos 3:19-21. Essa passagem explica, em poucas palavras, por que Jesus não voltou. Ele não está esperando que mais sinais sejam cumpridos antes de vir. O que Ele está esperando é que Seu povo demonstre verdadeira tristeza pelo pecado e esteja disposto a abandoná-lo. Ele está esperando que Sua igreja seja verdadeiramente convertida. Ele está esperando que Seu povo obtenha vitória total sobre o pecado para que seus pecados sejam apagados e eles possam receber a Chuva Serôdia. Então o Pai enviará Jesus para buscar Seu povo. Deus, por meio de Ellen White, assegurou-nos:
"A Chuva Serôdia será derramada sobre o povo de Deus. Um anjo poderoso descerá do céu e a Terra se encherá de Sua glória. Estamos prontos para participar da obra gloriosa do terceiro anjo? Nossos vasos estão prontos para receber o orvalho celestial? Acaso temos manchas e pecado em nosso coração? Se sim, vamos purificar o templo da alma e nos preparar para o aguaceiro da Chuva Serôdia. O refrigério nunca virá da presença do Senhor enquanto nosso coração estiver cheio de impurezas. Que Deus nos ajude a morrer para o eu, para que Cristo, a esperança da glória, possa habitar em nós." [64]
Em outro lugar, a serva do Senhor diz:
"Nenhum de nós jamais receberá o selo de Deus enquanto nosso caráter tiver uma mancha ou defeito. Cabe a nós mesmos remediar os defeitos de nosso caráter e purificar o templo da alma de toda impureza. Então, a Chuva Serôdia cairá sobre nós, assim como a Chuva Serôdia caiu sobre os apóstolos no dia de Pentecostes." [65]
Satanás tem a Igreja Adventista do Sétimo Dia em sua mira. Com todo o seu poder, ele está tentando fazer com que o remanescente dê as costas à mensagem do Lugar Santíssimo e volte a adorar no Lugar Santo com as igrejas caídas. A questão crucial é esta: Permitiremos que isso aconteça? Neste tempo de crise, ficaremos em silêncio com a maioria ou clamaremos em alta voz como fez o profeta Elias?
Como adventistas, conhecemos muito bem a história de Elias. Acreditamos que a crise histórica de Israel no Antigo Testamento se repetirá globalmente no tempo do fim. Os capítulos 16 a 18 de Primeiro Reis descrevem como o povo estava envolvido em uma apostasia sem precedentes. No Monte Carmelo ocorreu o confronto final entre o verdadeiro profeta de Deus e os falsos profetas de Jezabel. Com uma voz como a de uma trombeta, Elias clamou ao povo:
"Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor é Deus, segui-o; se é Baal, segui-o." [66]
Era de se esperar que as pessoas reagissem imediatamente com entusiasmo:
"Jeová é Deus e nós o seguiremos". Mas não foi assim. As pessoas mantiveram um silêncio sepulcral.
O triste relato nos diz:
"E o povo nada respondeu." [67]
Ao comentar a resposta criminosa do povo ao alto clamor de Elias, Ellen White declarou:
"Se há um pecado que Deus aborrece acima de todos os outros, dos quais Seu povo é culpado, é o de nada fazer no caso de uma emergência. A indiferença e neutralidade numa crise religiosa são consideradas por Deus como um crime grave e igual ao pior tipo de hostilidade contra Deus." [68]
Ficaremos calados nesse momento de crise que nossa amada igreja enfrenta ou ficaremos resolutamente ao lado do Senhor? A decisão é individual!
Ellen White explicou a razão da existência da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Se não cumprirmos nossa missão, o que será de nós?
"Em um sentido especial, os adventistas do sétimo dia foram colocados no mundo como sentinelas e portadores de luz. A eles foi confiada a tarefa de proclamar a última advertência a um mundo a perecer. Sobre eles, incide a maravilhosa luz da Palavra de Deus. Confiou-se-lhes uma obra da mais suprema importância, a de proclamar as mensagens do primeiro, segundo e terceiro anjos. Nenhuma outra obra há de tão grande importância. Não devem permitir que nada desvie sua atenção." [69]
Notas e referências
1. O alto clamor é descrito em Apocalipse 18:1-5. Essa mensagem é uma amplificação e intensificação das três mensagens angélicas de Apocalipse 14:6-12.
2. Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 453.
3. Ibid., p. 477.
4. Ibid., p. 477, 478.
5. Ibid., p. 478.
6. Ellen G. White, Primeiros Escritos, p. 249. Ver também p. 243.
7. Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 544.
8. Ibid., p. 536.
9. "Vi que Deus tem filhos que não reconhecem e não guardam o sábado. Eles não rejeitaram a luz a respeito dele. E quando o tempo de angústia [anterior] começou, fomos cheios do Espírito Santo, quando saímos para proclamar o sábado mais plenamente." (Primeiros Escritos, p. 33).
10. Apocalipse 18:1-5.
11. Ellen G. White, Primeiros Escritos, p. 277. Ellen White descreve vividamente a condição dessas igrejas: "Vi que, desde que Jesus deixou o Lugar Santo do santuário celestial e entrou por trás do segundo véu, as igrejas têm-se enchido de toda ave imunda e detestável. Vi grande iniquidade e vileza nas igrejas; no entanto, seus membros professam ser cristãos. Suas orações e exortações professas são uma abominação à vista de Deus.... Uma hoste inumerável de anjos maus está se espalhando pela Terra e enchendo as igrejas. Esses agentes de Satanás olham com prazer para os grupos religiosos, pois o manto da religião cobre os maiores crimes e iniquidades. (Primeiros Escritos, p. 274). Porventura esse parece ser o lugar onde a Igreja Adventista do Sétimo Dia deveria adquirir seus métodos de adoração e ferramentas evangelísticas?
12. Ellen G. White, Primeiros Escritos, p. 277, 278,
13. Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 661, 662.
14. Deve-se lembrar que os rostos daqueles que proclamaram o clamor da meia-noite também resplandeciam com santa consagração.
15. Essa é uma referência ao poder do Espírito Santo sendo derramado na chuva serôdia.
16. Essa hora de tentação é a mesma mencionada em relação à mensagem para a igreja em Filadélfia.
17. Ellen G. White, Primeiros Escritos, p. 278, 279.
18. Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 517.
19. Ibid.
20. Ibid., p. 665.
21. Apocalipse 13:10; 14:12.
22. Ellen G. White, Eventos Finais, p. 184.
23. Ellen G. White, Maranata, p. 198.
24. Estes são os que deixarão o Lugar Santíssimo e voltarão a adorar no Lugar Santo com a Babilônia ou a sinagoga de Satanás.
25. Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 666.
26. Ellen G. White, Primeiros Escritos, p. 261.
27. Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 678.
28. Estude o último capítulo do livro Palavras de Vida do Grande Mestre.
29. Amós 8:11, 12.
30. Ellen G. White, Primeiros Escritos, p. 261.
31. Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 516.
32. Sugere-se que cada pessoa leia este capítulo com atenção – é uma questão de vida ou morte!
33. Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 517, 518.
34. Ver Apocalipse 14:13; Daniel 12:2, 12.
35. Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 695.
36. Ellen G. White, Primeiros Escritos, p. 124. Note que Ellen White define a sinagoga de Satanás como os falsos pastores e sacerdotes mercenários. Estes, juntamente com seus paroquianos, se curvarão aos pés dos santos e serão constrangidos a confessar que Deus realmente amou Seu povo.
37. Ibid., p. 15.
38. Embora este verso se aplique à igreja de Laodiceia como uma entidade corpórea, aplica-se mais especificamente aos indivíduos que a compõem. Isso é demonstrado pelo uso dos pronomes pessoais singulares, "a quem" e "aquele".
39. Ellen G. White, Testemunhos Seletos, volume 1, p. 43.
40. Ellen G. White, Conselhos sobre Mordomia, p. 251.
41. Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 478.
42. Ibid.
43. Apocalipse 6:17. A resposta a essa pergunta encontra-se no capítulo 7: Os 144.000 permanecerão em pé no grande dia da ira de Deus e do Cordeiro. Apocalipse 14:1-5 descreve o caráter resplandecente desse grupo.
44. Joel 2:1-10 descreve com um simbolismo vívido a segunda vinda de Jesus. O exército de Deus vem como um fogo ardente que consome a terra e a transforma em um deserto árido e inóspito (verso 3). O exército tem a aparência de cavalos e carros (versos 4, 5) e marcha em perfeita ordem, e nenhum soldado é vítima das armas do inimigo (versos 6-8). As tropas entram pelas janelas das casas como ladrões (verso 9). A cena culmina com fenômenos cataclísmicos no céu e na terra: "Diante dele a terra tremerá, os céus se abalarão; o sol e a lua se escurecerão, e as estrelas retirarão o seu resplendor. E o SENHOR dará a sua ordem diante do seu exército, porque o seu arraial é mui grande; forte é aquele que executa a sua ordem." (versos 10 e 11) E então se ouve a pergunta: "Porque o dia do SENHOR é grande e mui terrível; quem o poderá suportar?" (verso 11) Imediatamente após fazer essa pergunta, o profeta descreve a preparação necessária para suportar esse dia. Essa preparação é descrita com a terminologia do grande dia da expiação. O toque da trombeta, a reunião do povo, o jejum e a aflição da alma com choro e lamento nos lembram o que acontecia no dia da expiação (Joel 2:11-17; Levítico 23:26-32; Isaías 58).
45. Isaías 33:14.
46. Após a pergunta, o Salmo 15 descreve o caráter daqueles que habitarão em Seu tabernáculo e no santo Monte Sião: "O que anda em retidão, e pratica justiça, e fala a verdade no seu coração. Aquele que não calunia com a sua língua, nem injuria o seu próximo, nem admite injúria contra o seu próximo. Aquele a cujos olhos o vil é desprezado, mas que honra os que temem ao SENHOR. Aquele que, embora jure para seu próprio mal, não muda; que não dá o seu dinheiro à usura, nem aceita suborno contra o inocente". Em seguida, ele diz: "Aquele que faz essas coisas nunca será abalado". O livro do Apocalipse nos assegura que são os 144.000 que habitarão no Monte Sião e permanecerão inabaláveis (Apocalipse 14:1; 6:17).
47. Salmo 24:1. Uma resposta imediata é dada à pergunta: "Aquele que tem as mãos limpas e é puro de coração; que não inclina a sua alma para coisas vãs, nem jura enganosamente."
48. Hebreus 2:2, 3 indica que Deus espera mais de nós porque temos mais luz do que eles.
49. Mateus 5:8.
50. Hebreus 12:14.
51. Hebreus 12:28, 29.
52. 1 João 3:3.
53. Efésios 5:25-27.
54. Tito 2:11-14.
55. Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 544.
56. Atos 3:19-21.
57. No grego, há uma clara distinção entre a palavra aphesis, que significa "perdoar" ou "remir", e a palavra jexaleipo, que significa "apagar ou abolir". (Ver Colossenses 2:14; Apocalipse 3:5; 21:4, onde a mesma palavra é usada). Nos serviços do santuário hebraico, havia também uma clara distinção entre o perdão do pecado no serviço diário e a purificação do pecado no Dia da Expiação (ver Levítico 4:20, 26, 31, 35; 5:10, 13, 16, 18; Levítico 16:30).
58. Levítico 16:29, 30; 23:27.
59. Isaías 58; Joel 2:11.
60. Levítico 16:29, 30; 23:28 e Joel 2:11-17 apresentam uma descrição vívida de qual deveria ser a atitude do povo nesse dia.
61. Apocalipse 7:9, 10 descreve essa alegre celebração quando os redimidos chegarem ao céu: "Depois disso, olhei, e eis uma grande multidão que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, em pé diante do trono e diante do Cordeiro, trajando vestes brancas, com ramos de palmeiras nas mãos, e clamando em alta voz, dizendo: 'A salvação pertence ao nosso Deus, que se assenta no trono, e ao Cordeiro'."
62. A Pacific Union tem o maior número de membros da Divisão Norte-Americana. O título de seu livro traduzido para o inglês seria Heresia Oculta.
63. De forma contraditória e incompreensível, muitas dessas mesmas igrejas lamentam a degeneração moral que existe na sociedade americana e apelam ao governo civil por uma legislação que imponha a observância dos Dez Mandamentos. Alguns líderes dessas igrejas também expressaram o desejo de que o governo garanta o domingo como um dia de descanso para a sociedade, para que as pessoas possam ir à igreja e se reconectar com suas raízes espirituais.
64. Ellen G. White, E Recebereis Poder, p. 295.
65. Ellen G. White, Christian Experience and Teaching of Mrs. Ellen G. White, p. 189.
66. 1 Reis 18:21.
67. Ibid.
68. Ellen G. White, Testemunhos para a Igreja, volume 3, p. 280.
69. Ellen G, White, Eventos Finais, p. 46, 47.
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