Nosso Sumo Sacerdote - 12. A Igreja Remanescente de Deus


Por Edward Heppenstall

A hora do juízo divino trará à luz os que constituem a verdadeira igreja. A igreja é chamada "o corpo de Cristo". "Ora, vós sois corpo de Cristo e individualmente membros" (I Coríntios 12:27). O corpo inclui todos os verdadeiros cristãos, vivos e mortos. Eles fazem parte de Cristo, o Cabeça.

Respondendo Simão Pedro, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. Então, Jesus lhe afirmou: Bem-aventurado és, Simão Barjonas, porque não foi a carne e sangue que to revelaram, mas meu Pai, que está nos céus. Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. (Mateus 16:16-18).

Cristo declara ter uma igreja neste mundo, e, contra a igreja de Deus, "as portas do inferno não prevalecerão". Aqui está a promessa divina de que Sua igreja prevalecerá contra toda oposição. Não seria difícil levar alguém a unir-se a uma tal igreja.

Porém qual é a igreja verdadeira? Que igreja Jesus reconheceria hoje como a igreja vitoriosa contra os poderes das trevas? Pertencem todas as igrejas e denominações à única igreja verdadeira? Todas as igrejas pretendem possuir a verdade que aponta o caminho ao reino de Deus e à vida eterna. Porém é realmente assim com todas as igrejas hoje?

Há, no mundo, uma grande tendência de desprezar a religião. É possível haver uma falsificação. A espécie de igreja que alguém escolhe é de grande importância. Há a possibilidade de uma igreja aliar-se às forças oponentes à verdade de Deus enquanto professa ensiná-la e proclamá-la. Quando isso acontece os homens realmente adoram e servem a doutrinas humanas e a invenções do pensamento e opiniões dos homens. Uma vez que a salvação do homem está em jogo, ele deve ter certeza do caminho a seguir. Permitir-se alguém ser enganado em tal assunto é loucura da pior espécie.

Ninguém nega que Deus tenha Seus filhos em cada corporação cristã. Jesus disse:

Ainda tenho outras ovelhas, não deste aprisco; a mim me convém conduzi-las; elas ouvirão a minha voz; então haverá um rebanho e um pastor. (João 10:16).

Se assim for, pode haver tanta importância na resposta à pergunta: Qual é a igreja verdadeira? Porém é exatamente o ponto. É isto que muitos encontram dificuldade em compreender e aceitar. Eles partem da concepção errada do que é realmente um cristão, o que significa ser um verdadeiro discípulo de Cristo. A igreja verdadeira deve esclarecer perfeitamente o que significa ser um leal discípulo de Cristo. Isto não é o mesmo que repetir o Credo Apostólico. A igreja verdadeira começa com Cristo. "Sobre esta rocha edificarei a minha igreja". Esse é o ponto inicial para o crente. Jesus não está pedindo contribuição financeira para os empreendimentos religiosos ou solicitando uma vida moral respeitável. O assunto é de um total envolvimento com Jesus Cristo e para com a verdade revelada por Deus. Cada igreja deve ser testada em função disto.

É essa igreja revelada nas Sagradas Escrituras? Conduz esta igreja os seus adeptos à verdade que está em Cristo e na Bíblia? Cristo prometeu manter sua igreja unida na verdade por meio da obra do Espírito Santo.

Tenho ainda muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora; quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará as coisas que hão de vir. Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu e vo-lo há de anunciar. (João 16:12-14).

É o propósito de Deus anunciar ao mundo, através de Sua igreja, a revelação de Si mesmo, Seu caráter, Sua verdade, amor e graça. A igreja não pode ser verdadeiramente igreja a menos que ela cumpra tal propósito. Falar de sucessão apostólica é aceitável desde que essa sucessão signifique lealdade a toda a verdade da Palavra de Deus. Sem isso não temos mais do que uma auto pretensão ao privilégio e à autoridade eclesiástica.

A igreja precisa orar "seja feita a tua vontade assim na terra como no céu"; e, então, tornar possível o cumprimento dessa oração, pesquisando as Escrituras para descobrir a vontade de Deus quanto à doutrina, à fé, à moralidade e ao viver cristão. A diferença entre o verdadeiro e o falso situa-se justamente aí. Uma bússola naturalmente apontará sempre o polo magnético, a menos que ela tenha sido alterada. A verdadeira igreja de Deus, da mesma forma, apontará para o polo magnético da verdade encontrada na Bíblia. Quando uma igreja falha nisso, ela nega a fé que uma vez foi dada aos santos. No decorrer de sua história, a igreja tem sido continuamente atacada nesse particular. Satanás tem sido bem-sucedido, vez após vez, em levar a igreja a afastar-se da verdade bíblica.

A questão de uma importância é: Em que igreja se pode realmente confiar? A resposta é inequívoca e clara: a igreja que confessa a verdade de Cristo e da viva Palavra de Deus. A verdadeira igreja está onde a verdade vital de Deus possa ser encontrada. O assunto principal hoje é: Posso eu confiar em minha igreja como um guia seguro em matéria de fé e doutrina? É minha igreja fiel à Palavra de Deus em todos os aspectos?

Vez após vez a Palavra de Deus tem sido alterada. Os homens têm levantado sua própria tradição contra a verdade de Deus. Jesus reconheceu esse afastamento da verdade de Deus e advertiu contra isso:

E em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homens. Negligenciando o mandamento de Deus, guardais a tradição dos homens... Jeitosamente rejeitais o preceito de Deus para guardardes a vossa própria tradição. (Marcos 7:7-9).

Por isso, todas as igrejas, independentemente de tamanho ou situação, precisam aferir-se continuamente pela norma da verdade dada ao homem, as Sagradas Escrituras. Não pode haver restrições aqui se é para a igreja permanecer fiel a seu Senhor. Quando dizemos que Cristo instituiu a igreja cristã, não queremos dizer que Ele tenha criado uma organização e então a tenha deixado para ser controlada por pastores, bispos e arcebispos. Cristo é sempre o Senhor da igreja. Deus dirige a igreja em verdade e em amor. Onde Cristo é o Senhor e onde o Espírito dirige, a igreja é levada à verdade. Cristo nunca negaria as Escrituras. Ele mesmo declarou: "As Escrituras não podem falhar" (João 10:35). Cristo deixa claro que aceitar e obedecer Sua Palavra revelada é uma prova de discipulado.

Disse, pois, Jesus aos judeus que haviam crido nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos; e conhecereis a verdade e a verdade vos libertará. (João 8:31 e 32).

Sobre essa base os homens encontrar-se-ão a favor ou contra Deus. O perigo que a igreja enfrenta é a possibilidade de afastamento das Escrituras e a consequente decepção de seus próprios seguidores. Assim os homens podem ser conduzidos no erro enquanto afirmam crer na verdade. Por esta razão, nenhuma igreja por sua própria autoridade pode afirmar que um homem esteja "na verdade" ou esteja "salvo". Somente Deus pode fazer isto. Somente a Palavra de Deus pode revelar a verdade e distingui-la do erro.

Cada professo cristão é pessoalmente responsável por fazer a si mesmo as importantes perguntas: Quero realmente conhecer a verdade? Pretendo eu seriamente obedecer à verdade revelada na Palavra de Deus? Mediante as Escrituras Sagradas Deus forneceu todo o necessário para conduzir pecadores à luz. A palavra da verdade é a luz que brilha nas trevas deste mundo. Esta palavra está à disposição de todos os que a leem e a estudam. Isto é responsabilidade de cada homem, não importa a igreja a que pertença. Cada ministro, igualmente, de cada congregação está sob ordens sagradas de aprender a verdade e guiar seus ouvintes no caminho da verdade. É quando os homens são assim confrontados que eles dizem o seu "sim" ou "não" a Deus.

Uma igreja pode afastar-se tanto da verdade que sua própria mensagem seja trevas; seu próprio ritual, proclamações formais e culto sejam somente uma aparência e uma imitação que escondem seu afastamento da fé.

Muitos membros da igreja hoje têm chegado a crer em sua igreja particular sem conhecer ou examinar a verdade sobre a posição da igreja; ou se eles mesmos estão realmente vivendo em obediência à vontade revelada de Deus. O afastamento da Palavra por qualquer igreja é tão sério como um afastamento das normas em questões morais em nosso mundo hoje.

Ser dotado de plena luz da verdade encontrada em Cristo e em sua Palavra é ser realmente crente. Nenhum cristão pode permitir-se confrontar a Palavra de Deus e então recusar ver e ouvir porque a Palavra atinge sua vontade egoísta ou porque ele odeia discordar com a igreja da qual é membro. Tornar-se discípulo de Cristo não traz popularidade. Só o remanescente tem permanecido em Cristo. A maioria tem seguido o caminho largo que conduz à destruição. Ninguém pode acalmar sua consciência por unir-se a alguma igreja simplesmente para evitar escolher a verdade por si mesmo diante de Deus.

A verdadeira igreja dirigirá continuamente seus seguidores na luz de Deus, a qual "brilha mais e mais, até ser dia perfeito" (Provérbios 4:18). Desse modo, a igreja está continuamente vencendo sobre as forças do erro e das trevas.

Algumas das mais vitais e encorajadoras palavras da Bíblia são encontradas nas referências de Deus à sua igreja remanescente:

Irou-se o dragão contra a mulher e foi pelejar com os restantes da sua descendência, os que guardam os mandamentos de Deus e sustentam o testemunho de Jesus. (Apocalipse 12:17).
Aqui está a perseverança dos santos, os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus. (Apocalipse 14:12).
Vi também tronos, e nestes sentaram-se aqueles aos quais foi dado autoridade de julgar. Vi ainda as almas dos decapitados por causa do testemunho de Jesus, bem como por causa da palavra de Deus, tantos quantos não adoraram a besta, nem tampouco a sua imagem, e não receberam a marca na fronte e na mão; e viveram e reinaram com Cristo durante mil anos. (Apocalipse 20:4).

É verdadeiramente de grande valor para o homem reconhecer que Deus tem falado a ele para que possa claramente compreender e aplicar a verdade de Deus em sua própria vida. A Palavra de Deus deve ter livre curso na igreja remanescente. O grande dia do refrigério pela presença do Senhor está às portas. "Apresentar-se-á voluntariamente o teu povo no dia do teu poder" (Salmo 110:3). A verdadeira igreja provará ser o povo de Deus por obedecer aos Seus mandamentos e por seu testemunho vivo em favor de Jesus Cristo. Na verdadeira igreja os membros compreendem e obedecem à verdade de Deus. Essa lealdade é alegremente aceita em virtude do dom da salvação em Cristo. A igreja não é alguma coisa feita por homens. Ela é algo que Deus faz pelo poder de Seu Espírito, guiando-a em toda a verdade. Esta é a igreja na qual os homens podem confiar, uma igreja provada pela Palavra de Deus e pelo Cristo vivo e não achada em falta.

Sem esse teste, nenhuma igreja, não importa quão grande seja, é digna de confiança. Quando a igreja continuamente cresce em fé e amor, proclamando e fazendo a vontade de Deus, além de completa lealdade a seu Senhor, há poder na igreja de Deus e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.

Dar Atenção à Doutrina

Um dos terríveis perigos para a igreja nesses últimos dias é a falta da sã doutrina. A palavra grega para doutrina é didaskalia ou "ensino". As Escrituras fornecem a base para a sã doutrina ou "ensino", para o conhecimento doutrinário das coisas divinas. Doutrinas bíblicas são verdades fundamentais da Bíblia, usualmente arranjadas de forma sistemática. A mente é tão estruturada que necessita ver as verdades bíblicas em sua inter-relação. Doutrinas bíblicas são geralmente estruturadas em termos de conceitos intelectuais em contraste com a verdade na experiência e na prática.

A Bíblia é a Palavra de Deus e, por isso, é a verdade de Deus. Ela contém pouco do que pode ser chamado doutrina num sentido sistematizado. Raramente algum escritor da Bíblia apresentou um estudo sistematizado de alguma verdade particular. Não há, por exemplo, nenhum esquema organizado sobre grandes verdades tais como o Segundo Advento, o Estado dos Mortos e mesmo a salvação e muitas outras. O estudo de Paulo sobre justificação pela fé no livro de romanos é o que mais se aproxima disto.

Entretanto, há uma estrita relação entre o que é a verdade e a sã doutrina. O fato de os escritores bíblicos não escreverem um livro de texto sobre doutrinas bíblicas não significa que eles fossem indiferentes a respeito das verdades e dos ensinos da Bíblia. A história da igreja cristã revela os conflitos que surgiam cada vez que a igreja se afastava dos ensinos bíblicos e ensinava o erro. A igreja descobriu ser-lhe vantajoso defender sua posição com um sistema organizado da sã doutrina.

Repetidas vezes as Escrituras enfatizam a necessidade de a igreja e o cristão seguirem a sã doutrina: "Tu, porém, fala o que convém à sã doutrina" (Tito 2:1). "Na doutrina mostra integridade" (verso 7).

Quando as Escrituras falam de "boa doutrina" (I Timóteo 4:6; Provérbios 4:2) e "sã doutrina" (I Timóteo 1:10; II Timóteo 4:3), como opostas às "doutrinas de homens" (Mateus 15:9) e "doutrinas de demônios" (I Timóteo 4:1), elas não estão dizendo que existem diferentes modos de ensinar a mesma coisa ou que a doutrina é sem importância, mas sim que estes são ensinos antagônicos. A diferença é vital para a experiência cristã. Cada cristão e cada igreja tem o dever de perguntar: O que é a verdade? Que é sã doutrina? A igreja deve exercer sua função como ensinadora da verdade e da sã doutrina. Ela "deve apegar-se à palavra verdadeira da doutrina" (Tito 1:9). "Tu, porém, fala o que convém à sã doutrina" (capítulo 2:1).

Hoje, há tanta indiferença como oposição à doutrina. Alguns dizem que a coisa essencial é Jesus Cristo. O clamor é a "volta a Cristo". Todo cristão apoia isso. Nenhuma igreja ou religião pode ser chamada cristã se não centraliza sua doutrina e sua vida em Jesus Cristo. Frequentemente, professos cristãos são levados a crer que preocupar-se com doutrina provoca esfriamento da religião e a perda da experiência cristã. É dito que o cristianismo não é um credo, mas uma vida. Ninguém se opõe a isto. Entretanto, tal afirmação pode ser completamente enganosa, especialmente quando esses slogans são usados para rebaixar o conteúdo racional e os ensinos da Bíblia. A tendência é colocar doutrina e experiência cristã em oposição mútua. Exclamar: "Fora com doutrinas, voltemos a Cristo" seria tão insensato como dizer: "Fora com a botânica, voltemos às flores"; "fora com teologia, voltemos para Deus". Doutrina e fé andam juntas.

Os perigos que se encontram nesse tipo de pensamento não são facilmente discernidos. Os homens se satisfazem com um assentimento mental para com religião sem que haja envolvimento pessoal. A igreja tem frequentemente se envolvido mais com fatos racionais do que com verdades vivas. Ela tem, por muito tempo, operado no contexto de ideias e doutrinas, dando prioridade às declarações formais da igreja e da escola. É possível responder muitas questões sobre religião, sem, contudo, tornar-se pessoalmente envolvido. No emaranhado de palavras e ideias é possível reduzir Deus a uma ideia. O esforço por formular um sistema lógico de doutrina não pode levar o homem a parte alguma. Daí o clamor por uma fé para ser vivida, ao invés de conhecida. O contraste é entre ser um participante ou ser um mero espectador.

Nós afirmamos que a vida centralizada em Cristo é o que todos os homens necessitam. A experiência cristã é mais do que doutrina. Porém a questão crucial é como chegar à verdade. Como pode alguém saber se a experiência que ele afirma possuir realmente corresponde à verdade de Deus? Até que ponto são os homens realmente postos em contato com a verdade? Quando está a experiência de um homem em conformidade com a verdade?

Uma das mais perigosas tendências atualmente é a relutância em amoldar-se ao caráter normativo da Palavra de Deus. Saiba que a doutrina sobre Cristo não é Cristo; que a doutrina sobre o homem não é o homem. Obviamente, Deus não se identifica com doutrinas. A doutrina da salvação não é o mesmo que experimentar a salvação. Porém o ensino bíblico a respeito dessas verdades vem antes de uma verdadeira experiência.

A verdade não depende da experiência humana para ter valor, mas do que Deus revelou em Sua Palavra. A doutrina de Paulo sobre a justificação pela fé no livro de Romanos não é o mesmo que a experiência cristã da justificação. Entretanto, a experiência é testada pelo ensino bíblico referente a ela. Deus jamais deixa o homem pecador tatear ao redor de si mesmo para encontrar a verdade. Em dada caso, O Espírito Santo fala, ensina e leva às verdades bíblicas, tornando a experiência cristã genuína e significativa. A verdade é tanto doutrinária quanto pessoal.

O povo de Deus é encaminhado às Santas Escrituras como a salvaguarda contra a influência dos falsos ensinadores e poder ilusório dos espíritos das trevas. Satanás emprega todo artifício possível para impedir os homens de obter conhecimento da Bíblia... O último grande engano deve logo patentear-se diante de nós. O anticristo vai operar suas obras maravilhosas à nossa vista. Tão meticulosamente a contrafação se parecerá com o verdadeiro, que será impossível distinguir entre ambos sem o auxílio das Escrituras Sagradas. Pelo testemunho destas toda declaração e todo prodígio deverão ser provados... Pessoa alguma, a não ser os que fortaleceram o espírito com as verdades da Escritura, poderá resistir no último grande conflito. A toda alma virá a inquiridora prova: Obedecerei a Deus de preferência aos homens? - O Grande Conflito, p. 593-594.

Doutrinas são os aspectos formais da fé. Elas apontam ao Deus vivo. Os "religionistas" têm razão em advertirem contra o intelectualismo abstrato. A natureza vital da decisão por Cristo e do envolvimento com Ele e com Sua Palavra não pode ser subestimada. Porém como saberão os homens se aquilo com que estão comprometidos é realmente a verdade? A Bíblia fala aos homens sobre o verdadeiro Deus, sobre quem Ele é, o que Ele fez para salvar o homem, o que fará e o que Ele requer que os homens façam e creiam. Esta é a dádiva de doutrina e conhecimento que contém a verdade. Por meio do poder e da presença do Espírito Santo, Deus Se dirige pessoalmente aos homens. Ele pede uma resposta pessoal inteligente, um envolvimento em harmonia com os ensinos revelados na Palavra de Deus. A genuína experiência cristã requer obediência ao que é doutrinariamente dado e ensinado na Bíblia. O conhecimento da verdade bíblica requer mais do que mero pensar. Requer a vida total do homem posta em harmonia com as verdades divinas da Palavra de Deus.

Sem a crença nos ensinos e verdades da Palavra de Deus, a experiência cristã fica reduzida a meros sentimentos subjetivos do coração. Onde Deus não diz nada em termos da sã doutrina, não há meios de saber o que é realmente a verdade. O perigo aqui está no fato de o homem então unir-se ao que é falso.

Por exemplo: Daniel profetizou sobre um poder apóstata que "cuidaria em mudar os tempos e a lei" (Daniel 7:25). Como saberia alguém a que lei obedecer, exceto pela Palavra de Deus? O apóstolo João profetizou a respeito de um poder adúltero, Babilônia, a Grande, que faria "todas as nações beberem do vinho (as falsas doutrinas) da ira da sua prostituição" e levaria o mundo a adorar a besta e a sua imagem e receber o seu sinal (Apocalipse 13:14-17; 18:2-4).

Em sua carta a Timóteo, Paulo advertiu a igreja:

Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres, segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos; e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas. (II Timóteo 4:3 e 4).

Falando do tempo do fim, Cristo disse:

Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, operando grandes sinais e prodígios para enganar, se possível, os próprios eleitos. (Mateus 24:24).

Como pode o cristão estar seguro de que ele também não será enganado? Obviamente, ele não pode confiar no homem. Seu único recurso deve ser a Palavra de Deus.

À lei e ao testemunho; se eles não falarem desta maneira, jamais verão a alva. (Isaías 8:20).

As verdades bíblicas têm significado para o homem em todas as épocas porque constituem a eterna e imutável verdade de Deus. Nenhum cristão tem possibilidade de viver pelo que parece ser reto aos seus próprios olhos e por sua própria experiência. Unicamente a verdade revelada de Deus é suficiente para desenvolver uma experiência em harmonia com Deus.

Com Jesus Cristo não houve conflito entre as afirmações doutrinárias e a experiência da verdade bíblica. Jesus era dominado pela compaixão quando via as multidões negligenciadas. Em resposta às necessidades delas, Ele passou a ensinar-lhes muitas coisas. Ele não só os encontrava e sorria-lhes, mas falava-lhes. Ele os instruía. Trouxe-lhes luz e saúde. Ele não somente fez com que eles se sentissem bons, mas também lhes alimentou a mente. Antes de Sua partida, Ele ordenou aos Seus discípulos que fizessem o mesmo:

Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações... ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século. (Mateus 28:19 e 20).

Não há qualquer evidência de que a doutrina cristã seja um estorvo à vida cristã. Ao contrário, uma íntima comunhão com Cristo significa uma mais firme e mais clara compreensão da sã doutrina. Com respeito ao Decálogo, Cristo não disse: "Os ensinos dos Dez Mandamentos não estão mais em vigor desde que eu vim. Se tendes a mim, não necessitais a lei de Deus". Com o sexto mandamento Ele também condenou um espírito de ódio que levaria ao homicídio. Ele não anulou a validade do sétimo mandamento contra o adultério, mas também condenou até mesmo a intenção impura.

Jesus Cristo é o firme fundamento. E "porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que foi posto, o qual é Jesus Cristo. Contudo, se o que alguém edifica sobre o fundamento é ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, manifesta se tornará a obra de cada um; pois o dia a demonstrará, porque está sendo revelada pelo fogo; e qual seja a obra de cada um o próprio fogo a provará. (I Coríntios 3:11-13).

Não é assunto para ser tratado com indiferença, se a superestrutura que alegamos construir sobre este fundamento é de pedras raras ou de refugo. Envolvimento com Cristo não leva o cristão além da doutrina bíblica. Ele firma-se nela. Cristo é a verdade. Ele fala a verdade. Ele ensina a verdade. Esta é a herança cristã. Envolvimento com Cristo vem primeiro. Se o relacionamento de alguém com Cristo está errado, então nenhum relacionamento com a doutrina pode estar certo.

Então, os judeus se maravilhavam e diziam: como sabe este letras, sem ter estudado? Respondeu-lhes Jesus: O meu ensino não é meu, e, sim, daquele que me enviou. Se alguém quiser fazer a vontade dele, conhecerá a respeito da doutrina, se ela é de Deus ou se eu falo por mim mesmo. (João 7:15-17).
Jesus Cristo ontem e hoje é o mesmo, e o será para sempre. (Hebreus 13:8, ver também Mateus 5:17-20; Lucas 8:15; João 6:63; 12:48-50).
Mas graças a Deus porque, outrora escravos do pecado, contudo viestes a obedecer de coração a forma de doutrina a que fostes entregues. (Romanos 6:17).

Qualquer igreja que deliberadamente negligencia ou rejeita alguma parte da Palavra de Deus coloca-se em terrível perigo de apostasia. A frequente acusação de Deus contra o Seu professo povo, na Bíblia, é de que eles não têm obedecido à Sua voz. Nós lamentamos a negligência ou rejeição de alguma doutrina bíblica enquanto, ao mesmo tempo, afirmamos aceitar a Cristo como Salvador e Senhor.

Por todos os meios, tornemos vivo o cristianismo. Mas no momento em que alguém faz isto, ele descobre os padrões e verdades que tornam inevitável a doutrina. Não adianta exigir do homem vida íntegra e reta, a menos que ele preste obediência à divina lei de Deus. Nenhum resultado é obtido no estimular os homens a seguirem a Cristo, a menos que eles reconheçam a necessidade de guardar os Seus mandamentos.

Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres? Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniquidade. Todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as pratica será comparado a um homem prudente que edificou sua casa sobre a rocha; e caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram com ímpeto contra aquela casa, que não caiu, porque fora edificada sobre a rocha. (Mateus 7:21-25).

Essas palavras parecem impossíveis e inacreditáveis. Mas nosso Senhor as proferiu. Ele declarou que muitos que finalmente serão lançados nas trevas exteriores são os que têm pregado e ensinado dos púlpitos sagrados das igrejas e que têm se assentado nos bancos da igreja para ouvir.

O que um homem crê é importante. Quanto mais uma pessoa conhecer e obedecer à Palavra de Deus, tanto mais robusta será sua fé e sua experiência. Cristo disse: "nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus" (Mateus 4:4). Agora, um homem pode decidir-se a viver só da casca de pão, porém sua saúde e força serão muito limitadas. Ele poderá servir a si mesmo, à sua família e à sua comunidade de maneira muito melhor se tiver uma dieta adequada de alimentos tanto para sua mente quanto para o seu corpo. Assim é com a Palavra de Deus. Se é necessário haver força para vencer o pecado e desenvolver uma experiência cristã sadia, o crente deve viver por toda a palavra e não ficar satisfeito com um mínimo. Nenhuma das verdades de Deus e dos ensinos da Bíblia deve ser ab-rogada. A doutrina bíblica permanece como uma proteção contra o erro e o engano.

A verdade e a glória de Deus são inseparáveis; é-nos impossível, com a Bíblia ao nosso alcance, honrar a Deus com opiniões errôneas. Muitos alegam que não importa o que alguém creia, se tão-somente sua vida for correta. Mas a vida é moldada pela fé. Se a luz e a verdade estão ao nosso alcance, e negligenciamos aproveitar o privilégio de ouvir e vê-las, virtualmente as rejeitamos; estamos a escolher as trevas em vez da luz. - O Grande Conflito, p. 597.
Olhando para os últimos dias, declarou o apóstolo Paulo: "Virá tempo em que não sofrerão a sã doutrina." II Tim. 4:3. Chegamos, já, a esse tempo. As multidões rejeitam a verdade das Escrituras, por ser ela contrária aos desejos do coração pecaminoso e amante do mundo; e Satanás lhes proporciona os enganos que amam.
Mas Deus terá sobre a Terra um povo que mantenha a Bíblia, e a Bíblia só, como norma de todas as doutrinas e base de todas as reformas... Antes de aceitar qualquer doutrina ou preceito, devemos pedir em seu apoio um claro - "Assim diz o Senhor". - O Grande Conflito, p. 594-595.

Amor - O Caminho mais Excelente

Hoje o "amor" é a palavra favorita entre todos os crentes. É dito ser este o denominador comum para a unidade. Longe de mim censurar o amor de Deus na vida cristã. O cristão concorda com a afirmação bíblica de que o amor é o "caminho mais excelente". Os Adventistas afirmam que o amor é a última mensagem de misericórdia a ser dada ao mundo.

A escuridão do falso conceito acerca de Deus é que está envolvendo o mundo. Os homens estão perdendo o conhecimento de Seu caráter. Este tem sido mal compreendido e mal interpretado. Neste tempo deve ser proclamada uma mensagem de Deus, uma mensagem de influência iluminante e capacidade salvadora. O caráter de Deus deve tornar-se notório. Deve ser difundida nas trevas do mundo a luz de Sua glória, a luz de Sua benignidade, misericórdia e verdade...
Os que aguardam a vinda do esposo devem dizer ao povo: "Eis aqui está o vosso Deus." Isa. 40:9. Os últimos raios da luz misericordiosa, a última mensagem de graça a ser dada ao mundo, é uma revelação do caráter do amor divino. Os filhos de Deus devem manifestar Sua glória. Revelarão em sua vida e caráter o que a graça de Deus por eles tem feito. - Parábolas de Jesus, p. 415-416.

Cada cristão deseja poder para guardar esses dois grandes mandamentos - amor a Deus e amor ao homem. "O fruto do Espírito é o amor" (Gálatas 5:22). Guardando esses mandamentos, o cristão participa do poder do Espírito Santo. Esse amor é um amor justo. Pode-se confiar nele. A liberdade do amor é a liberdade para cumprir a vontade de Deus. Isto é o que Cristo expressou ao dizer: "Se me amais guardareis os meus mandamentos" (João 14:15). O que o amor de Deus requer? Ele requer a guarda dos mandamentos. Em outras palavras, amor é algo mais do que meramente um bom sentimento no coração. Ele realmente muda e transforma a vida. Ele põe o homem em harmonia com Deus.

Muitas religiões populares hoje enfatizam uma aproximação de Deus em termos de uma intensificação dos sentidos; paixão e, frequentemente, êxtase. Isto pretende envolver o crente com o sobrenatural. Os homens são levados a crer que só o amor é absoluto; tudo mais muda. O amor solucionará os problemas do mundo. Amor é cristianismo. Cristianismo é amor. Quem se oporia ao amor? Certamente, todas as pessoas amáveis terão algo em comum que as une.

Porém alguém é levado a perguntar: Que tipo de Deus a pessoa ama? Que espécie de verdade ela ama? Ou que importância tem isto? A igreja deve guardar-se contra dois extremos - um procedimento intelectual abstrato para com a verdade, ou a ênfase em um sentimento interior diante de Deus, que negligencia ou desdenha a verdade doutrinária da Bíblia.

Há uma grande variedade de religiões e cultos marcados pela imprecisão e confusão quanto à doutrina e aos ensinos da Bíblia. Este é um tempo de indolência intelectual quanto ao estudo da Bíblia. A maior ameaça à igreja é seu fracasso em viver por toda a palavra que procede da boca de Deus. Homens e mulheres estão famintos pelas verdades da Bíblia. Há fome da Palavra de Deus.

Eis que vêm dias, diz o Senhor Deus, em que enviarei fome sobre a terra, não de pão, nem sede de água, mas de ouvir as palavras do Senhor. Andarão de mar a mar e do Norte até ao Oriente, correrão por toda parte, procurando a palavra do Senhor, e não a acharão. (Amós 8:11 e 12).

Êxtase emocional é muito frequentemente o refúgio de mentes preguiçosas. Ela torna desnecessário o pensar. Ela une todos num momento. Permite um pensamento vago sobre as verdades bíblicas. Agora, se alguém deseja identificar verdade e salvação com alguma experiência emocional, não há meios de evitar isto. Porém, como pode alguém distinguir entre o verdadeiro e o falso? Se Satanás se apresenta diante do homem como um anjo de luz em alguma forma de êxtase e bons sentimentos, como poderá o homem distinguir entre a voz de Deus e a voz do diabo? Se Cristo é juiz nesse assunto, Seu contínuo apelo às Escrituras - "Está escrito" - a fim de desmascarar o diabo ainda permanece válido para os cristãos em todas as épocas. Que padrão usarão os homens para testar o amor, os sentimentos e o testemunho pessoal se não for a Palavra de Deus? Os pecadores são propensos a perverter a verdade. A igreja remanescente nestes últimos dias deve certificar-se de que sua comunhão com Deus é genuína, devido à possibilidade de uma falsificação exatamente onde a verdade e a fidelidade são essenciais.

Desde o início do grande conflito no Céu, tem sido o intento de Satanás subverter a lei de Deus... Procurando lançar o desprezo sobre os estatutos divinos, Satanás perverteu as doutrinas da Escritura Sagrada, e assim se incorporaram erros na fé alimentada por milhares dos que professam crer nas Escrituras. O último grande conflito entre a verdade e o erro não é senão a luta final da prolongada controvérsia relativa à lei de Deus. Estamos agora a entrar nesta batalha - batalha entre as leis dos homens e os preceitos de Jeová, entre a religião da Bíblia e a religião das fábulas e da tradição. - O Grande Conflito, p. 582.

Para se evitar o engano por parte dos falsos espíritos é necessário retornar à Bíblia. Isto não quer dizer que a verdade possa ser experimentada pela mera leitura da mesma. Há sempre a necessidade de o Espírito Santo escrever a lei e as verdades de Deus sobre o coração. Porém as verdades escritas no coração não são diferentes daquelas escritas na Bíblia.

Um homem recentemente afirmou, recordando as emoções e excitações de uma igreja particular, que encontrar felicidade, alegria e amor é em que a religião se resume. Não é isto o que nós desejaríamos encontrar na igreja? Significa isso que, enquanto os homens sentirem assim eles concordarão em não questionar mais nada? Significa que, se você afirma amar seu próximo, então não há mais necessidade de considerar as diferenças quanto à doutrina bíblica? Por que entrar em discussão quanto ao dia de guarda, seja ele o sétimo ou o primeiro? Por que preocupar-se em descobrir se a lei de Deus foi abolida? Que diferença faz se Cristo voltar logo ou daqui a cinco mil anos?

Essa atitude cria um sério problema. Até onde pode ir uma igreja omitindo de seus crentes as verdades básicas da Palavra de Deus? Quantas das doutrinas bíblicas pode alguém extrair de uma resumida definição da fé cristã? Se alguém rejeita o quarto mandamento, por que não rejeitar a todos os outros? Na vida real, vamos nós dizer que o povo pode viver contrariamente à Palavra de Deus e que isto não afeta seu destino eterno? Amar alguém a seu próximo é tudo? Pode a verdade toda do cristianismo ser explicada por uma única palavra - "amor" - enquanto rejeita os outros reclamos que a Bíblia faz quanto à obediência para com a vontade de Deus?

Infelizmente, nós temos desenvolvido em nosso tempo um tipo de religião sem a devida consideração para com as Escrituras. Isto é religião atrofiada. É uma religião sem obediência, que alega estar acima de um envolvimento com a lei de Deus. Hoje temos um cristianismo inconsciente, uma religião sem lei, uma crença que não influencia o comportamento, amor sem castidade. Uma grande parte do mundo jaz em trevas espirituais e desenvolve-se um paganismo que tem levado a espécie humana às raias do desastre total. Espiritual e moralmente o mundo é um lugar precário para se viver - o fim do mundo está às portas. Os homens esqueceram quão verdadeira e quão vital é a Palavra de Deus. A Bíblia oferece luz e certeza num tempo de escuridão e dúvidas. Nenhuma igreja que se afaste das grandes verdades da Bíblia pode satisfazer as necessidades do mundo hoje.

É-nos dito frequentemente que o mundo necessita um reavivamento religioso. É muito significativo o fato de que a igreja remanescente dos últimos dias deva distinguir-se por uma fé viva em Jesus Cristo e pela guarda de Seus mandamentos. Dessa forma, o mundo inteiro deverá ser iluminado pela glória de Deus (ver Apocalipse 12:17; 14:12; 18:1-5).

A religião da igreja remanescente insiste em uma justa relação entre fé, amor e obediência. A obediência é determinada pela devoção do homem a Jesus Cristo. O povo de Deus reconhece o direito de Deus sobre a vida total, o direito de Cristo em governá-lo. Fé em Cristo põe a vida e a mente em harmonia com Deus, difunde no ser todo o poder transformador do Espírito Santo. A igreja remanescente revela o poder de Deus em salvar do pecado. Fé apega-se ao Deus invisível.

O povo de Deus firmar-se-á em justiça, não em injustiça. Saiba que nenhuma obra pode salvar o homem. Cristo o faz. Porém salvação não é simplesmente um belo sentimento no coração. Salvação é do pecado para a santidade, da desobediência para a obediência. Ela envolve a totalidade de um homem e a totalidade de sua vida em todas as suas relações pessoais. Fidelidade a Cristo e a Seus mandamentos é a guia por entre a degradação moral de nosso tempo. Aquele que chega ao conhecimento de Cristo deve necessariamente chegar à integridade moral e a uma vida de justiça.

A igreja remanescente chama o mundo de volta a Cristo. E há muitos que O seguem. Os homens não param. Caminhar com Cristo é viver com Cristo.

Podem dois caminharem juntos, se não estiverem de acordo? (Amós 3:3).
Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos; porquanto, que sociedade pode haver entre a justiça e a iniquidade? Ou que comunhão da luz com as trevas? Que harmonia entre Cristo e o maligno? Ou que união do crente com o incrédulo? Que ligação há entre o santuário de Deus e os ídolos? Porque nós somos santuário do Deus vivente, como ele próprio disse: Habitarei e andarei entre eles; serei o seu Deus, e eles serão o meu povo. Por isso, retirai-vos do meio deles, separai-vos, diz o Senhor, não toqueis em coisas impuras; e eu vos receberei, serei vosso Pai, e vó sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-Poderoso. Tendo, pois, ó amados, tais promessas, purifiquemo-nos de toda impureza, tanto da carne, como do espírito, aperfeiçoando a nossa santidade no temor de Deus. (II Coríntios 6:14-18; 7:1).

A igreja remanescente afirma que os homens não são salvos por grandes sacrifícios ou como pagamento pela obediência. Ainda assim, não é pequena coisa que ao ser salvo unicamente por Cristo, o homem descubra que salvação é do pecado para o cumprimento da justiça da lei para aqueles que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito (Romanos 8:4). Há um eterno e necessário relacionamento entre amor e obediência à vontade de Deus. Que igreja ou que povo estará pronto para a vinda do Senhor?

Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque havemos de vê-lo como ele é. E a si mesmo se purifica todo o que nele tem esta esperança, assim como ele é. (I João 3:2, 3).



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