Interpretar a expressão "número de um homem" (verso 18) sem levar isso em consideração é ignorar o verdadeiro sentido do texto e de toda a mensagem profética relacionada a ele.
A frase "número do seu nome" (verso 17) indica claramente que o número místico "seiscentos e sessenta e seis" está intimamente ligado ao nome do poder mediante o qual a marca da besta é imposta, ou seja, "Babilônia, a grande" (Apocalipse 17:5), título que simboliza uma organização humana.
São precisamente essas características que esperamos encontrar no poder representado pelo número 666. Nosso desafio será calcular esse número em conexão com o poder ao qual está intimamente relacionado. Para isso, vamos usar apenas a Bíblia e o testemunho da própria história à luz da palavra profética.
1. William Milligan. The Expositor's Bible, Vol. 6, p. 890. Citado em Roy A. Anderson, Revelações do Apocalipse. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1988, p. 152.
2. Roy A. Anderson. Revelações do Apocalipse, p. 152.
A frase "número do seu nome" (verso 17) indica claramente que o número místico "seiscentos e sessenta e seis" está intimamente ligado ao nome do poder mediante o qual a marca da besta é imposta, ou seja, "Babilônia, a grande" (Apocalipse 17:5), título que simboliza uma organização humana.
Observemos que esse poder e sua marca - a marca da besta - já foram plenamente identificados em postagens anteriores, o que torna injustificável qualquer especulação descabida a respeito do significado de seu número. Este apenas é uma evidência adicional que confirma aquela identificação.
Para bem compreender o significado do número seiscentos e sessenta e seis é preciso entender, antes de tudo, como a Bíblia trabalha com a raiz desse número no contexto do grande conflito entre a luz e as trevas.
O livro do Apocalipse tem a singularidade de apropriar-se de expressões típicas do Antigo Testamento e conferir-lhes um significado escatológico: Cordeiro, Monte Sião, Santuário, Babilônia, etc. O mesmo se aplica aos números: 144.000, 1.600 e 666.
A raiz bíblica do número da besta é "6". Não é por mera casualidade que "Babilônia" seja mencionada seis vezes no Apocalipse. Os judeus acreditavam que havia uma maldição relacionada ao número 6, mesmo quando aparecia sozinho. Multiplique-o por três, e "temos representado um poder maligno que não pode ser superado, um destino trágico que não pode ser pior". [1]
Para o judeu, 6 era o número da intranquilidade, ou número de homem, que foi criado no sexto dia. Em contraste, 7 era o número da perfeição, e 8, o número da vitória. Se um número era repetido três vezes ele indicava eternidade da coisa simbolizada; por exemplo, o número 666 significa eterna inquietude, ausência de repouso; 777, eterna perfeição; 888, eterna vitória. [2]
No Antigo Testamento, o número 6 aparece em determinados contextos (seis ao todo!) que nos permitem identificar com clareza a natureza ou caráter do poder representado por esse número. Observe atentamente:
1. Isaías 14:13-14. No desafio de Lúcifer a Deus, o pronome pessoal "eu" e o possessivo "meu" são usados seis vezes:
2. Gênesis 11:3-4. Na história da construção da torre de Babel, o pronome "nós", expresso ou elíptico, ocorre exatamente seis vezes:
3. Daniel 3:1. A imagem de ouro que Nabucodonosor mandou erguer na planície de Dura, cujas medidas tinham como base o número 6:
4. Daniel 3:5. São mencionados seis instrumentos da orquestra de Nabucodonosor, ao som dos quais todos deveriam curvar-se perante a imagem do rei:
5. Daniel 4:10, 11, 14, 20, 23, 26. A "arvore" que simbolizava o poder babilônico é mencionada seis vezes.
6. Daniel 5:4. Os seis tipos de deuses aos quais Belsazar louvava na ocasião em que recebeu o veredito divino:
O conjunto dessas seis ocorrências relacionadas ao número 6 no Antigo Testamento é altamente instrutivo, pois revela o caráter ou espírito por trás do número, podendo ser classificado como segue:
Para bem compreender o significado do número seiscentos e sessenta e seis é preciso entender, antes de tudo, como a Bíblia trabalha com a raiz desse número no contexto do grande conflito entre a luz e as trevas.
A raiz bíblica do número 666
O livro do Apocalipse tem a singularidade de apropriar-se de expressões típicas do Antigo Testamento e conferir-lhes um significado escatológico: Cordeiro, Monte Sião, Santuário, Babilônia, etc. O mesmo se aplica aos números: 144.000, 1.600 e 666.
A raiz bíblica do número da besta é "6". Não é por mera casualidade que "Babilônia" seja mencionada seis vezes no Apocalipse. Os judeus acreditavam que havia uma maldição relacionada ao número 6, mesmo quando aparecia sozinho. Multiplique-o por três, e "temos representado um poder maligno que não pode ser superado, um destino trágico que não pode ser pior". [1]
Para o judeu, 6 era o número da intranquilidade, ou número de homem, que foi criado no sexto dia. Em contraste, 7 era o número da perfeição, e 8, o número da vitória. Se um número era repetido três vezes ele indicava eternidade da coisa simbolizada; por exemplo, o número 666 significa eterna inquietude, ausência de repouso; 777, eterna perfeição; 888, eterna vitória. [2]
No Antigo Testamento, o número 6 aparece em determinados contextos (seis ao todo!) que nos permitem identificar com clareza a natureza ou caráter do poder representado por esse número. Observe atentamente:
1. Isaías 14:13-14. No desafio de Lúcifer a Deus, o pronome pessoal "eu" e o possessivo "meu" são usados seis vezes:
Tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu; acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono e no monte da congregação me assentarei, nas extremidades do Norte; subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo.
2. Gênesis 11:3-4. Na história da construção da torre de Babel, o pronome "nós", expresso ou elíptico, ocorre exatamente seis vezes:
E disseram um aos outros: Vinde, façamos tijolos e queimemo-los bem. Os tijolos serviram-lhes de pedra, e o betume, de argamassa. Disseram: Vinde, edifiquemos para nós uma cidade e uma torre cujo topo chegue até aos céus e tornemos célebre o nosso nome, para que não sejamos espalhados por toda a terra.
3. Daniel 3:1. A imagem de ouro que Nabucodonosor mandou erguer na planície de Dura, cujas medidas tinham como base o número 6:
O rei Nabucodonosor fez uma imagem de ouro que tinha sessenta côvados de altura e seis de largura; levantou-a no campo de Dura, na província da Babilônia.
4. Daniel 3:5. São mencionados seis instrumentos da orquestra de Nabucodonosor, ao som dos quais todos deveriam curvar-se perante a imagem do rei:
No momento em que ouvirdes o som da trombeta, do pífaro, da harpa, da cítara, do saltério, da gaita de foles e de toda sorte de música, vos prostrareis e adorareis a imagem de ouro que o rei Nabucodonosor levantou.
5. Daniel 4:10, 11, 14, 20, 23, 26. A "arvore" que simbolizava o poder babilônico é mencionada seis vezes.
6. Daniel 5:4. Os seis tipos de deuses aos quais Belsazar louvava na ocasião em que recebeu o veredito divino:
Beberam o vinho e deram louvores aos deuses de ouro, de prata, de bronze, de ferro, de madeira e de pedra.
O conjunto dessas seis ocorrências relacionadas ao número 6 no Antigo Testamento é altamente instrutivo, pois revela o caráter ou espírito por trás do número, podendo ser classificado como segue:
- O desafio de Lúcifer a Deus: exaltação própria e rebelião.
- A construção da torre de Babel: incredulidade e desobediência.
- A imagem de Nabucodonosor, a função da orquestra real, e a devoção de Belsazar aos seus diferentes deuses: falsa adoração.
- O poder babilônico simbolizado pela "árvore": orgulho e autossuficiência.
São precisamente essas características que esperamos encontrar no poder representado pelo número 666. Nosso desafio será calcular esse número em conexão com o poder ao qual está intimamente relacionado. Para isso, vamos usar apenas a Bíblia e o testemunho da própria história à luz da palavra profética.
Notas e referências
1. William Milligan. The Expositor's Bible, Vol. 6, p. 890. Citado em Roy A. Anderson, Revelações do Apocalipse. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1988, p. 152.
2. Roy A. Anderson. Revelações do Apocalipse, p. 152.
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