Eles estão entre nós


The Vast of Night
(no Brasil, A Vastidão da Noite) é, à primeira vista, uma daquelas raríssimas produções distribuídas pela Amazon Studios sem o habitual viés desconstrucionista da moral e dos bons costumes.

Mas não se engane. O filme representa mais do que uma mera homenagem às produções do gênero sci-fi.

A trama se passa nos anos 1950, em uma cidadezinha do Novo México, e seus protagonistas são dois adolescentes que captam um estranho sinal de rádio, o qual, à medida que investigam, parece revelar-se um contato extraterrestre.

A investigação culmina com o testemunho de uma personagem idosa chamada Mabel, que afirma à dupla de adolescentes que o sinal e os fenômenos vistos no céu da cidade são causados por espaçonaves alienígenas, cujos tripulantes usam suas mensagens indecifráveis para hipnotizar e abduzir humanos.

A certa altura, a senhora idosa faz uma observação perturbadora, mas nada surpreendente a respeito desses seres:

Penso, para dizer o mínimo, que eles mandam pessoas em missões. Eles brincam com as mentes das pessoas. Eles convencem as pessoas a fazerem coisas e pensar de certa maneira, para ficarmos em conflito, focados em nós mesmos. Para que nós sempre... limpemos a casa, percamos peso ou nos arrumemos para outra pessoa. Acho que eles entram em nossas mentes e nos forçam a fazer coisas destrutivas como beber ou comer demais [...] Acredito, com certeza, que eles fazem coisas que provocam a guerra entre as nações. Coisas que não têm sentido. E penso que ninguém sabe que está sendo afetado. Nós usamos outras razões para justificar nossas ações. Mas o livre-arbítrio é impossível com eles lá em cima.

O leitor perspicaz já deve ter notado para onde a coisa toda caminha.

Em A Vitória da Igreja na Crise Final, Fernando Chaij, escrevendo sobre o clímax dos enganos satânicos descrito em Apocalipse 13:13, observa que "ainda não temos visto alguns dos grandes milagres nem esse fogo que desce do céu à Terra, a menos que isto se possa referir em parte aos modernos discos voadores e objetos voadores não identificados".

Chaij assinala que "astrônomos, pilotos, militares, astronautas e pessoas altamente educadas têm visto isto em tal grau que não se desestimam hoje essas novidades como fruto de alguma alucinação ou errônea interpretação de fenômenos perfeitamente normais".

Ele então acrescenta a seguinte explicação:

Isto poderia ser uma parte da estratégia de Satanás para os últimos dias, o qual se propõe ganhar pouco a pouco a confiança da humanidade e condicionar o mundo para a tentativa do grande engano, o engano máximo, que será a imitação da volta de Jesus. É-nos dito que, "como o ato final do grande drama do engano, o próprio Satanás se apresentará como Cristo" em Sua segunda vinda. – E. G. White (SDABC, vol. 5, p. 1106.)

Sim, em cumprimento da profecia bíblica, "terríveis cenas de caráter sobrenatural logo se manifestarão nos céus, como indício do poder dos demônios, operadores de prodígios". – O Grande Conflito, p. 622.

As observações de Fernando Chaij fazem todo o sentido.

A Bíblia não apenas sugere que há outros seres criados por Deus além dos humanos (Jó 1:6), e que eles certamente não têm nenhum motivo razoável para visitar este planeta (Isaías 24:1-6; Oseias 4:1-3; Romanos 3:10-18; I João 5:19), mas também diz que, com exceção dos anjos de Deus (Hebreus 1:13-14), os únicos extraterrestres na Terra são Satanás e seus anjos (Apocalipse 12:7-9).

São eles que, ao contrário do Espírito Santo, "convencem as pessoas a fazerem coisas e pensar de certa maneira, para ficarmos em conflito, focados em nós mesmos". São eles que procuram entrar "em nossas mentes e nos forçam a fazer coisas destrutivas como beber ou comer demais". E são eles que, em última análise, "provocam a guerra entre as nações".

Não preciso dizer-lhe que a ufologia moderna – um neologismo derivado da sigla UFO (Unidentified Flying Object, em português, OVNI – Objetos Voadores Não Identificados) – está a um passo do ocultismo moderno, e que ambos nasceram nos Estados Unidos.

E como não poderia deixar de ser em um ano como 2020, o New York Post noticiou recentemente que os avistamentos de óvnis na cidade de Nova York aumentaram 31% em relação ao ano passado – 46 em comparação com 35 – e surpreendentes 283% em relação a 2018, que teve apenas uma dúzia de avistamentos catalogados, segundo o National UFO Reporting Center.

Em abril deste ano, o Pentágono reconheceu oficialmente três vídeos curtos, que mostram "fenômenos aéreos não identificados".

A propósito desses objetos, Luis Elizondo, ex-chefe do programa de assuntos classificados do Pentágono, disse à CNN em 2017 que essas "aeronaves" exibem "características que não estão atualmente no inventário dos EUA nem em qualquer inventário estrangeiro que tenhamos conhecimento".

No início deste mês, Haim Eshed, ex-chefe da segurança espacial israelense, não só afirmou que os óvnis de origem extraterrestre existem, como também disse que "há um acordo entre o governo dos EUA e os alienígenas".

"Se eu tivesse dito cinco anos atrás o que estou dizendo hoje, teria sido hospitalizado", disse Eshed a um jornal israelense. "Hoje a conversa mudou. Não tenho nada a perder. Recebi meus diplomas e prêmios, sou respeitado nas universidades no exterior".

Previsivelmente, os comentários do general da reserva israelense causaram bastante controvérsia.

Mas, afora os casos comprovadamente verificados como meros fenômenos naturais ou de origem humana, o fato é que estes objetos incomuns têm sido avistados e podem muito bem ser parte das "terríveis cenas de caráter sobrenatural" que "logo se manifestarão nos céus, como indício do poder dos demônios, operadores de prodígios".

Seja como for, nossa única salvaguarda contra o poder sedutor do engano é a Palavra de Deus, o aferidor infalível de toda doutrina, atividade ou fenômeno, a fim de estabelecer com absoluta precisão sua origem (Isaías 8:20; I João 4:1-3).

Nada, a não ser uma experiência pessoal com a Palavra de Deus, poderá nos proteger dos poderosos enganos que dominam o mundo e que aumentarão, à medida que nos aproximamos da volta de Jesus.


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