Mudança do sábado para o domingo


O que a Igreja Católica diz


Eusébio de Cesareia


Historiador e influente bispo da Igreja Católica, Eusébio afirmou: "Todas as coisas que deviam ser feitas no Sábado, nós as transferimos para o dia do Senhor [domingo], que é propriamente mais nosso, como o mais elevado que é em categoria e mais digno de honra do que o sábado judaico." [1]

São Tomás de Aquino


Em sua Summa Theologica, Tomás de Aquino escreveu: "Na nova lei, a observância do dia do Senhor [domingo] substituiu a observância do sábado, não por força da lei, mas pela instituição da Igreja e o costume do povo cristão." [2]

Rabanus Mauros


Arcebispo de Mainz, na Alemanha, foi um dos maiores teólogos de seu tempo e um ardoroso defensor do papado e de seus ensinamentos. Referindo-se a uma decisão do papa Silvestre (314-335) concernente à transferência da observância do sábado para o domingo, relata o seguinte:

O Papa Silvestre primeiramente ordenou entre os romanos que os nomes dos dias [da semana], que antes eram chamados segundo o nome de seus deuses, isto é, [o dia] do Sol, [o dia] da Lua, [o dia] de Marte, [o dia] de Mercúrio, [o dia] de Júpiter, [o dia] de Vênus, [o dia] de Saturno, fossem chamados feriae, ou seja, a primeira feria, a segunda feria, a terceira feria, a quarta feria, a quinta feria, a sexta feria, pois que, no início do Gênesis, está escrito que Deus disse a respeito de cada dia: no primeiro, "Haja luz"; no segundo, "Haja um firmamento"; no terceiro, "Que a terra produza relva", etc. Mas ele [Silvestre] ordenou-lhes chamar o sábado pelo antigo termo da lei, [a fim de chamar] o primeiro feria o "dia do Senhor", porque nele o Senhor subiu [da morte]. Além disso, o mesmo papa decretou que o descanso do sábado fosse antes transferido para o dia do Senhor [domingo], com base na ordem de que nesse dia devemos descansar das obras seculares a fim de louvar a Deus. [3]

Johann Eck


Célebre defensor da autoridade da Igreja e principal adversário de Andreas Carlstadt e Martinho Lutéro no debate em Leipzig em 1519, o Dr. Eck expôs o seguinte:

Em relação à autoridade da Igreja. – A Escritura ensina: Lembra-te do dia do sábado para santificá-lo; seis dias trabalharás e farás toda a tua obra, mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus, etc. No entanto, a Igreja transferiu a observância do sábado para o domingo em virtude de sua própria autoridade, independentemente das Escrituras, sem dúvida sob a inspiração do Espírito Santo.

No que diz respeito aos dias santos e dias de jejum. – A observância do sábado é ordenada em vários lugares nas Escrituras, mas não há menção da cessação do sábado e da instituição do domingo nos Evangelhos, ou nos escritos de Paulo, ou em toda a Bíblia. Portanto, isso tem sido assumido pela igreja apostólica, que o instituiu [o domingo] sem a Escritura. [4]
 

Augustini Triumphi


Na edição de 1584 de sua Summa de potestate ecclesiastica, Augustini se referiu ao terceiro mandamento (do catecismo) com estas palavras: "O dia de sábado foi mudado pelo Papa para o dia do Senhor, devido à preeminência do sentido dos acontecimentos e a fatores excepcionais em conformidade com o tempo e as circunstâncias." [5]

Concílio de Rheims (séc. XVI)


Este concílio reconheceu: "Lembrem-se todos os cristãos de que o sétimo dia foi consagrado por Deus, recebido e observado, não somente pelos judeus, mas por todos os demais que pretendiam adorar a Deus, embora nós, cristãos, tenhamos mudado o Seu sábado para o dia do Senhor [domingo]." [6]

Gasparo de Fosso


Referindo-se ao sermão do arcebispo de Reggio, apresentando durante a 17ª sessão do Concílio de Trento, realizada em 18 de janeiro de 1562, Peter Heylyn relata o seguinte:

Seu tema era a autoridade da Igreja, a primazia do Papa e o poder dos Concílios. Ele disse que a Igreja tinha tanta autoridade quanto a Palavra de Deus; que a Igreja havia mudado o sábado, ordenado por Deus, para o domingo, e abolido a circuncisão, anteriormente ordenada por [sua] Divina Majestade; e que estes preceitos foram mudados, não pela pregação de Cristo, mas pela autoridade da Igreja. Voltando-se aos padres, ele os exortou a trabalharem constantemente contra os protestantes, sendo assegurado que, assim como o Espírito Santo não pode errar, nenhum deles podia igualmente enganar-se. [7]

Catecismo do Concílio de Trento


Publicado sob os auspícios de Pio V, este manual da Igreja declara: "Mas a Igreja de Deus em sua sabedoria ordenou que a celebração do sábado fosse transferida para 'o Dia do Senhor'." [8]

Richard Challoner


Em seu Catholic Christian Instructed, Challoner desenvolve o seguinte diálogo para explicar a substituição do sábado pelo domingo:

P. Quais os dias que a Igreja ordena que sejam santificados?
R. O primeiro dia, o domingo, ou Dia do Senhor, que observamos por tradição apostólica, ao invés do sábado...
P. Que autorização vocês têm para guardar o domingo, de preferência ao antigo dia de descanso, o sábado?
R. Temos para isto a autoridade da Igreja Católica e da tradição apostólica.
P. A Escritura ordena em algum lugar a observância do domingo em lugar do sábado?
R. A Escritura nos manda ouvir a Igreja, S. Mat. xviii, 17. S. Luc. x. 16, e reter as tradições dos apóstolos, II Ts. ii. 15, mas a Escritura não menciona especificamente a mudança do sábado. S. João fala do Dia do Senhor, Ap. i. 10, mas não nos diz que dia da semana foi, muito menos que este dia substituía o sábado ordenado nos mandamentos; S. Lucas também fala dos discípulos se reunindo para partirem o pão no primeiro dia da semana, Atos xx. 7. E S Paulo, I Cor. xvi 2, ordena que, no primeiro dia da semana, os coríntios deviam separar o que pudessem para dar em caridade aos fiéis na Judeia, mas nem um nem outro nos diz que este primeiro dia da semana seria, doravante, o dia de adoração e o sábado cristão, de modo que, na verdade, a melhor autoridade que temos para isso é o testemunho e ordenança da Igreja. E, portanto, aqueles que pretendem guardar devotamente o domingo, enquanto ignoram outras festas ordenados pela mesma Igreja, mostram que agem por capricho, e não pela razão e fé, visto que domingos e festas estão todos sobre o mesmo fundamento, ou seja, a ordenança da Igreja. [9]

John Perry


Em A Full Course of Instructions for the Use of Catechists, o reverendo Perry expõe o seguinte:

I. Que dia da semana é o Sétimo dia ou dia de Descanso?
O sábado.
Então por que não guardar o santo Sábado?
Porque a Igreja, no tempo dos apóstolos, transferiu a observância do Sétimo dia para o Primeiro dia da semana... Os protestantes professam basear toda sua Religião na Bíblia, mas onde ela lhes diz que a observância do Sábado foi transferida do Sétimo dia para o Primeiro dia da semana? [10]

Laurence Vaux


Em seu Catechisme or Christian Doctrine, Vaux se refere ao mandamento do sábado com estas palavras:

Qual é o terceiro mandamento de Deus?
Lembra-te de santificar e guardar o dia de Sábado. Na lei de Moisés, ordenou-se ao povo santificar e guardar o dia de descanso, o dia que chamamos Sábado, ou sétimo dia. Porque depois de o Deus todo-poderoso haver criado toda espécie de criaturas em seis dias, no sétimo descansou, ou deixou de criar qualquer nova criatura. Mas na lei da graça não santificamos ou guardamos o sétimo dia, chamado Sábado; santificamos e guardamos, porém, o dia seguinte, chamado Domingo, ou dia de nosso Senhor: o dia em que Cristo, nosso Senhor, ressurgiu da morte, fazendo da humanidade (que foi criada terrena) uma criação celestial no dia de sua ressurreição. Este preceito de santificar ou guardar o Domingo, ou dia do Senhor, abrange todas as festas e dias santos instituídos e ordenados pela Igreja... [11]

Catholic Mirror


Este periódico católico de Baltimore, Maryland, publicou o seguinte em sua edição de 23 de setembro de 1893:

A Igreja Católica, mais de mil anos antes da existência de um único protestante, em virtude de sua divina missão, mudou o dia de sábado para o domingo... Quando foi fundado, o mundo protestante encontrou o dia de sábado cristão [o domingo] profundamente enraizado para se opor à sua existência; viu-se, portanto, diante da necessidade de aquiescer com a mudança, o que implicava o reconhecimento do direito da Igreja de mudar o dia, mais de trezentos anos depois. O sábado cristão é, portanto, até hoje reconhecido rebento da Igreja Católica como esposa do Espírito Santo, sem uma única palavra de contestação do mundo protestante. [12]

James Bellord


Em seu manual do catolicismo, consta a seguinte explicação:

Qual era o dia de repouso?
O sétimo dia, nosso sábado.
Vocês guardam o sábado?
Não: guardamos o Dia do Senhor.
Qual dia é este?
O primeiro dia: domingo.
Quem efetuou a mudança?
A Igreja Católica. [13]

Catholic Encyclopedia


Na edição de 1908, vol. 4, encontra-se o seguinte:

A Igreja, por outro lado, depois de mudar o dia de descanso do sábado judaico, ou sétimo dia da semana, para o primeiro dia, fez o terceiro mandamento [do catecismo] referir-se ao domingo como o dia a ser santificado na qualidade de Dia do Senhor. [14]

Na edição de 1912, vol. 14, há esta declaração:

... encontramos São Cesário de Arles ensinando no sexto século que os santos Doutores da Igreja haviam decretado que toda a glória do sábado judaico tinha sido transferida para o domingo, e que os cristãos devem santificar o domingo da mesma forma que os judeus foram ordenados a santificar o dia de sábado." [15]

James Gibbons


O então arcebispo de Baltimore e primaz dos Estados Unidos declarou:

A regra de fé, ou um guia competente para o céu, deve ser capaz de instruir em todas as verdades necessárias à salvação. Assim sendo, as Escrituras unicamente não contêm todas as verdades que o cristão é obrigado a crer, nem pode explicitamente intimar todos os direitos que ele é obrigado a praticar. Sem mencionar outros exemplos, não são todos os cristãos obrigados a santificar o domingo e abster-se nesse dia do trabalho servil desnecessário? Não é a observância desta lei o mais proeminente dentre nossos deveres sagrados? Contudo, podeis ler a Bíblia do Gênesis ao Apocalipse e não encontrareis uma única linha que autorize a santificação do domingo. As Escrituras ordenam a observância religiosa do sábado, um dia que nós nunca santificamos. [16]

Doutrina Catholica de Boulenger


Nesta obra, consta o seguinte sobre a mudança do dia de descanso:

No Antigo Testamento, a lei de Moisés estabeleceu o sábado para repouso e celebração do culto. Recordava e honrava a obra da criação, pela qual Deus trabalhou seis dias, descansando no sétimo... A religião cristã adotou, quase à risca, os usos dos Judeus. No que se refere ao sábado, substituiu-o pelo domingo, em memória da Ressurreição de nosso Senhor." [17]

Peter Gasparri


No Catholic Catechism, o cardeal Gasparri escreveu:

O que Deus ordena no Terceiro Mandamento - "Lembra-te de santificar o Dia do Senhor"?
No Terceiro Mandamento... Deus ordena que os dias de festas - isto é, dias dedicados a Ele - devem ser dedicados ao culto divino. Negócios e labutas físicas são postas de lado.
Quais foram os dias de festas no Antigo Testamento?
No Antigo Testamento havia muitos dias de festa, mas o principal deles era o sábado, cujo nome indica o repouso necessário para a adoração a Deus, motivo pelo qual é chamado "o dia de descanso".
Por que o dia de sábado não é observado sob o Novo Testamento?
O dia de sábado não é observado sob o Novo Testamento porque em seu lugar a Igreja observa o domingo em honra à Ressurreição de Jesus Cristo e à descida do Espírito Santo no Pentecostes; a Igreja também acrescentou outros dias de festa. [18]

Catecismo de Pio X


Este catecismo expõe o seguinte diálogo:

1 P. O que o Terceiro Mandamento: "Lembra-te de santificar o dia de sábado", nos ordena fazer?
R. O Terceiro Mandamento... nos ordena honrar a Deus mediante atos de adoração durante as festas.
2 P. Quais são essas festas?
R. Na Antiga Lei, eram os sábados e outros dias considerados especialmente solenes pelos judeus; na Nova Lei, são os domingos e outras festas instituídas pela Igreja.
3 P. Por que o domingo é santificado em lugar do sábado na Nova Lei?
R. O domingo, que significa o Dia do Senhor, substituiu o sábado porque foi nesse dia que nosso Senhor ressuscitou dos mortos. [19]

P.J. Kenedy


No Library of Controversy, de 1854, encontra-se o seguinte:

É verdade, os católicos não mantêm, como os protestantes professam fazer, que nada pode, eventualmente, ser assunto de revelação divina que não esteja contido nas Sagradas Escrituras, nem podem os próprios protestantes fazê-lo de fato, embora o façam em palavras, pois eles acreditam que a inspiração da Sagrada Escritura seja uma questão de revelação divina, mas isso, a partir da própria natureza do caso, não pode se basear no testemunho da mesma Escritura. Assim, também, no que tange ao dever de batizar crianças e de observar o domingo em vez do sábado como o descanso cristão, questões sobre os quais os protestantes acreditam e agem como os católicos, enquanto ainda se embaraçam no sentido de encontrar fundamento bíblico para assim procederem. [20]

Monsenhor Louis de Sègur


Referindo-se ao fato de católicos e protestantes observarem o mesmo descanso dominical, declara o seguinte:

É oportuno lembrar que esta observância do período de repouso [o domingo], - na qual, afinal, simplesmente se baseia o culto protestante, - não só não tem fundamento na Bíblia, mas está em flagrante contradição com a letra que ordena o dia de descanso, que é o sábado. Foi a Igreja Católica que, pela autoridade de Jesus Cristo, transferiu este repouso [o sábado] para o Domingo, em memória da ressurreição de nosso Senhor. Deste modo, a observância do Domingo pelos protestantes é uma homenagem que eles prestam à autoridade da Igreja, contradizendo-se a si mesmos. [21]

Henry Gibson


Em seu catecismo, o rev. Gibson faz esta declaração:

Vocês devem ter notado, meus queridos filhos, que o dia de descanso que guardamos não é o mesmo que foi observado pelos judeus. Eles observavam e ainda observam o dia de repouso no sábado, nós, no domingo; eles no sétimo dia, nós, no primeiro dia da semana. Por isso os judeus fecham suas lojas e comparecem às sinagogas no sábado, mas o domingo é observado como dia de descanso por todos os cristãos, mesmo por aquelas seitas que estão separadas da Igreja Católica. Você perguntará: Qual é a razão disso? É porque os Apóstolos, que foram os primeiros pastores da Igreja, pela autoridade que receberam de nosso Bendito Senhor para regular tudo o que diz respeito ao seu culto público, mudaram o dia designado para a observância do descanso do sábado para o domingo – do sétimo dia para o primeiro dia da semana. E por que o fizeram? Para honrar a gloriosa Ressurreição de nosso Senhor e a descida do Espírito Santo sobre os Apóstolos, mistérios que foram realizados no primeiro dia da semana. A partir daí podemos entender quão grande é a autoridade da Igreja para interpretar ou explicar os mandamentos de Deus – uma autoridade que é reconhecida pela prática universal de todo o mundo cristão, mesmo das seitas que professam tomar as Sagradas Escrituras como sua única regra de fé, pois observam como dia de descanso não o sétimo dia da semana ordenado pela Bíblia, mas o primeiro dia, que sabemos ser santificado somente a partir da tradição e ensinamentos da Igreja Católica. [22]

Western Watchman


Um artigo intitulado "O Domingo Cristão", sinopse de um sermão apresentado na Catedral de St. Andrews pelo Dr. Callaghan, apresenta esta passagem:

E agora gostaríamos de indagar sobre quais motivos religiosos para uma observância mais estrita do domingo esses enérgicos defensores [protestantes] baseiam suas alegações, a fim de fazer do domingo um dia de adoração. Se toda nova lei está contida nas Escrituras, não há uma única centelha de prova de que este é o dia divinamente estabelecido. Seu refúgio não está edificado sobre a areia – sua condição é pior, não tem fundamento algum. Diz-se na Sagrada Escritura que 'no primeiro dia da semana os discípulos estavam reunidos para a oração e no partir do pão'. E também diz que em 'outra ocasião, eles estavam reunidos para o mesmo fim no primeiro dia da semana para ouvir S. Paulo, que pregava até a meia-noite'. S. João, diz-se, estava em espírito no 'dia do Senhor'. Mas isso é uma mera narração dos fatos, não a promulgação de uma lei. Quem, então, instituiu o domingo, o primeiro dia da semana, como o recém-nomeado dia de adoração? O organismo divino, que traça a sua história através dos séculos remontando a Cristo, que recebeu a comissão, 'Ide e ensinai todas as nações', que recebeu das mãos de Cristo, o divino fundador da nova aliança, a nova lei de culto, em cujas mãos o dom da verdade infalível foi colocado. A fim de que à organização divina, à Igreja Católica, fosse dada a lei de adoração, e só ela decretou e somente ela tinha o direito de decretar que o domingo, primeiro dia da semana, devesse ser o novo dia do culto religioso... Todos fora dela [os protestantes] estão lutando, do ponto de vista religioso, por uma causa que não lhes pertence. O domingo cristão recai exclusivamente sobre os ensinamentos da tradição, que eles rejeitam. [23]

Stephen Keenan


Em seu Controversial Catechism, Keenan apresenta este interessante diálogo:

P. Não deve um protestante sensato duvidar seriamente quando descobre que até mesmo a Bíblia não é seguida como regra por seus prosélitos?
R. Certamente, quando os vê batizar crianças, revogar o sábado judaico e observar o domingo, para o qual não há nenhuma autoridade escriturística; quando ele os encontra negligenciando o lavar os pés um dos outros, que é expressamente ordenado, e comendo sangue e coisas estranguladas, que são expressamente proibidos nas Escrituras. Deve duvidar, se ele pensa em todas essas coisas. [...]
P. Não deve o protestante duvidar quando descobre que ele próprio mantém a tradição como um guia?
R. Sim, se ele, porém, refletisse que não tem nada, senão a Tradição Católica para santificar o domingo... [24]

Bible Echo


Em seu número de 15 de outubro de 1900, citando a edição de 25 de agosto do mesmo ano do Catholic Press, de Sidnei, Austrália, apresenta o seguinte:

Mas há algo que ainda falta para uma declaração completa da posição insustentável tomada por aqueles que persistem na observância do 'sábado'. Que direito, de qualquer modo, têm estes senhores como protestantes de estabelecer a lei quanto ao que deve ou não ser feito no domingo? O domingo é uma instituição católica, e as reivindicações à sua observância só podem ser defendidas com base em princípios católicos. Se a 'Bíblia e a Bíblia só é a religião dos protestantes', se 'tudo o que não se lê ali também não pode ser provado' e não tem nenhuma prerrogativa em relação à fé ou à prática, qual fragmento de documento pode ser apresentado para sustentar todas as suas insistências dogmáticas como as exigências do Dia do Senhor? Do início ao fim das Escrituras não há uma única passagem que justifique a transferência do culto público semanal do último dia da semana para o primeiro dia. Assim, a observância do domingo é um complemento incongruente da fé protestante, totalmente fora de sintonia com o seu princípio fundamental, e sugere fortemente uma religião que foi precipitadamente fundada. Se qualquer sabatista quiser saber a maneira correto de observar o domingo, a Igreja Católica é a fonte natural para obter informações. Sob sua direção, o domingo substituiu o sábado judaico, e ela está, portanto, melhor preparada para dirimir qualquer controvérsia quanto às suas reivindicações. [25]

Francis George Lentz


O rev. Lentz apresenta este significativo diálogo:

P. (a) A Bíblia diz: "O sétimo dia é o sábado do Senhor", e lemos em sua literatura que este é o único sábado bíblico que existe. Por favor, explique como a observância do domingo se originou? (b) Você acha que o Adventista do Sétimo Dia guarda o dia certo?

R. (a) Se você seguir somente a Bíblia, não pode haver dúvida de que você é obrigado a santificar o sábado, pois este é o dia especialmente prescrito pelo Deus Todo-Poderoso para ser santificado ao Senhor. Na observância do domingo, os não católicos estão simplesmente seguindo uma prática de 1.800 anos da Igreja Católica; seguem uma tradição, não um mandamento bíblico. O que gostaríamos de saber é: Uma vez que eles negam a autoridade da Igreja, sobre qual razão podem basear sua fé ao guardarem o domingo? Aqueles que guardam o sábado, como os Adventistas do Sétimo Dia, têm inquestionavelmente fundamento para esta prática. E eles [os protestantes] não podem apresentar-lhes qualquer resposta que satisfaça uma mente imparcial. No caso dos católicos, não há dificuldade sobre o assunto. Pois, uma vez que negam que a Bíblia é a única regra de fé, podem recorrer à prática e tradição inalteráveis da Igreja... [26]

Bertrand L. Conway


A edição de 1912 de seu Question-Box Answers expõe o seguinte:

Que autoridade há na Bíblia para a mudança do dia de descanso do sétimo dia para o primeiro dia da semana? Quem deu ao Papa a autoridade para mudar um mandamento de Deus?

Se a Bíblia é o único guia para o cristão, então o Adventista do Sétimo Dia está certo em observar o sábado, como o judeu. Mas os católicos sabem no que acreditar e reconhecem a Igreja Católica como a autoridade divina infalível, estabelecida por Jesus Cristo, que nos tempos apostólicos instituiu o domingo, o dia de descanso em honra à ressurreição de nosso Senhor nesse dia, e para distinguir claramente o judeu do cristão. S. Justino Mártir (Apol., c. 67) fala da antiga reunião dos cristãos para o sacrifício da santa missa no domingo. Não é estranho que aqueles que fazem da Bíblia seu único mestre sigam de forma inconsistente a tradição da Igreja neste assunto? [27]

Our Sunday Visitor


Este periódico católico publicou o seguinte sobre a observância do domingo:

Edição de 26 de outubro de 1913:

É verdade que a Igreja Católica substituiu a observância do sábado bíblico pela observância do domingo? É verdade também que os chamados protestantes se contradizem semanalmente por calcar com os pés o sábado do sétimo dia bíblico e aceitar o domingo católico, rejeitando todas as demais festas da Igreja? Além disso, é verdade, como se afirma no Doctrinal Catechism, de Keenan, p. 174, que a Igreja Católica considera este ato como a marca de seu poder em questões religiosas?

Sim, é verdade que os protestantes contradizem sua teoria de "Somente a Bíblia" ao guardarem o domingo em lugar do sábado, pois em nenhum lugar da Bíblia se pode encontrar um texto claro que mostre que Cristo mudou o dia de adoração do sábado para o domingo. Apenas com base na tradição, que os protestantes afirmam rejeitar, a observância do domingo pode ser justificada. Não é verdade que a Igreja Católica ostenta ao mundo o costume cristão como uma marca de seu poder em questões religiosas, mas se refere a ele como um exemplo da incoerência protestante. O sábado era o dia de descanso e foi observado como tal mesmo por Cristo. Somente após seu retorno ao céu, os Apóstolos (em outras palavras, a Igreja), substituíram o sábado pelo domingo por várias razões, entre elas: (1) porque Cristo ressuscitou dos mortos no domingo, (2) porque o Espírito Santo desceu sobre os apóstolos no domingo, e (3) porque a ênfase devia ser colocada no fato de que a antiga dispensação havia chegado ao fim, e uma nova era, com uma nova religião fora inaugurada. Os primeiros conversos à fé cristã eram judeus, que, mesmo depois de sua conversão, queriam cumprir sua Lei Mosaica tradicional. A melhor maneira de afastá-los para longe dessa lei foi através da mudança do dia verdadeiro, em que, como membros da Igreja Hebraica, estavam acostumados a adorar a Deus.

Edição de 16 de maio de 1915:

Havia muitas e boas razões para a mudança. Não havia nenhuma outra maneira mais vigorosa para estabelecer a distinção entre cristãos e judeus, do que em pôr de lado os dias judaicos e os períodos de culto religioso e estabelecer novos dias e festas de acordo com a liberdade do Evangelho. O primeiro dia da semana foi santificado pelos Apóstolos, porque nesse dia Cristo ressuscitou dentre os mortos, e também porque nesse dia o Espírito Santo desceu sobre os Apóstolos. A observância do domingo se baseia na Tradição, não nas Escrituras, as quais não são explícitas quanto a este ponto, mas o costume uniforme de observar o domingo é tão manifestamente de origem Apostólica que quase todas as seitas protestantes se acomodaram a esse costume universal da cristandade.

Edição de 19 de novembro de 1916:

Quais são as passagens da Bíblia que se referem à mudança do dia de adoração do sábado para o domingo?
Não existem tais passagens diretas. A mudança, no entanto, foi feita tal como a conhecemos desde os primeiros documentos cristãos depois da Bíblia. É necessário aceitar não só a Bíblia, mas também a tradição cristã, isto é, os ensinamentos e práticas que a Igreja tem mantido sagrados em todos os tempos e lugares. [28]

John Stoddard


Em Rebuilding a Lost Faith by an American Agnostic, Stoddard afirma o seguinte:

Os protestantes muitas vezes ridicularizam a autoridade da tradição da Igreja e alegam serem dirigidos unicamente pela Bíblia, ainda que tenham sido guiados também pelos costumes da antiga Igreja, que não têm base na Bíblia, mas somente na tradição eclesiástica! Um exemplo marcante disso é o seguinte: o primeiro mandamento positivo do Decálogo é "lembra-te do dia de sábado para santificá-lo", e este preceito foi imposto aos judeus por milhares de anos. Não obstante, a observância do sábado como dia de descanso foi ordenada por Deus e é esse dia que deveríamos guardar. Contudo, quem entre católicos e protestantes, exceto uma ou duas seitas, como os "Batistas do Sétimo Dia", guardaram alguma vez esse mandamento? Ninguém. Por que razão? A Bíblia, que os protestantes dizem obedecer exclusivamente, não autoriza a substituição do sétimo dia da semana pelo primeiro dia. Com que autoridade, portanto, observam o domingo? Claramente sobre a autoridade da verdadeira Igreja que eles abandonaram e cujas tradições condenam. [29]

The Catholic Record


Na edição de 1º de setembro de 1923, encontra-se esta declaração:

No que se refere à observância do dia de repouso, a regra de fé protestante é totalmente incapaz de explicar a substituição do sábado judaico pelo domingo cristão. Houve uma mudança. A Bíblia ainda ensina que o dia de descanso ou sábado deve ser observado. Não há nenhuma autoridade no Novo Testamento para a substituição do sábado pelo domingo. Certamente é uma questão importante. Está lá na Bíblia como um dos Dez Mandamentos de Deus. Não há nenhuma autoridade na Bíblia para revogar este mandamento, ou transferir sua observância para outro dia da semana. Para os católicos, não há a menor dificuldade. "Todo o poder me foi dado no céu e na terra, como o Pai me enviou, assim também eu os envio", disse nosso Senhor Divino ao dar Sua grande comissão aos Seus apóstolos. "Aquele que vos ouve, ouve a Mim". Temos na voz autorizada da Igreja a voz do próprio Cristo. A Igreja está acima da Bíblia, e esta transferência da observância do sábado para o domingo é uma prova positiva desse fato. Negue a autoridade da Igreja e você não terá nenhuma explicação adequada ou razoável, ou justificativa para a substituição do sábado pelo domingo no Terceiro Mandamento de Deus – Quarto, para os protestantes. Como o senhor Rev. Smith observa corretamente: "O sábado judaico não é o domingo, o dia do Senhor. Todos os cristãos pecam quando se referem ao domingo como sendo o sábado". Os que falam assim são "cristãos da Bíblia", aqueles que fazem da Bíblia sua única regra de fé; e a Bíblia está em silêncio sobre a observância do domingo, referindo-se somente à observância do sábado. [30]

John Fander


Na sexta edição de seu catecismo, o rev. Fander declara: "Se quisermos consultar somente a Bíblia, sem a tradição, devemos, por exemplo, santificar tranquilamente o sábado como os judeus, em vez de santificar o domingo..." [31]

Martin J. Scott


Em seu Things Catholics are Asked About, Scott faz esta afirmação:

Alguns não católicos se opõem ao Purgatório porque não há nenhuma menção específica a seu respeito nas Escrituras. [Também] não há menção específica à palavra domingo nas Escrituras. Ela menciona o dia de descanso, que é o sábado. No entanto, os cristãos de quase todas as denominações cultuam no domingo, não no sábado. Os judeus observam o sábado. Em nenhum lugar da Bíblia se diz que o dia de adoração deve ser mudado do sábado para o domingo. O fato é que a Igreja já existia há vários séculos antes de a Bíblia ser dada ao mundo. A Igreja fez a Bíblia, a Bíblia não fez a Igreja. A Igreja que nos deu a Bíblia instituiu, pela autoridade de Deus, o domingo como dia de adoração. Esta mesma Igreja, pela mesma autoridade divina, ensinou a doutrina do Purgatório muito antes da Bíblia. Segue-se, portanto, que a mesma autoridade que existe para o Purgatório existe também para o domingo. [32]

H. Canon Cafferata


Em seu catecismo, encontra-se a seguinte exposição:

192. Qual é o terceiro mandamento?
O terceiro mandamento é: "Lembra-te de santificar o Dia do Senhor".
193. O que o terceiro mandamento nos ordena?
O terceiro mandamento nos ordena a santificar o domingo.
O sábado era o dia de descanso judaico; nós cristãos santificamos o domingo. A Igreja, pelo poder que nosso Senhor deu à ela, mudou a observância do sábado para o domingo.
Uma palavra sobre o domingo. Deus disse: "Lembra-te de santificar o dia de sábado". O sábado era o dia de descanso, não o domingo; por que, então, santificamos o domingo em lugar do sábado? A Igreja mudou a observância do sábado para o domingo em comemoração ao fato de nosso Senhor ter ressuscitado dos mortos no domingo de Páscoa e da descida do Espírito Santo sobre os apóstolos no Pentecostes. Os protestantes que dizem seguir a Bíblia, e a Bíblia somente, e que não acreditam em nada que não esteja na Bíblia, devem se sentir um pouco embaraçados com a guarda do domingo, quando Deus claramente diz: "Santifiquem o dia de sábado". Não há na Bíblia nenhuma menção à palavra domingo, e assim, sem saber, estão obedecendo à autoridade da Igreja Católica. [33]

The Sign-Post


Destinada à instrução na fé católica, este periódico publicou o seguinte em seu número de agosto de 1941:

Domingo no lugar do Sábado

Os Adventistas dos Sétimo Dia afirmam que os apóstolos não tinham o direito nem o poder para substituir o sábado pelo domingo. Cristo, dizem eles, veio para cumprir a Lei de Deus, e nem um jota foi omitido. Eles sustentam que a ressurreição de Cristo e a descida do Espírito Santo em um domingo não são razão para mudar a lei.

Os Apóstolos não mudaram o sábado para o domingo; ambos permanecem dias distintos da semana. Mas o que os Apóstolos e seus sucessores fizeram foi transferir as obrigações inerentes ao sábado, o culto divino e a cessação do trabalho servil para o domingo. Isso foi feito gradualmente. Não foi até por volta do segundo século da era cristã que a observância do domingo em lugar do sábado se tornou universal. São Tomás de Aquino ensina que a observância do domingo na Nova Lei sucede a observância do sábado na antiga lei, não em virtude de um preceito divino, mas pela autoridade da Igreja e o costume dos cristãos. Essa mudança introduzida pela Igreja deve ter tido a sanção de Cristo, que é o Senhor do sábado, e que prometeu estar "com" a Igreja até a consumação do mundo. [...]

A santificação de um dia da semana provém de lei divina, mas a determinação do dia na Nova Lei foi deixada a critério da Igreja. Visto que os preceitos cerimoniais e judiciais da Antiga Lei foram abolidos pela Nova Lei, a Igreja determinou que o primeiro dia da semana fosse dedicado ao culto divino e descanso físico, a fim de distinguir a verdadeira religião da religião Mosaica, que foi suplantada pelo cristianismo. [34]

The Catholic Virginian


Em um artigo intitulado "Para Dizer a Verdade", consta esta declaração:

Todos nós cremos em muitas coisas relacionadas à religião que não se encontram na Bíblia. Por exemplo, em nenhum lugar da Bíblia encontramos que Cristo ou os apóstolos ordenaram que o dia de descanso fosse mudado do sábado para o domingo. Temos o mandamento de Deus dado a Moisés para santificar o Dia do Senhor, que é o 7º dia da semana, o sábado. Hoje a maioria dos cristãos guarda o domingo porque nos tem sido declarado pela Igreja independentemente da Bíblia. [35]

Hugo Bressane de Araújo


Em seu livro Perguntas e Respostas I, o cônego Araújo apresenta este diálogo:

P. Que dia da semana a Bíblia manda santificar?
R. O sábado.
Eis as passagens da Bíblia... [o autor cita Êx 20:8; 31:14; Dt 5:12].
P. Mas a Bíblia manda observar o domingo em vez do sábado?
R. Não.
P. Quem mudou o dia do Senhor de sábado para domingo?
R. A Igreja Católica.
P. Mas os protestantes observam o descanso no domingo.
R. Então neste ponto seguem a tradição católica contra a qual sempre estão a clamar.
P. Mas dizem os protestantes que S. Paulo manda guardar o domingo.
R. Não, S. Paulo, na I Epístola aos Coríntios, cap. XVI, só ordena que se faça uma coleta para os pobres no primeiro dia da semana, eis as palavras do Apostolo: vers. 2. "Ao primeiro dia da semana, cada um de vós ponha de parte alguma cousa em casa, guardando assim o que bem lhe parecer, para que se não façam coletas quando eu chegar".
Porventura esta determinação do Apostolo acerca das esmolas para os pobres de Jerusalém anula o preceito sobre a observância do sábado?
P. Dizem os protestantes que S. João, no Apocalipse, manda guardar o dia de domingo.
R. Não. S. João somente diz que teve uma revelação nesse dia, cap. I, vers. 10: "E fui arrebatado em espírito em um dia de domingo". Foi esta a primeira visão que teve o Apostolo S. João. Depois teve muitas outras.
Onde, pois, S. João manda observar o domingo em lugar do sábado?
P. Que dizer, pois, dos protestantes que, não reconhecendo a tradição e o poder da Igreja Católica, guardam o domingo em vez do sábado?
R. Ou devem guardar o sábado, ou estão em contradição com a Bíblia. [36]

John A. O’brien


Este erudito católico apresenta a seguinte questão:

Visto que o sábado, e não o domingo, é especificado na Bíblia, não é curioso que os não católicos, que alegam extrair sua religião diretamente da Bíblia, e não da Igreja, observem o domingo em lugar do sábado?" E então acrescenta que a observância do domingo "se baseia na autoridade da Igreja Católica, e não em um texto explícito da Bíblia. [37]

John J. Dietzen


Referindo-se à liturgia eucarística, apresenta este interessante diálogo:

Algumas semanas atrás eu vi uma referência à obrigação de ouvir a missa no domingo, vinculando-a ao mandamento de santificar o dia de sábado. Esta é realmente uma lei que nem mesmo o papa poderia mudar?

O mandamento para "santificar o dia de sábado" jamais poderia ser interpretado como um mandamento referente à Missa Dominical. Por um lado, a missa surgiu muitos séculos depois de Moisés ter recebido os Dez Mandamentos. Por outro lado, o dia de descanso – a partir do verbo hebraico 'sabat', descanso – era o sábado, o sétimo dia da semana, e não o domingo. Os cristãos, evidentemente, celebram o domingo como dia do Senhor desde os primeiros séculos, mas a obrigação de assistir à missa no domingo tal como a conhecemos é relativamente recente. Essa obrigação, tal como agora existe na lei eclesiástica, poderia ser removida ou modificada pela própria igreja.

O sábado foi mudado para o domingo?

Há uma possibilidade de que poderia ser alterado novamente algum dia? Os Adventistas do Sétimo Dia estão distribuindo folhetos que lidam com este assunto, e eles são tão convincentes que decidi ir à Missa vespertina até que isso seja explicado.

Muito cedo os cristãos mudaram o dia de "Descanso" para o domingo devido a uma variedade de razões. Primeiro, o fato de que a ressurreição de Jesus está registrada nas Escrituras como tendo ocorrido no primeiro dia da semana certamente tinha muito a ver com fato de que este parecia ser o dia mais apropriado para celebrar a Eucaristia, a fim de comemorar esse evento. Os primeiros cristãos também fizeram questão de mudar os seus dias de observância (inclusive dias de jejum) dos prescritos pela lei judaica para enfatizar seu abandono das tradições e costumes do povo de Israel. Quando a Igreja Adventista do Sétimo dia foi fundada em meados do século passado [séc. XIX], os quatro homens e uma mulher que se tornaram seu núcleo estavam de algum modo convencidos de que o sábado, e não o domingo, deve ainda ser o 'dia santo' semanal...

Qual é o dia de descanso?

Geralmente nos referimos ao domingo como o sétimo dia da semana. A Bíblia não diz isso. Ela diz muitas vezes que o sábado é o sétimo dia após seis dias de trabalho. Há uma grande diferença nestes dois setes. O sétimo dia da semana do calendário é uma data fixada a cada semana, mas o sétimo dia após o início do primeiro dia de trabalho pode ser qualquer dia da semana. A Bíblia não fala de qualquer ciclo consecutivo de sete dias até o momento do primeiro sábado dos israelitas. Portanto, sabemos que, antes desta época, não havia um calendário semanal padrão utilizado, tal como o usado no tempo de Cristo. Embora Deus tenha ordenado um dia de descanso sabático, não significa necessariamente que seja o sétimo dia. Deste modo, os santos que guardam o domingo não irão para o inferno por não observar o sábado.

Você pode estar certo. No entanto, não sei como aplicar seu ponto de vista. Não importa o quanto você esteja teoricamente correto, eu não acredito que o argumento terá muito peso em relação às pessoas que acreditam que devemos observar o dia de descanso no sábado. Acredito que você teria dificuldade para encontrar evidências de que a observância de uma semana de sete dias surgiu após a regulamentação judaica de descanso no sétimo dia. Muito antes de a observância do descanso sabático ser uma regulamentação estabelecida entre os hebreus, a semana de sete dias não era incomum em várias culturas do Oriente Próximo, incluindo a dos judeus... É inteiramente possível que a tradição hebraica de seis dias de trabalho e um dia de descanso tenha se desenvolvido fora do contexto da semana de sete dias, do qual o último dia seria um dia ou recuperação do trabalho. Em outras palavras, a história do sábado pode ser um estudo fascinante, mas não oferece muito argumento contra os sabatistas (aqueles que insistem no sábado como dia santo). Nossas razões para observar o domingo, como dia santo cristão, provêm de fontes completamente diferentes. [38]

The Catholic Universe Bulletin


Este boletim informativo da diocese de Cleveland, Ohio, publicou o seguinte em sua edição de 14 de agosto de 1942:

Com que autoridade a Igreja mudou a observância do sábado do sétimo dia para o domingo?
A Igreja mudou a observância do sábado para o domingo por direito divino, autoridade infalível dada a ela por seu fundador, Jesus Cristo. O protestante, alegando que a Bíblia é a única regra de fé, não tem garantia para a observância do domingo. Neste assunto, o Adventista do Sétimo Dia é o único protestante coerente. [39]

Vincent J. Kelly


A propósito do dia de descanso, o reverendo Kelly escreveu:

O sábado judaico foi o mais original de todos os dias de culto público amplamente reconhecido, pois foi o próprio Deus que interveio diretamente para aprovar cada sétimo dia como o dia a ser especialmente dedicado ao Seu serviço. Alguns teólogos têm sustentado que Deus determinou o domingo como dia de adoração na Nova Lei, que Ele mesmo substituiu de maneira explícita o sábado pelo domingo. Mas esta teoria foi completamente abandonada. É comumente aceito hoje que Deus simplesmente deu à Sua Igreja o poder para dispor qualquer dia ou dias que ela julgasse convenientes como Dias Santos. A Igreja escolheu o domingo, primeiro dia da semana, e no decorrer do tempo acrescentou outros dias, como dias santos. [40]

Catecismo Romano (1951)


Depois de considerar os benefícios do sábado do sétimo dia, este manual da Igreja se refere ao mandamento divino com estas palavras:

Por este motivo, a Sagrada Escritura ordena muitas vezes a celebração e santificação do sábado, como nos é dado verificar no Êxodo, Levítico, Deuteronômio, nos profetas Isaías, Jeremias e Ezequiel. Em todos os lugares se fala da obrigação de guardar o sábado. (...) A Igreja de Deus, porém, achou conveniente transferir para o domingo a solene celebração do sábado. [41]

James Killgallon


Em seu Life in Christ: Instructions in the Catholic Faith, o reverendo Killgallon declara: "A Igreja, usando o poder de ligar e desligar que Cristo deu ao Papa mudou o dia do Senhor para o domingo, porque foi neste dia (o primeiro dia da semana) que Cristo ressuscitou dos mortos e que o Espírito Santo desceu sobre os apóstolos." [42]

Peter Geirmann


O reverendo Geirmann apresenta o seguinte diálogo:

Pergunta: Qual é o dia de repouso?
Resposta: O sábado é o dia de repouso.
Pergunta: Por que observamos o domingo em lugar do sábado?
Resposta: Observamos o domingo em lugar do sábado porque a Igreja Católica transferiu a solenidade do sábado para o domingo. [43]

Karl Keating


Em seu livro Catholicism and Fundamentalism, Keating afirma:

Afinal, os fundamentalistas se reúnem para adorar no domingo, ainda que não haja evidências na Bíblia de que a adoração coletiva deva ser feita aos domingos. O sábado judaico, ou dia de descanso, é, naturalmente, o sábado. Foi a Igreja Católica que decidiu que o domingo deve ser o dia de adoração para os cristãos, em honra à Ressurreição. [44]

William G. Most


Comentando o terceiro mandamento do Catecismo, declara:

Nos tempos do Antigo testamento, este mandamento requeria guardar o sábado, um dia santo de descanso. O dia foi transferido para o domingo pela autoridade que Cristo deu à Sua Igreja, para comemorar a Ressurreição de Nosso Senhor e o domingo de Pentecostes, quando o Espírito Santo desceu sobre os Apóstolos. [45]

Júlio Maria


Este padre declarou: "Nós católicos romanos guardamos o domingo em lembrança da ressurreição de Cristo, e por ordem do chefe de nossa Igreja, que preceituou tal ordem do sábado ser do Antigo Testamento, e não obrigar mais no Novo Testamento." [46]

Sentinel


Este boletim da Igreja Católica de Saint Catherine, em Algonac, Michigan, fez a seguinte afirmação em seu número de 21 de maio de 1995:

Talvez a decisão mais ousada, a mudança mais revolucionária feita pela Igreja tenha ocorrido no primeiro século. O dia santo, o sábado, foi transferido do sétimo dia para o domingo. "O Dia do Senhor" (dies Dominica) foi escolhido, não por qualquer indicação encontrada nas Escrituras, mas pelo senso da Igreja de seu próprio poder. O dia da ressurreição e o dia de Pentecostes, cinquenta dias mais tarde, ocorreram no primeiro dia da semana. Este seria então o novo sábado. Os que pensam que as Escrituras devem ser a única autoridade, deveriam logicamente tornar-se Adventistas do 7º Dia e santificar o sábado. [47]

This Rock


Este periódico católico traz os seguintes comentários em seu número de junho de 1997:

"O domingo é uma instituição da Igreja Católica Romana, e aqueles que observam o dia cumprem um mandamento da Igreja Católica." "Os protestantes... aceitaram o domingo ao invés do sábado como o dia para adoração pública depois que a Igreja Católica fez a mudança... Mas a mente protestante não parece perceber que... observando o domingo, eles estão aceitando a autoridade do porta-voz da Igreja, o papa." É claro que estas duas antigas citações estão precisamente corretas. A Igreja Católica designou o domingo como dia de adoração coletiva e recebeu todo o crédito – ou responsabilidade – pela mudança. [48]

Leo J. Trese


Na terceira edição de The Faith Explained, Trese faz esta sincera afirmação:

A Bíblia nada diz sobre a mudança do dia do Senhor do sábado para o domingo. Sabemos da mudança apenas pela tradição da Igreja – um fato que nos foi transmitido desde os primeiros tempos pela viva voz da Igreja. É por isso que achamos tão ilógica a atitude de muitos não católicos, os quais afirmam não acreditar em nada que não possam encontrar na Bíblia e, não obstante, guardam o domingo como dia do Senhor com base na autoridade da Igreja Católica. [49]

João Paulo II


Em sua carta Dies Domini (Dia do Senhor), publicada em 31 de maio de 1998, após referir-se ao sábado bíblico como "o dia de repouso... 'abençoado' por Deus e por Ele 'santificado', isto é, separado dos demais dias para ser, de entre todos, o 'dia do Senhor'", acrescentou: "Os cristãos, apercebendo-se da originalidade do tempo novo e definitivo inaugurado por Cristo, assumiram como festivo o primeiro dia depois do sábado, porque nele se deu a ressurreição do Senhor." [50]


Outros testemunhos


Confissão Luterana de Augsburgo


Ao discutir o poder dos bispos católicos, a Confissão reconhece "que a observância do dia do Senhor [o domingo] foi designada pela autoridade da Igreja, no lugar do sábado".  Em outra parte, afirma:

Eles [os católicos] alegam a mudança do Sábado para o Dia do Senhor [o domingo], contrário, como pareça, ao Decálogo; e não têm outro exemplo maior para apresentar do que a mudança do Sábado. Precisam fazer com que o poder da Igreja seja muito engrandecido, pois ela dispensou um preceito do Decálogo. [51]

Chamber’s Encyclopedia


No artigo "Sábado", expõe o seguinte:

Por nenhum dos Pais antes do quarto século é ele [o primeiro dia da semana] identificado com o sábado, nem estabelecem o dever de observá-lo, seja no quarto mandamento ou no preceito ou exemplo de Jesus ou seus apóstolos. [...] Inquestionavelmente, a primeira lei, seja eclesiástica ou civil, pela qual a observância sabática daquele dia é conhecida como havendo sido ordenada, é o edito de Constantino, de 321 A.D. [..] Não foi, porém, até o ano 538 que a abstinência do trabalho agrícola no domingo foi recomendada, ao invés de imposta, por uma autoridade eclesiástica (o Terceiro Concílio de Orleans), e esta declara que as "pessoas podem ter mais tempo livre para ir à igreja e dizer suas orações"; nem foi até o fim do século IX que o imperador Leão, "o filósofo", revogou a isenção de que gozava no âmbito do edito de Constantino. E desde então, o dia do Senhor tem sido cuidadosamente estabelecido por lei como um dia de repouso; o quarto mandamento seria mais do que nunca utilizado pelo clero como um meio de convencer a sua observância [do domingo]. [52]

William Prynne


Este famoso teólogo inglês, comentando o cânon 39 do Concílio de Laodiceia, afirmou:

O sábado do sétimo dia foi celebrado por Cristo, pelos apóstolos e pelos cristãos primitivos, até o Concílio Laodiceano abolir completamente sua observância [...] O Concílio de Laodiceia, em 364 A.D., estabeleceu primeiramente a observância do Dia do Senhor, e proibiu a guarda do sábado judaico sob anátema. [53]

Lyman Abbott


Editor do Christian Union, escreveu o seguinte na edição de 19 de janeiro de 1882: "A noção geral de que Cristo e seus apóstolos substituíram oficialmente o sétimo dia pelo primeiro dia encontra-se absolutamente destituída de qualquer autoridade no Novo Testamento". [54]

Igreja Protestante Episcopal


No que diz respeito ao dia de repouso, declara: "Atualmente, o dia [de descanso] continua sendo o primeiro dia em lugar do sétimo dia [...] mas como não encontramos nenhuma instrução bíblica para a mudança, podemos concluir que ela foi feita pela autoridade da igreja". [55]

Bispo Seymour


Suas palavras foram citadas em Por que Guardamos o Domingo: "Fizemos a mudança do sétimo dia para o primeiro, do sábado para o domingo, com base na autoridade da única e santa igreja católica e apostólica de Cristo". [56]

Christian at Work


Em sua edição de 08 de janeiro de 1885 há esta declaração: "A escolha do Domingo, que alterou assim o dia especial designado no quarto mandamento, foi feita pela conformidade gradual da igreja cristã primitiva, e sobre esse princípio, e em nenhum outro, fizeram do sábado cristão, o primeiro dia da semana, justamente o [dia de] repouso". [57]

N. Summerbell


Em History of the Christians, Summerbell diz: "Ela [a Igreja Católica] modificou o quarto mandamento, abolindo o sábado da Palavra de Deus e instituindo o domingo como um dia santo". [58]

New York Weekly Tribune


Em seu número de 24 de maio de 1900, apresenta o seguinte: "Existe algum mandamento expresso para a observância do primeiro dia da semana como dia de descanso, em vez do sétimo dia? – Nenhum. Nem Cristo, nem os apóstolos, nem os primeiros cristãos celebravam o primeiro dia da semana em lugar do sétimo dia como dia de repouso". [59]

The Watchman


Esta publicação batista escreveu: "Em nenhuma parte as Escrituras mencionam o primeiro dia da semana como dia de descanso [...] Não há autoridade bíblica para observá-lo, nem evidentemente qualquer mandamento bíblico". [60]

Edward F. Wiscox


Autor do Manual da Igreja Batista, o rev. Wiscox declarou em uma reunião para ministros em Nova York:

Para mim, é incompreensível que Jesus, vivendo durante três anos com os seus discípulos, conversando com eles muitas vezes sobre a questão do sábado, tratando-a nos seus vários aspectos, ressalvando-a das várias interpretações, nunca Se referisse a uma transferência deste dia; mesmo durante os quarenta dias após Sua ressurreição, não há indicação de tal coisa. Nem tampouco, tanto quanto saibamos, o Espírito Santo, que fora enviado para lhes fazer lembrar tudo quanto haviam aprendido, tratou dessa questão. Nem ainda os apóstolos inspirados, pregando o Evangelho, fundando igrejas, aconselhando e instruindo, discutiram ou abordaram esse assunto. Além disto, estou bem certo de que o domingo foi posto em uso como dia religioso, bem no princípio da história cristã, pois assim aprendemos dos pais da igreja e de outras fontes. No entanto, é lamentável que ele (o domingo) tenha sido adotado com o estigma da marca do paganismo e crismado com o nome do deus sol, quando adotado e sancionado pela apostasia papal, e tenha sido dado ao protestantismo como um legado sagrado. [61]

Hobart Church News (Episcopal)


Na edição de 02 de julho de 1894, este boletim declarou: "A observância do primeiro dia em lugar do sétimo dia repousa sobre o testemunho da igreja, e somente da igreja". [62]

Amos Binney


Em seu seu Theological Compend, Binney, da Metodista Episcopal, reconheceu honestamente: "É verdade que não há um mandamento positivo para o batismo infantil [...] Nem há algum [mandamento] que santifique o primeiro dia da semana". [63]

 A pastoral da Metodista Episcopal de 1874 também declarou: "O sábado, instituído no início e constantemente confirmado por Moisés e os profetas, jamais foi revogado. Como parte da lei moral, nem um jota ou til de sua santidade foi omitido". [64]

George Elliott


Elliott se refere à total ausência de autoridade escriturística para a guarda do domingo com estas palavras: "Não é difícil explicar o completo silêncio do Novo Testamento, na medida em que não apresenta qualquer mandamento explícito para o domingo ou regras definidas para a sua observância". [65]

A.E. Waffle


No livro The Lord’s Day, Waffle reconhece:

Não há nada no exemplo dos apóstolos que obrigue a mais terna consciência a abster-se do trabalho secular no primeiro dia da semana. [...] Até o tempo da morte de Cristo, nenhuma mudança havia sido feita em relação ao dia. [...] Na medida em que o registro [bíblico] mostra, não há, no entanto, qualquer mandamento explícito ordenando o abandono do sábado do sétimo dia e sua observância no primeiro dia semana. [66]

T.M. Preble


Em seu tratado sobre o sábado, Preble declara honestamente: "A palavra Domingo jamais ocorre na Bíblia, e em nenhum caso é a palavra Sábado aplicada ao primeiro dia da semana, mas sempre se refere ao sétimo dia". [67]

N.L. Rice


Este reverendo presbiteriano admitiu: "A história do sábado, desde a ressurreição de Cristo até os dias de hoje, apresenta o seguinte aspecto: Uma mudança do dia a ser observado, do último dia da semana para o primeiro dia. Não há registro de uma ordem expressa autorizando essa mudança". [68]

The Works of President Edwards (Congregacionalista)


Nesta obra, encontra-se a seguinte explicação:

Outro argumento da perpetuidade do sábado, nós a temos em Mateus 24:20: "Orai para que a vossa fuga não aconteça no inverno nem no sábado". Cristo está falando aqui da fuga dos apóstolos e outros cristãos de Jerusalém e da Judéia, justamente antes de sua destruição final, conforme está claro em todo o contexto, e especialmente no verso 16: "Então, os que estiverem na Judéia, fujam para os montes". Mas a destruição final de Jerusalém ocorreu depois da dissolução da constituição judaica e após a dispensação cristã ter sido plenamente estabelecida. Entretanto, está implícito nessas palavras de nosso Senhor que mesmo os cristãos que vivessem nessa época estavam sujeitos a uma estrita obediência ao sábado. [69]

William Miller


Em seu comentário sobre Èxodo 31:16-18, Miller observa:

Este dia de descanso era o sábado do sétimo dia. Deus o chama "meu sábado", e apresenta sua razão: "Porque em seis dias fez o Senhor o céu e a terra, e ao sétimo dia descansou, e achou refrigério". Ele o gravou então no decálogo, e o escreveu sobre as tábuas do testemunho, mostrando claramente que seria obrigatório sob o evangelho, bem como sob a lei. [...] O fato de pertencer aos dez mandamentos, escritos pelo dedo de Deus em ambas as tábuas do testemunho, gravados em pedra para ser um sinal perpétuo e uma aliança perpétua, sem sombra de dúvida prova, em minha opinião, que o mesmo é obrigatório tanto para a igreja cristã como para a judaica, da mesma maneira e pela mesma razão. [70]

Tho. Morer


Em seu livro A Discourse in Six Dialogues on the Name, Notion, and Observation of the Lord’s Day, o rev. Morer reconhece:

Devemos concordar, portanto, que os cristãos primitivos tinham grande veneração pelo sábado, e passavam o dia em devoção e sermões. E não devemos duvidar, pois eles receberam essa prática dos próprios apóstolos, como demonstram nesse sentido as respectivas Escrituras. [71]

Peter Heylyn


No livro History of the Sabbath, o Dr. Heylyn, da Igreja da Inglaterra, comenta:

Nem Ele [Jesus Cristo], ou Seus discípulos, ordenou outro sábado no lugar deste, como se tivessem apenas pretendido mudar o dia e transferir esta honra para outro período. Sua doutrina e prática são diretamente contrárias à tão estranha concepção. É verdade que em algum momento a Igreja, em honra à Sua ressurreição, separou aquele dia no qual Ele ressurgiu para práticas santas, mas isso com base em sua própria autoridade e sem autorização do alto... Vocês podem consultar o que quiserem, sejam os Pais [da Igreja] ou os autores modernos, e não encontrarão nenhum dia do Senhor [o domingo] instituído por qualquer ordenança apostólica, nenhum movimento sabático iniciado por eles no que tange ao primeiro dia da semana, como entendem alguns. [72]

Sir William Domville


Em sua obra The Sabbath, declara honestamente:

Séculos da Era Cristã transcorreram antes que o domingo fosse observado pela igreja cristã como um dia de descanso. A História não nos fornece uma única prova ou indicação de que fosse observado em qualquer época como tal antes do edito dominical de Constantino em 321 a.D. [...] Devo antes de tudo considerar a proposição mantida de que nenhum escritor eclesiástico dos três primeiros séculos atribui a origem da observância do domingo a Cristo ou a seus apóstolos. [73]

Augustus Neander


Este insigne teólogo e historiador alemão escreveu:

O festival do domingo, como todos os outros festivais, sempre foi somente uma ordenança humana, e estava longe das intenções dos apóstolos estabelecerem um mandamento divino a esse respeito, longe deles e da Igreja apostólica primitiva transferir as leis do sábado para o domingo. Talvez tenha sido no final do segundo século que uma falsa aplicação desse tipo começou a ter lugar, pois parece que os homens nessa época consideravam pecado trabalhar no domingo. [74]

Winnipeg Free Press


Periódico de Manitoba, Canadá, publicou a seguinte notícia em sua edição de 27 de outubro de 1949:

O domingo é santificado com base na tradição, não na Escritura, diz líder anglicano

Toronto, 27 de Out. (BUP) – O rev. Philip Carrington, arcebispo anglicano de Quebec, enviou na quarta-feira clérigos locais a uma conferência dizendo abertamente que não há nada para apoiar a santificação do domingo.

O arcebispo Carrington disse desafiadoramente em uma reunião da igreja [...] que a tradição, não a Bíblia, instituiu o domingo como dia de adoração.

Ele citou o mandamento bíblico que diz que o sétimo dia deve ser observado, e depois declarou: "Este [dia] é o sábado".

"Em nenhum lugar a Bíblia prescreve que a adoração deve ser feita no domingo", disse o arcebispo. [75]

John S. Banks


O reverendo Banks admite em seu Manual of Christian Doctrine:

Cristo não desfaz, ele cumpre, ou seja, ele oferece algo melhor. Ele atende às necessidades universais de maneira mais plena e eficazmente. Ele nunca violou por palavra ou ato a lei mosaica do sábado, mas só desconsiderou as interpretações rabínicas da referida lei, condenando as aplicações farisaicas do mandamento do sábado, e não o mandamento em si. [76]


Notas e referências


1. Commentary on the Psalms, citado em Robert Cox, The Literature of the Sabbath Question. Vol. I. Edinburgh: McLachlan and Stewart, 1865, p. 361.

2. The Summa Theologica of St. Thomas Aquinas, Second and Revised Edition, 1920, Question 122: "The precepts of justice", Art. 4, "Reply to Objection 4". Acesso em: 22 set. 2011, 08h53min.

3. Rabanus Maurus. "De Clericorum Institutione", Liber Secundus, Caput XLVI. Patrologia Cursus Completus. Excudebatur et Venit apud J.-P. Migne, Editorem, 1864, Tomus CVII, col. 361; Robert L. Odom. Sabbath and Sunday in Early Christianity, Review and Herald Publishing Association, 1977, p. 247 e 248.

4. Johann Eck. Eridion (1553), p. 78 e 79, citado em: Andrews, John Nevins; Conradi, L.R. History of the Sabbath and First Day of the Week, Review and Herald Publishing, p. 587.

5. Augustini Triumphi. Summa de potestate ecclesiastica. Romae, Ex Typographia Georgij Ferrarij, 1584, "Qvaest L. de Dispensatione. Tertii Praecepti", p. 267, col. 1, Articvlvs II: "Utrum Papa Possit dispensare, quod dies Sabbati in diem Dominica sit mutata", p. 268, col. 2. Tradução do latim para o inglês das citações disponível aqui. Acesso em: 22 set. 2011, 09h55min.

6. Thomas Morer. A Discourse in Six Dialogues on the Name, Notion, and Observation of the Lord's Day. London: Tho. Newborough, 1701, p. 281.

7. Peter Heylyn. Ecclesia Restaurata: or The History of the Reformation of the Church of England, vol. 2. Cambridge: University Press, 1849, p. 365. Ver também L.F. Bungener, History of the Council of Trent. New York: Harper & Brothers Publishers, 1855, p. 298. Eis um extrato do sermão de Gasparo de Fosso em que a mudança do sábado é citada como prova da autoridade da Igreja Católica: "Eles [os hereges] subvertem a autoridade da igreja; como se a igreja, Seu corpo, pudesse estar em oposição à palavra de Cristo, ou a cabeça ao corpo. Pelo contrário, a autoridade da igreja, neste caso, é ilustrada mais claramente pelas Escrituras; pois, enquanto por um lado, ela [a igreja] as recomenda, e as declara divinas, e oferece-as para que as leiamos, explicando-as fielmente em questões duvidosas, e condenando o que for contrário a elas, por outro lado, os preceitos legais das Escrituras ensinados pelo Senhor cessaram em virtude da mesma autoridade. O sábado, o dia mais glorioso da lei, foi mudado para o dia do Senhor... Estes e outros assuntos semelhantes não cessaram em função dos ensinamentos de Cristo (pois Ele disse que veio cumprir a lei, e não destruí-la), mas foram mudados pela autoridade da igreja." - Joannes Dominicus Mansi, Sacrorum Conciliorum nova et amplissima collectio, Parisiis, Expensis Huberti Welter, Bibliopolae, 1802, vol. 33, col. 529-530. A tradução para o inglês da citação está disponível aqui. Acesso em: 22 set. 2011, 08h21min. O texto completo em latim do sermão de Gasparo de Fosso também pode ser encontrado em Judoci La Plat, Monumentorum Ad Historiam Concilii Tridentini Potissimum Illustrandam Spectantium Amplissima Collectio, TomusI. Lovanii, Ex Typographia Academica, 1781, p. 309 a 318.

8. The Cathecism of the Council of Trent, published by command of pope Pius the Fifth. Baltimore, MD: Lucas Brothers, 1829, p. 267.

9. Richard Challoner. The Catholic Christian Instructed in the Sacraments, Sacrifice, Ceremonies, and Observances of the Church. Baltimore, MD: Kelly & Piet, 1800, p. 202 e 203.

10. John Perry. A Full Course of Instructions for the Use of Catechists; Being an Explanation of the Catechism; Entitled "An Abridgment of Christian Doctrine", New York: D. & J. Sadlier & Co., 1860, p. 189.

11. Laurence Vaux. A Catechisme or Christian Doctrine, reprinted from a 1583 edition by The Chetham Society. Manchester: Charles E. Simms, 1885, p. 34 e 35.

12. "The Christian Sabbath". The Catholic Mirror, Sept. 23, 1893. Acesso em: 23 mai. 2011, 10h24min.

13. James Bellord. A New Catechism of Christian Doctrine and Practice for School and Home Use. Notre Dame, IN: The Ave Maria, 1902, p. 86 e 87.

14. The Catholic Encyclopedia, Vol. 4. New York: Robert Appleton Company, 1908, Art. "Commandments of God". Acesso em: 22 set. 2011, 08h42min.

15. The Catholic Encyclopedia, Vol. 14. New York: Robert Appleton Company, 1912, Art. "Sunday". Acesso em: 22 set. 2011, 08h45min.

16. James Gibbons. The Faith of Our Fathers. Baltimore, MD: John Murphy Company Publishers, 1917, p. 97.

17. Doutrina Catholica, por Boulenger. Terceira parte: Meios de santificação, Liturgia. Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte: Livraria Francisco Alves Paulo de Azevedo & Cia., 1927, p. 347.

18. Peter Gasparri. The Catholic Catechism. New York: P.J. Kenedy & Sons, 1932, questões 203 a 205, p. 120 e 121.

19. Catechism of Saint Pius X. "The Third Commandment", questões 1 a 3. Acesso em: 22 set. 2011, 08h58min.

20. P.J. Kenedy. Library of Controversy - The Clifton Tracts, by the Brotherhood of St. Vincent of Paul, Volume 1, How Do We Know What the Bible Means? New York: Excelsior Catholic Publishing House, [ca. 1854], p. 9-10.

21. Louis Gaston A. de Sègur. Plain Talk about the Protestantism of Today, Boston: Patrick Donahoe, 1868, p. 225.

22. Henry Gibson. Catechism Made Easy, Being a Familiar Explanation of the Catechism of Christian Doctrine, Vol. II. Liverpool: Rockliff Brothers, 1874, p. 106-107.

23. Western Watchman, a Catholic journal devoted to the interests of the Catholic Church in the West, St. Louis, Mo., September 19, 1895, p. 1.

24. Stephen Keenan. Controversial Catechism, New Edition, revised by Rev. George Cormack, New York, Cincinnati, Chicago: Benzinger Brothers, 1896, p. 6, 7.

25. The Catholic Press, Sydney, Australia, Saturday, August 25, 1900, citado em The Bible Echo, Melbourne, Victoria, Australia, Vol. 15, No. 42, Oct. 15, 1900, p. 674.

26. Francis George Lentz. The Question Box or Answers to Objections against the Catholic Church, 3rd Edition, New York and San Francisco: Christian Press Association, 1900, p. 98-99.

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50. João Paulo II. Dies Domini, 31 de maio de 1998, capítulo I, #14 e 18. Acesso em: 20 jan. 2010, 10h17min.

51. Em Philip Schaff. The Creeds of Christendom, Fourth Edition, volume III: The evangelical protestant creeds. Grand Rapids, MI: Christian Classics Etheral Library, 2004, p. 60.

52. Citado em: The Advent Review and Sabbath Herald, p. 2.

53. Ibid.

54. Ibid.

55. Ibid.

56. Ibid.

57. Ibid.

58. Ibid., p. 3.

59. Ibid.

60. Ibid.

61. Citado em: Mello, A.S. A Verdade sobre as Profecias do Apocalipse. São Paulo, 1959, p. 580 e 581.

62. Ibid.

63. Amos R. Binney, Daniel Steele. Binney’s Theological Compend. Part IV, article D, item h.

64. "The Christian Sabbath", op. cit., Sept. 23, 1893.

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68. N.L. Rice et al, The Christian Sabbath: its history, authority, duties, benefits, and civil relations. New York: Robert Carter & Brothers, 1862, p. 60.

69. The Works of President Edwards, Eighth Edition, Vol. IV, New York: Leavitt & Allen, 1858, p. 621-622.

70. William Miller. Views of the Prophecies and Prophetic Chronology, Volume I. Edited by Joshua V. Himes, Boston: Published by Joshua V. Himes, 1842, p. 157-158.

71. Tho. Morer. A Discourse in Six Dialogues on the Name, Notion, and Observation of the Lord’s Day. London: Tho. Newborough, 1701, p. 189.

72. Peter Heylyn. The History of the Sabbath, Second Edition, Revised. London: Henry Seile, 1636. Part II, chap. 1, p. 159, #3, e 173, # 10.

73. William Domville. The Sabbath: an examination of the six texts. London: Chapman and Hall, 1849, p. 291 e 352.

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76. John S. Banks. A Manual of Christian Doctrine, Eighth Edition, London: Charles H. Kelly, 1902, p. 252.

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