"A Santa Sé lamenta certas cenas durante a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris", diz a curta nota do Vaticano, "e só pode se juntar às vozes que se ergueram nos últimos dias para deplorar a ofensa causada a muitos cristãos e crentes de outras religiões".
O Vaticano não explicou por que estava emitindo sua declaração mais de uma semana depois da cerimônia de abertura e não fez nenhuma referência às cenas controversas.
A nota prossegue dizendo que "em um evento de prestígio onde o mundo todo se reúne para compartilhar valores comuns, não deveria haver alusões ridicularizando as convicções religiosas de tantas pessoas".
"A liberdade de expressão, que obviamente não é questionada, encontra seu limite no respeito pelos outros", conclui a declaração.
Em 1º de agosto, o Papa Francisco conversou por telefone com o presidente turco Tayyip Erdogan.
Erdogan, que é muçulmano, disse que informou ao papa que a cerimônia apresentava "exibições imorais", descrevendo-as como ofensivas aos valores religiosos e que deveriam fazer soar um "alarme contra a decadência moral para a qual o mundo está caminhando".
O Vaticano não comentou publicamente as observações de Erdogan, e só emitiu uma nota oficial após cerca de duas dúzias de bispos católicos de várias partes do mundo terem solicitado ao comitê organizador das Olimpíadas um pedido formal de desculpas.
Para uma instituição que elogia a China como um país exemplar na prática da doutrina social católica e, ao mesmo tempo, não diz uma única palavra sobre os crimes atrozes praticados pelo regime, a atitude do Vaticano face aos despropósitos em Paris não deveria surpreender ninguém e, na verdade, deve servir de advertência para os que ainda acreditam que Roma mudou.
Com informações do Epoch Times.
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