Hillary: "Lutar pelo que é certo vale a pena"



Antes de retomar o tema de nossa última postagem, quero partilhar com os caros leitores um pensamento que me chamou a atenção no recente discurso de Obama sobre o resultado das eleições deste ano nos EUA.

Dirigindo-se aos jovens que ingressaram na política pela primeira vez, o atual Presidente mencionou a seguinte frase de Hillary Clinton, proferida durante seu discurso de concessão de derrota: "Lutar pelo que é certo vale a pena".

Devo dizer que concordo plenamente com a ideia, mas não com os motivos da candidata democrata.

Afinal, o que Hillary Clinton considera certo? Quem, aliás, estabelece os critérios para decidir o que é certo e o que é errado, e sobre quais fundamentos essa decisão é feita?

O Dr. Andrew Lobaczewski, em seu livro Ponerologia: Psicopatas no Poder (São Paulo: Vide Editorial, 2014), observa que a visão de mundo - cotidiana, habitual, psicológica, social e moral - é um produto do processo de desenvolvimento do homem dentro da sociedade, sob a influência constante de traços inatos. Essa é a razão por que a visão de mundo natural dos seres humanos não pode nem ser suficientemente universal, nem completamente verdadeira.

Uma vez que estamos sujeitos a uma visão de mundo natural que pode não refletir a realidade com suficiente confiabilidade, ainda que refinada pela melhor educação, é preciso recorrer a uma fonte exterior e, ao mesmo tempo, superior a nós, de maneira que possamos determinar em termos absolutos o certo e o errado. O cristão crê que esta fonte autorizada e infalível é a Palavra de Deus (II Timóteo 3:16-17; Hebreus 4:12).

É sobre essa fonte abalizada que o senso moral - a intuição que o homem possui quanto aos princípios morais e éticos mais elementares (Romanos 2:14-15) - encontra seu mais firme alicerce. Trata-se, pois, de uma autoridade segura para determinar o que é certo e verdadeiro, porquanto seu Autor, que transcende a tudo e a todos, é, Ele mesmo, a verdade (João 14:6).

Ora, a lei de Deus, expressão perfeita de Seu caráter (Salmo 119:142 e 151), estabelece em linhas claras e objetivas o padrão de conduta moralmente adequado, prevenindo contra uma revolução sem lei que destrua o tecido social e ameace os próprios fundamentos da vida.

Assim, os quatro primeiros mandamentos do Decálogo nos ordenam a colocar Deus em primeiro lugar, evitar a falsa adoração, não tomar o nome do Senhor em vão e manter santo o sábado do sétimo dia (Êxodo 20:3-11).

Os seis últimos mandamentos exigem honrar os pais, não matar (o que certamente inclui a política do aborto indiscriminado), manter a fidelidade no casamento, abster-se de toda imoralidade sexual (incluindo todas as práticas contrárias ao plano original de Deus para o casamento, como as defendidas pela militância LGBT), não roubar, não mentir e não cobiçar (Êxodo 20:12-17).

Nosso Senhor Jesus Cristo resumiu todos esses preceitos em dois grandes mandamentos: Amar a Deus sobre todas as coisas e ao nosso próximo como a nós mesmos (Mateus 22:36-40).

Não estou sugerindo que o governo deva obrigar seus cidadãos a honrar os Dez Mandamentos, mas que as decisões políticas não sejam, por outro lado, elaboradas de modo a desafiar a própria estrutura da realidade e da intuição humana no que diz respeito à moralidade. Trazer o pensamento politicamente correto para a arena política é tão grave quanto transformar crenças religiosas em políticas públicas.

Os princípios morais são um legado do Céu para benefício da humanidade. Medidas que anulam ou modificam a lei de Deus conduzem o mundo à ilegalidade e à rejeição de toda a restrição moral. A consequência é que as pessoas não sentem mais o devido apreço para com as leis nem inclinação para obedecê-las.

Vale à pena lutar pelo que é certo? Sem a menor sombra de dúvida, desde que o certo não represente interesses enviesados que, sob o manto dos melhores ideais, advogam justiça e liberdade somente para alguns, e não necessariamente para todos.

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