No início, o movimento ecumênico moderno envolvia pouquíssimos evangélicos genuínos. Do lado protestante, a maioria dos envolvidos nos estágios iniciais do esforço ecumênico para unir o "protestantismo" (na verdade, o não catolicismo) a Roma era composta de humanistas apóstatas, os quais davam pouquíssima atenção à Bíblia como a Palavra inspirada de Deus. Tudo isso mudou com o advento do novo evangelicalismo.
Depois que Harold Ockenga colocou o novo evangelicalismo em movimento, muitos evangélicos professos se envolveram no movimento ecumênico, trabalhando com católicos e jesuítas. Com o passar do tempo, esse caso de amor com Roma se transformou no ECT I e ECT II, em que os evangélicos se uniram aos católicos pela primeira vez na história da igreja.
O reconstrucionismo reformado nasceu em 1973, quando Rousas Rushdoony escreveu sua principal obra, The Institutes of Biblical Law. O reconstrucionismo reformado era, na verdade, jesuíta, pois nenhum dos reformadores jamais seguiu tal bobagem. No entanto, cada vez mais evangélicos começaram a ser sugados para a causa dos jesuítas. Muito antes do nascimento de Rushdoony, eles estavam trabalhando para realizar a reconstrução da sociedade americana por meio da criação de sua ORDEM SOCIAL CRISTÃ. Logo, muitos líderes cristãos nos Estados Unidos estavam seguindo a linha dos jesuítas, promovendo-a com toda a energia e empenho ao seu alcance: homens como o Dr. James Kennedy, Chuck Colson, Os Guinness, Barely Corey e muitos outros. De fato, pode-se dizer que a construção de uma ordem social jesuíta se tornou uma obsessão para esses homens e para outros evangélicos.
Chuck Colson, um ministro batista que faleceu há pouco tempo, certamente se tornou uma figura proeminente nos Estados Unidos ao escrever grandes volumes promovendo a ficção de que os católicos eram cristãos e incentivando os protestantes a cessarem o conflito com os católicos e se unirem a eles em uma aliança estratégica para derrotar o humanismo secular e estabelecer a Ordem Social Jesuíta nos Estados Unidos. O ponto principal de toda essa bobagem teológica era que NENHUM CRISTÃO DEVERIA TRAVAR QUALQUER GUERRA TEOLÓGICA CONTRA O HOMEM DO PECADO PAPAL; deveria ver o papado como seu aliado e cobeligerante em outra guerra totalmente diferente: a guerra cultural contra o humanismo secular. Portanto, a escatologia jesuíta certamente tem consequências: agora não há NENHUM HOMEM DO PECADO PAPAL contra o qual lutar; apenas algum outro mal secular.
O ensino jesuíta de que o Homem do Pecado é apenas alguém que surgirá no final da era remove completamente o Homem do Pecado Papal do campo de batalha teológico. E o resultado alcançado pelos jesuítas foi o fim de uma guerra teológica com os evangélicos. Como Chuck Colson observou graficamente: os evangélicos precisam PARAR DE LUTAR contra os católicos. Esse foi um dos pontos principais de Colson em seus esforços para manter sua guerra contra o humanismo secular. Vamos parar de lutar uns contra os outros e começar a nos unir para combater o verdadeiro inimigo. Considerando que todos os reformadores, e a maioria dos principais puritanos, e os milhões de verdadeiros protestantes que seguiram essa liderança por séculos, viram sua BATALHA PRINCIPAL contra o Homem do Pecado Papal e seu império maligno, sua escatologia exigia uma guerra espiritual total contra o Homem do Pecado Papal, e não contra algum outro alvo imaginário. Certamente há muitas batalhas a serem travadas, mas a principal batalha da igreja é lutar fervorosamente pela fé que de uma vez por todas foi entregue aos santos.
O padre católico convertido Lehmann escreveu há cinquenta anos que o verdadeiro título da encíclica papal Quadragesimo Anno, escrita há mais de cem anos, é SOBRE A RECONSTRUÇÃO DA ORDEM SOCIAL. Toda a ideia carismática de RENOVAÇÃO e toda a ideia de RECONSTRUÇÃO da sociedade são papais e jesuítas. No entanto, milhões de carismáticos, reformados e evangélicos estão agora ocupados em tentar estabelecer uma ordem social jesuíta na América. Não seria esse outro grande triunfo dos jesuítas?
A Igreja Católica ensina que toda a Terra deve submeter-se ao Papa de Roma. Durante séculos, os Estados Unidos repudiaram o Papa como o Homem do Pecado Papal e se recusaram a submeter-se ao Vigário de Satanás, pois certamente não acreditavam que ele fosse o Vigário de Cristo. A maioria dos americanos, durante séculos, seguiu os homens e os ensinamentos da Reforma Protestante e repudiou todos os erros e blasfêmias de Roma como sendo os enganos de Satanás e seu principal homem na Terra, o Homem do Pecado Papal. Leia as obras dos primeiros separatistas puritanos que deram início a esta nação para comprovar isso.
Malachi Martin, que tem muitas críticas à Igreja Católica e ao papado em suas obras, acreditava, como um verdadeiro católico, que o papa de Roma era o "ÁRBITRO FINAL DO QUE É MORALMENTE BOM E MORALMENTE RUIM NAS AÇÕES HUMANAS". Em outras palavras, embora criticasse algumas das ações de alguns dos papas modernos, ele ainda acreditava que o Papa de Roma era o porta-voz do Deus Todo-Poderoso. Sem dúvida, uma posição estranha a ser adotada à luz de todos os escândalos de pedofilia que assombraram todo o sistema de Roma durante anos e que contribuíram muito para a renúncia do papa anterior.
O Papa de Roma não poderia ser o árbitro final do que é moralmente bom e do que é moralmente ruim, quando procurou proteger todos os pedófilos do sacerdócio romano. Um sistema tão imoral jamais poderia ser a base da RENOVAÇÃO ou RECONSTRUÇÃO de qualquer sociedade.
No entanto, mesmo à parte de toda a imoralidade, toda a ideia de um culto idólatra e blasfemo que traz consigo a renovação ou a reconstrução da sociedade é meramente uma ficção patética. Decerto é uma marca da decadência espiritual da América sempre que evangélicos, batistas e reformados pensam que uma religião idólatra, espiritual e moralmente falida poderia mudar qualquer nação para melhor.
Uma religião maligna como essa será sempre a maldição de qualquer nação em que ganhe ascendência; nunca será uma bênção. Ainda mais importante, ela cega os milhões de pessoas presas nela para a verdade gloriosa do evangelho, enviando-as, assim, para a condenação eterna, algo infinitamente pior do que simplesmente prejudicar alguma nação.
Chuck Colson faleceu recentemente. Seu legado foi promovido e elogiado por vários acadêmicos e educadores importantes. Barry Corey é um dos que têm elogiado Colson e seu trabalho há vários anos. Corey é o presidente da Biola University. Ele quer dar continuidade à luta cultural de Chuck Colson e ao seu profundo envolvimento com os católicos nesse sentido.
Barry Corey foi reitor do Gordon-Conwell Theological Seminary antes de vir para a Biola. Recentemente, ele relembrou uma conversa que teve com Colson naquela época, dizendo que Colson queria iniciar um programa de palestras sobre a necessidade de uma visão cristã do mundo a ser apresentada a um público muito mais diversificado.
A visão de mundo de Chuck Colson não era biblicamente protestante, mas a antiga visão católica clássica. Certamente é muito significativo o fato de que, quando Corey era reitor da Gordon-Conwell, a instituição era famosa por formar graduados católicos. Naquela época, Colson era membro do Conselho de Administração da Gordon-Conwell. Portanto, a linha jesuíta estava sendo bastante promovida em Gordon-Conwell.
De fato, Gordon-Conwell produziu tantos formandos católicos que a Sursum Corda, a revista católica, dedicou uma edição inteira para divulgar e celebrar as histórias de todos os convertidos católicos que se formaram na Gordon-Conwell. Barry Corey foi um dos líderes dessa escola de confusão teológica. Desde então, ele se tornou presidente da Biola University. Aparentemente, ele quer transformar Biola em outra Gordon-Conwell.
O secularismo é o bête-noir [pesadelo] de todos os escritores e acadêmicos católicos politicamente conservadores. Ao que parece, Colson os seguiu de perto. Agora Corey quer continuar a luta do conservadorismo católico contra o humanismo secular. O único problema para o crente na Bíblia é que há muito erro teológico na religião católica, talvez erros mais potentes do que no humanismo secular. Ambos os sistemas são malignos. Mas a única guerra que está ocorrendo nos Estados Unidos atualmente é a luta cultural da Igreja Católica contra o secularismo. Não há nenhuma guerra sendo travada na América contra o falso sistema religioso do catolicismo, que controla a Suprema Corte, o legislativo e que domina a educação. A academia cristã nos Estados Unidos, em sua maior parte, tornou-se a academia católica romana.
Deve a igreja empenhar-se em combater o secularismo na cultura, excluindo o combate à religião falsa na igreja? Pois é obviamente aí que está a batalha nos Estados Unidos hoje. Tanto é assim que Colson pediu uma aliança com o catolicismo para combater o secularismo, uma admissão franca e fatal de que combater o catolicismo é completamente desnecessário.
Corey, ao elogiar Colson, escreveu que
"Ele não é o único no ensino superior a ser profundamente grato pelas convicções inabaláveis que Chuck Colson formulou... A Universidade Biola é eternamente grata a Chuck Colson tanto por seu endosso à missão de nossa universidade quanto, mais importante, por seu próprio trabalho essencial no reino de Deus. Ele foi uma voz profética na cultura, levantando-se contra a maré crescente do secularismo e defendendo a moralidade baseada nos valores dados por Deus." [1]
A maré crescente do secularismo é apenas um dos problemas que a cultura americana enfrenta hoje. A maré crescente da religião falsa é ainda mais maligna do que a maré crescente do secularismo. Pois o secularismo surge em uma cultura dominada pela religião falsa.* Quando uma nação perece em seus pecados, "é na igreja que a lepra começa". A onda de comprometimento com a religião falsa atingiu proporções enormes, com a Faculdade Wheaton, a Faculdade Calvin, o Seminário Westminster, o Seminário Fuller, Gordon-Conwell, Biola e muitos outros como exemplos desse comprometimento. A maré crescente de ignorância teológica por parte daqueles que deveriam ensinar as verdades do cristianismo bíblico está certamente se tornando um tsunami naquelas que ainda são chamadas de instituições acadêmicas cristãs. De que outra forma explicar a adulação bajuladora feita a C. S. Lewis e Chuck Colson, homens que promoveram a causa do catolicismo constante e continuamente? Assim, ajudaram poderosamente a conspiração jesuíta em sua destruição do cristianismo bíblico.
Vejamos como Biola pretende "agarrar o manto (de Chuck Colson), juntando-se à próxima geração de cristãos em todo o mundo para defender a verdade bíblica, mesmo onde ela está cada vez mais fora de moda". [2] O Centro para o Pensamento Cristão terá a presença de dois grandes estudiosos em fevereiro de 2013 (enquanto escrevemos). Eles são Alvin Plantinga e Nicholas Wolterstorff. Quem são esses acadêmicos "cristãos"? Eis como eles são descritos na revista da Biola.
Alvin Plantinga
Alvin Plantinga, que foi chamado de "indiscutivelmente o maior filósofo do século passado" na Christianity Today, é atualmente William H. Jellema, Presidente de Filosofia no Calvin College, e foi, até sua aposentadoria em 2010, John A. O'Brien, Professor de Filosofia na Universidade de Notre Dame. [3] Esse é, então, o "acadêmico" que defenderá a verdade bíblica, de acordo com Barry Corey, um homem que lecionou durante anos em uma Universidade Católica!
Nicholas Wolterstorff
A revista da Biola chama Nicholas Wolterstorff de "um dos principais filósofos cristãos do mundo". Ele é Noah Porter, Professor Emérito de Teologia Filosófica na Universidade de Yale e Membro Sênior do Instituto de Estudos Avançados em Cultura da Universidade da Virgínia. Foi professor no Calvin College e na Universidade de Yale, além de professor visitante em Harvard, Princeton, Oxford e Notre Dame. [4]
A Biola considera Nicholas Wolterstorff um dos principais filósofos cristãos do mundo. O que esse "notável filósofo cristão" promove? A Teologia da Libertação jesuíta. Ele escreveu:
"Penso não haver dúvida de que o tema bíblico da pobreza foi trazido à nossa atenção hoje principalmente pelos pobres do mundo e por aqueles que vivem entre eles. Quando os camponeses pobres das comunidades eclesiais de base da América Latina começaram a ler a Bíblia e a refletir sobre o que liam, o tema da pobreza saltou aos olhos e a tradição de interpretação que haviam recebido foi destruída. A Teologia da Libertação surgiu a partir dessa situação, e a agenda da igreja mundial foi alterada." [5]
Aqui, vemos a eclesiologia dos jesuítas sendo promovida sem nenhum pudor. Wolterstorff NÃO aborda o fato de que o romanismo está presente nessas "comunidades eclesiais" há séculos e ajudou a produzir a pobreza que as caracteriza. Ele também não entra em detalhes para mostrar o que a teologia da libertação produziu.
Nem todos os acadêmicos estão impressionados com Nicholas Wolterstorff. O Dr. John Robbins disse que
"Wolterstorff demonstra uma ignorância embaraçosa da história e da teoria econômica, bem como da teologia cristã…" [6]
Ele fez esse comentário em relação ao que Wolterstorff escreveu sobre capitalismo e comunismo.
Wolterstorff também disse:
"Embora os impulsos produtivos e as capacidades do capitalismo tenham provado ser nada menos que surpreendentes, o capitalismo industrial... deixou um rastro de pobreza em meio à riqueza; é na ideologia do SOCIALISMO e do COMUNISMO, e NÃO no capitalismo, que o alívio da pobreza recebe alta prioridade." (Ênfase minha)
Será que esse "acadêmico" vive no mesmo planeta que o resto de nós? Acaso a Coreia do Norte, um dos países mais comunistas do mundo, prioriza o alívio da pobreza?
A revista descreve os objetivos do Centro como o desejo de "incentivar o estudo cristão de ponta, trazendo acadêmicos de renome mundial para o campus da Biola". [8] Ao discutir o objetivo do centro, a revista relata o que aconteceu quando aqueles que o planejavam estavam conversando sobre o que esperavam realizar.
Em outubro, o professor Gregg Ten Eishof estava sentado diante do apresentador de programa de rádio Frank Pastore, explicando sua visão do "Centro para o Pensamento Cristão da Universidade Biola", que seria lançado em breve... Quando ele começou a descrever um dos objetivos do centro – incentivar a pesquisa cristã de ponta, trazendo estudiosos de renome mundial, como Alvin Plantinga, para o campus da Biola – Pastore começou a falar com entusiasmo.
"'Não pode ser! Vocês convenceram Plantinga a vir?', disse ele. 'Pessoal, Alvin Plantinga está na lista dos dois ou três filósofos cristãos mais brilhantes... Ele e (o professor da Biola) Bill Craig, e talvez Swinburne... e Wolterstorff. Algumas das pessoas mais brilhantes que existem'.
"Ten Eishof deu uma risadinha. Por acaso, disse ele, Nicholas Wolterstorff estaria se juntando a Plantinga no novo centro da Biola na primavera. E espera-se que Richard Swinburne venha no ano seguinte.
"'Vocês estão recebendo um time de estrelas!' exclamou Pastore.
"'Essa é a ideia', disse Ten Eishof." [9]
Certamente, a ignorância sobre a verdade bíblica é muito difundida atualmente. Com a adoração do homem, vem a ignorância bíblica. A sabedoria desta era é completamente destruída pela Sabedoria de Deus, a qual não tem absolutamente nenhuma relação com a vanguarda da erudição jesuíta, e sim com a cruz de Cristo. Pois a pregação da cruz é loucura para os que perecem, mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus. Porque, se na sabedoria de Deus, o mundo, pela sabedoria, não conheceu a Deus, aprouve a Ele, pela loucura da pregação, salvar os que creem. O glorioso evangelho, do qual Roma nada sabe, é a sabedoria de Deus. A sabedoria desta era governa muito do que é chamado nos Estados Unidos de erudição cristã.
Durante a minha vida, uma das principais mudanças no cristianismo americano foi a perda da teologia puritana-protestante, que foi o alicerce desta grande nação por mais de trezentos anos. Várias forças atuaram para provocar essa mudança, nenhuma mais poderosa do que os jesuítas. Eles trabalharam arduamente para substituir o cristianismo protestante bíblico pelo cristianismo "clássico".
Com o tempo, outras vozes surgiram para promover e defender o "cristianismo clássico". Os escritos de C.S. Lewis defendiam esse tipo de cristianismo. Lewis adorava a missa, ensinava aquela mentira flagrante do purgatório, que certamente é o fundamento da religião medieval, e nunca disse uma palavra sobre a justificação unicamente pela fé na obra consumada de Cristo. O que Lewis acreditava e ensinava era mitologia medieval, não o cristianismo protestante.
O Dr. John Robbins examina um dos principais promotores da "tradição clássica" nos círculos "reformados": Andrew Sandlin. Ele afirmou, entre outras coisas, que Sandlin o atacou por mostrar os erros dos neo-legalistas, que Sandlin defende. O Dr. Robbins também observa a distinção que Sandlin faz entre o que os reformadores protestantes ensinaram – a fé reformada – e o que Sandlin chama de “cristianismo histórico ortodoxo”.
Sandlin cita Thomas Oden, o Professor Buttz de Teologia e Ética da Drew University, uma escola liberal da Igreja Metodista Unida.
"Se você quiser ser ortodoxo oriental, e não quero tentar dissuadi-lo disso de forma alguma, acho que você pode encontrar a Igreja Católica Una e Santa ali." [10]
Esse é o homem que Sandlin cita como sua autoridade em "Cristianismo Clássico". Sandlin continua sua defesa da tradição clássica:
"Como já escrevi em outro lugar, a heresia é quase sempre definida em termos de desvio do cristianismo clássico, não da distinção de qualquer espécie particular da igreja (ortodoxa), até mesmo da Igreja Presbiteriana. Assim, mesmo que os homens acusados não sejam reformados (e acredito que sejam, eles afirmam ser), eles não são, com efeito, hereges." [11]
Aqui Sandlin defende todos aqueles que defendem o que ele chama de cristianismo clássico. Ou seja, os católicos e os adeptos da Ortodoxia Oriental não são hereges, embora não sejam cristãos bíblicos. Portanto, a mesma velha pressão de Colson para que o catolicismo seja reconhecido como uma comunhão cristã irmã está sendo promovida por Sandlin. O que Sandlin está defendendo aqui é a mitologia medieval, não o cristianismo.
O Dr. Robbins refutou os erros de Sandlin. Ele afirmou:
"Então, de acordo com o esquema de Sandlin, um homem não é herege se negar, digamos, a justificação unicamente pela fé, já que é uma doutrina peculiar da Fé Reformada, uma doutrina que não é aceita nem pelo Ortodoxismo nem pelo Romanismo, e que não é mencionada nos credos ecumênicos. Um homem também não é herege, segundo o esquema de Sandlin, se negar a suficiência e a inerrância das Escrituras [ver nota adicional abaixo], uma vez que essas doutrinas não são mencionadas nos credos ecumênicos e são de fato negadas pelos romanistas e ortodoxos. Um homem também não é herege se defende o uso de imagens e estátuas na adoração, uma vez que tanto os ortodoxos quanto os romanistas usam e defendem o uso desses 'auxílios à adoração', e visto que os credos ecumênicos não condenam seu uso. Poderíamos nos alongar mais, mas a esta altura o leitor já deve ter entendido o ponto: Sandlin repudiou o cristianismo bíblico em favor de algo que ele chama de 'cristianismo clássico'. Ao repudiar a Reforma, Sandlin repudiou as Escrituras e o Evangelho que pertence a Jesus Cristo." [12]
O retorno da "rebelião protestante divisiva" ao romanismo clássico tem sido o objetivo dos jesuítas desde seu início. Agora é óbvio que muitos nos círculos reformados, evangélicos e carismáticos tomaram posse da espada dos jesuítas a fim de lutar ao lado deles para destruir o que resta do cristianismo protestante histórico na América.
Há alguns anos, os carismáticos reunidos em Nova Orleans disseram que na conferência anterior na Notre Dame, haviam derrubado o gigante do protestantismo; agora pretendem cortar sua cabeça para pôr um fim às divisões entre as igrejas. Eu presumo, naturalmente, que eles estavam falando em sentido figurado sobre cortar a cabeça do gigante. O que eles queriam dizer é que desejavam provocar a destruição completa do protestantismo.
Na América, há pessoas que são classificadas como evangélicas; outras, como reformadas; outras ainda, de ambos os campos, como carismáticas, e todas elas estão promovendo a igreja ecumênica não protestante; a confusão gerada tem sido esmagadora.
Historicamente, todas as denominações protestantes, em seus primórdios, repudiaram e refutaram, pregaram e ensinaram contra o grande sistema de religião da Babilônia Misteriosa, com todas as armas espirituais de que dispunham. E em muitíssimos casos, selaram seu testemunho nas chamas do martírio. Os dissidentes antes da Reforma, os reformadores, os puritanos, os huguenotes, os dissidentes depois da Reforma, TODOS acreditavam que estavam numa luta de vida ou morte contra o Homem do Pecado Papal. Lutavam contra ele e contra todos os seus capangas que promoviam guerras, massacres, cercos, caos e todo tipo de perseguição conhecida pelo homem. Mas os herdeiros dessa gloriosa herança protestante fizeram as pazes com o Homem do Pecado, abandonando a escatologia protestante reformada. Esse é o resultado de seguir uma escatologia jesuíta.
Os carismáticos agora querem cortar A CABEÇA do gigante do protestantismo, ou seja, querem destruí-lo completamente. Entretanto, eles NÃO querem cortar a cabeça do Homem do Pecado Papal; não querem destruí-lo completamente. Obviamente, eles querem que ele floresça, para que aqueles que uma vez se separaram dele e o repudiaram NUNCA MAIS perturbem ou dividam a grande religião ecumênica apóstata governada por ele.
O que isso significa?
Bem, significa que eles devem amar todos os erros e blasfêmias do Homem do Pecado Papal. Devem amar a blasfêmia da missa, que é o principal ato de adoração na comunhão romana. Devem amar a salvação pelas obras. Devem amar a penitência em vez do arrependimento. Devem amar Maria mais do que Cristo. Devem amar o Purgatório, a principal de todas as blasfêmias contra o perdão total que Cristo realizou para todos os que creem Nele. Devem amar a criação de santos e orações pelos mortos, velas e uma centena de outros males do Homem do Pecado Papal.
Ao mesmo tempo, devem querer destruir a SOLA SCRIPTURA, o glorioso ensinamento protestante de que a Escritura é a ÚNICA AUTORIDADE em matéria de fé e prática, o que exclui, portanto, todos os éditos papais, concílios ecumênicos, tradição oral e todas as falsificações da história do papado. Eles também devem querer destruir a SOLA FIDE, isto é, que o pecador é justificado SOMENTE pela fé. Devem amar todos os anátemas que o Homem do Pecado Papal lançou sobre essa doutrina maravilhosa. Devem querer destruir o SOLUS CHRISTUS, ou seja, que a salvação não é encontrada na igreja, mas UNICAMENTE em Cristo. Devem querer destruir o SOLA GRATIA, aquela doutrina bíblica gloriosa de que o pecador é salvo SOMENTE PELA GRAÇA, sem nenhuma obra meritória da parte do pecador. Então, todos eles devem querer destruir a SOLA DEI GLORIA, o fato de que toda a glória pertence SOMENTE a Deus. Aquele que se gloria, glorie-se no Senhor. Deus escolheu os fracos, os loucos, os desprezados e as coisas que não são, para que NENHUMA CARNE se glorie em sua presença.
Isso é que é confusão total. Aqueles que afirmam receber revelações de Deus são levados a repudiar as gloriosas verdades que os protestantes históricos obtiveram APENAS das Escrituras; e em seu lugar querem todos os erros e blasfêmias acrescentados às Escrituras pelo Homem do Pecado Papal ao longo dos séculos. Que o Senhor ilumine os olhos da igreja moderna para a verdade como ela é em Jesus e como é encontrada SOMENTE nas Escrituras Sagradas! O romanismo foi construído sobre um fundamento de total irracionalismo. Ele pode ser chamado de cristianismo “clássico” pelos monólogos neo-ortodoxos irracionais de hoje, mas não tem nenhuma relação com o cristianismo. O que é chamado de cristianismo "clássico" é mitologia medieval. O Credo dos Apóstolos pode ter sido repetido por alguns na Idade Média, e alguns estudiosos podem ter sabido alguma coisa sobre os credos ecumênicos, mas o povo estava mergulhado na superstição. Como disse o bispo J. C. Ryle, a religião deles
"era uma superstição da MAIS BAIXA E DEGRADANTE DESCRIÇÃO. Suspeito que poucos tenham a menor ideia da extensão em que isso foi levado... Os cegos conduziam os cegos, e ambos caíam na vala. Em suma, a religião de nossos ancestrais, antes da época de Hooper, era pouco melhor do que um sistema organizado de adoração à Maria, a santos, a imagens, a relíquias, peregrinações, esmolas, formalismo, cerimonialismo, procissões, prostrações, reverências, sinais da cruz, jejuns, confissões, absolvições, missas, penitências e obediência cega aos sacerdotes. Consistia numa grande confusão de ignorância, idolatria e serviço prestado a Deus pelo representante." [13]. (Ênfase dele)
Tratava-se de um carnaval absoluto de irracionalidade e superstição. Em seu comentário sobre o livro do Apocalipse, John Bale escreveu:
"Vi uma besta execrável, de aspecto odioso e detestável, que saía do mar voraz e agitado. Por essa besta monstruosa, horripilante e odiosa, entende-se o anticristo universal ou completo, compreendendo nela toda a maldade, fúria, falsidade, malignidade, engano, mentira, astúcia, sutileza, hipocrisia, tirania, confusão, orgulho e toda a diabrura... Como essa besta é reconhecida? Ela adota o erro e o estabelece como uma verdade infalível, e o torna um artigo de fé indispensável, como fizeram com o purgatório, perdões, confissões, adoração de santos e coisas semelhantes... Nenhuma abominação ou mistério da iniquidade jamais foi encontrado nesses reinos que agora reinam no detestável papado ou no monstruoso reino do anticristo; os assírios, os caldeus e os partos eram ruins, mas em nenhum outro lugar houve mais orgulho, vaidade, prostituição, imundície, hipocrisia, falsidade, inconstância, extorsão, vanglória, cobiça, feitiçaria, superstição e infidelidade, que tenham profanado o santo templo de Deus, do que no sistema católico romano." [14]
A mitologia medieval, baseada na tradição e não na Bíblia, promoveu e defendeu a magia da missa; que um truque de mágica era realizado todas as vezes que o sacerdote fazia seu hocus-pocus sobre o pão e o vinho. Defendeu o mito do Purgatório. Promoveu e exaltou relíquias e ossos. Desenvolveu toda uma religião em torno de Maria. Promoveu e defendeu peregrinações e santuários. Promoveu a mentira grosseira das indulgências. Promoveu a mentira que retratava de forma ultrajante o Homem do Pecado como nosso Senhor Deus, o Papa. Negou a salvação SOMENTE pela graça e a justificação SOMENTE pela fé. E negou que a igreja deveria ser governada UNICAMENTE pela Bíblia. Portanto, o que quer que fosse promovido e seguido na religião de Roma, não tinha nenhuma relação com o cristianismo clássico ou com o cristianismo reformado. Simplesmente NÃO era cristão de forma alguma.
É essa forma clássica de mitologia tradicional irracional que os jesuítas estão promovendo nos Estados Unidos, como uma ordem social cristã. E muitos “cristãos” estão alinhados com eles, contribuindo para sua causa com todo o poder e apoio que podem reunir.
Martin diz sobre os jesuítas:
"A Companhia de Jesus foi fundada em 1540 por um obscuro basco chamado Inigo de Loyola, mais conhecido como Inácio de Loyola. Não se pode colocar os jesuítas de Inigo em pé de igualdade com qualquer outra organização pela simples razão de que nenhuma organização que conhecemos rivalizou com os jesuítas nos serviços imensuráveis que prestaram à família humana – além do que fizeram em nome do papado e da Igreja Católica do papado... a Sociedade resistiu a todos os testes do tempo e das circunstâncias…
"Nem mesmo Inigo poderia ter previsto a quase milagrosa organização de sua Sociedade, seu sucesso meteórico e brilhante e sua influência universal no mundo dos homens quando ele a fundou. Nos 425 anos seguintes, as dezenas de milhares de pessoas que se juntaram à companhia de Inigo estabeleceram um recorde que, em sua própria categoria, é inigualável na história passada ou presente...
"Uma vez que seus homens aproveitaram suas energias dentro de sua organização para o trabalho mundial da Igreja Romana, eles produziram um fenômeno único na história. 'Nunca', escreveu o teórico alemão do século XVIII, Novalis, 'nunca no curso da história do mundo havia surgido uma sociedade como essa. O próprio antigo Senado Romano não elaborou esquemas para a dominação mundial com maior certeza de sucesso. Nunca a realização de uma ideia maior foi considerada com maior compreensão. Esta Sociedade sempre será um exemplo para todas as sociedades que sentem um desejo orgânico de extensão infinita e duração eterna'.
"Eles eram gigantes, mas com um único propósito: a defesa e a propagação da autoridade e do ensino papal." [15]
Enquanto escrevo, essa grande ordem conspiratória anticristã dos jesuítas, animada pelo grande Espírito do Erro, está mudando a igreja americana. E a guerra espiritual que os protestantes e puritanos da América costumavam travar contra essa ordem está praticamente encerrada. O campo de batalha teológico está envolto em silêncio nas igrejas "cristãs" da América; o ruído da batalha é ouvido apenas na cultura americana. As escatologias dos jesuítas se encarregaram disso. Portanto, enquanto muitos "cristãos" dormem, um inimigo furtivo e enganoso ainda trava sua guerra contra eles.
Encerramos com as palavras imortais de Grattan Guinness:
"Vejo a grande apostasia, a desolação da cristandade, as ruínas fumegantes. Vejo o reinado de monstros; vejo aqueles vice-deuses, Gregório VII, Inocêncio III, Bonifácio VIII, Alexandre VI, Gregório XIII, Pio IX; vejo sua longa sucessão, ouço suas blasfêmias insuportáveis, vejo suas vidas abomináveis; vejo-os adorados por gerações cegas, concedendo bênçãos vazias, negociando indulgências mentirosas, criando um cristianismo paganizado; vejo seus escravos uniformizados, seus padres barbeados, seus confessores celibatários; vejo o confessionário infame, as mulheres arruinadas, os inocentes assassinados; ouço as absolvições mentirosas, os gemidos agonizantes; ouço os gritos das vítimas; ouço os anátemas, as maldições, os trovões dos interditos; vejo o cavalete, as masmorras, as estacas; vejo aquela inquisição desumana, aquelas fogueiras de Smithfield, aqueles carnificinas de São Bartolomeu, a Armada Espanhola, aquelas indescritíveis dragonadas, aquele interminável trem de guerras, aquela terrível multidão de massacres. Vejo tudo isso e, em nome da ruína que trouxe à Igreja e ao mundo, em nome da verdade que negou, do templo que profanou, do Deus que blasfemou, das almas que destruiu; em nome dos milhões que iludiu; com os santos confessores, com os nobres reformadores, com os inúmeros mártires, com os santos de todas as épocas, eu o denuncio como a obra-prima de Satanás, como o corpo, a alma e a essência do anticristo."
O que pode fazer o verdadeiro crente diante da apostasia, da religião falsa e do compromisso com esses males? Não pode fazer nada melhor do que seguir o conselho do Apóstolo Paulo:
"Finalmente, meus irmãos, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder. Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do Diabo. Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas sim contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade nas regiões celestes. Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mal e, havendo feito tudo, permanecer firmes. Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça, e calçados os pés na preparação do evangelho da paz; tomando sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno. E tomai o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a Palavra de Deus; orando sempre com toda oração e súplica por todos os santos, e por mim, para que se me dê palavra, a fim de que eu abra a minha boca com ousadia, para fazer conhecido o mistério do Evangelho." (Efésios 6:10-19).
* Veja a Europa moderna, que agora é quase totalmente secular.
[Nota adicional: O conceito de inerrância bíblica, geralmente mantido por evangélicos conservadores, sustenta que a Bíblia não possui erros de nenhum tipo, inclusive em todas as suas referências históricas, geográficas, cronológicas, etc. Esse ponto de vista negligencia a dimensão humana das Escrituras, visto que a própria Bíblia enfatiza sua natureza divino-humana (2 Timóteo 3:16; 2 Pedro 1:21). Embora a fonte seja divina, as mensagens dos escritores bíblicos foram expressas em linguagem humana, refletindo sua formação cultural e educacional, o que explica os detalhes imprecisos – numéricos, cronológicos, históricos, etc. – , os quais não enfraquecem a força e a validade das verdades fundamentais reveladas nas Escrituras.]
[A versão em inglês de James Arendt não incluiu as referências indicadas na obra original. Minhas sinceras escusas.]
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