Um apelo aos líderes da igreja


Deus espera muito de nós neste tempo solene. À medida que os homens se estão arregimentando sob a bandeira que escolheram, necessitamos de muito mais sabedoria, discernimento e senso de urgência. Necessitamos ser sensíveis à voz do Espírito Santo e permitir que Ele nos guie a cada passo do caminho.

Do contrário, não poderemos ser colaboradores de Deus no preparo espiritual e intelectual de Seu povo, para que ele permaneça firme face à tormenta que rapidamente se aproxima.

Os desenvolvimentos em curso anunciam o iminente cumprimento de Apocalipse 13 e 17. Os ataques sistemáticos às liberdades de consciência, de expressão, de reunião e de movimento estão preparando o terreno para o cenário predito nas profecias bíblicas.

Como líderes, precisamos estar atentos aos acontecimentos e prontos para a estupenda crise diante de nós, a fim de prepararmos adequadamente as almas que Deus nos confiou.

Isso inclui uma resposta apropriada de nossa parte à maior ameaça à liberdade de escolha na história recente; uma resposta que seja consistente com nossa fé, nossa perspectiva escatológica e nosso compromisso com a liberdade de consciência. (Mesmo a cantora Nicki Minaj, que não é exatamente um exemplo de virtude e moralidade, demonstrou mais bom senso ao abordar essa questão do que os editores de uma de nossas prestigiadas revistas. Não é isso uma advertência para nós?)

Além disso, precisamos nos unir aos membros da igreja e clamar ao Senhor para que as atuais restrições sejam removidas, de maneira que possamos proclamar ao mundo a única mensagem que traz paz, esperança e salvação: A mensagem para o tempo presente (Apocalipse 14:6-12).

Em Testemunhos para a Igreja, Vol. 5, p. 713.4, Ellen G. White escreveu:

Nós como um povo não temos cumprido a obra que Deus nos confiou. Não estamos preparados para o desfecho ao qual nos levará a imposição da lei dominical. É nosso dever, ao vermos os sinais do perigo que se aproxima, despertar-nos para a ação. Que ninguém se assente em calma expectativa do mal, confortando-se com a crença de que esta obra terá de prosseguir porque a profecia o predisse, e que o Senhor guardará o Seu povo. Não estamos cumprindo a vontade de Deus se nos deixarmos ficar em quietude, nada fazendo para preservar a liberdade de consciência. Fervente e eficaz oração deve ascender ao Céu para que essa calamidade seja adiada até que possamos realizar a obra por tanto tempo negligenciada. Haja as mais fervorosas orações, e então trabalhemos em harmonia com as nossas orações.

Os vigias adormecidos sobre os muros de Sião devem, pois, despertar de sua calma expectativa diante do perigo iminente. Necessitam agora avaliar a si mesmos pela norma infalível da verdade e corresponder aos privilégios e deveres que seu santo encargo requer neste momento decisivo.

Em vez de hesitação, excesso de cautela ou mesmo condescendência, as atalaias de Deus devem dar à trombeta o sonido que o tempo exige. Sobre isso, note o que diz a serva do Senhor na p. 715.2:

Quando o vigia, vendo vir a espada, dá à trombeta um sonido certo, o povo engajado ecoa a advertência, e todos terão oportunidade de preparar-se para o conflito. Mas demasiadas vezes o líder fica hesitando, como que dizendo: "Não nos apressemos demais. Pode haver engano. Devemos ter cuidado para não levantar alarme falso." A própria hesitação e incerteza de sua parte como que estão a dizer: "'Paz e segurança!' Sem muita exaltação! Nada de alarme! Tem-se falado mais dessa questão da emenda religiosa do que ela merece. Essa agitação toda passará." Assim ele virtualmente nega a mensagem enviada de Deus, e a advertência que se destinava a despertar as igrejas deixa de realizar sua obra. A trombeta do vigia não dá sonido certo, e o povo não se prepara para a batalha. Que os vigias não deixem acontecer que, por sua hesitação e demora, pessoas sejam deixadas a perecer, e seu sangue seja requerido de sua mão.

Ouçamos as palavras de Deus escritas para nosso benefício.

Não podemos continuar sendo vigias negligentes, relativizando os tempos e os sinais, em vez de soar o alarme e transmitir a advertência, pois certamente o Senhor requererá de nossa mão o sangue das almas deixadas a perecer. Só o pensar nessa possibilidade minha alma estremece.

Portanto, façamos um autoexame perante Deus para verificar se ainda estamos cumprindo a elevada vocação para a qual Ele nos chamou.

Lembro-me do tempo em que, quando criança, em visita à minha avó e aos meus tios nas tardes de sábado, ouvia suas expectativas quanto ao retorno do Senhor e os sinais de Sua vinda em discussões que se prolongavam quase até o pôr-do-sol. Eram momentos instrutivos e prazerosos para mim.

Como adventistas do sétimo dia, vivemos de acordo com esta bem-aventurada certeza e, por isso, faz todo o sentido falarmos sobre os eventos que anunciam o grande Dia do Senhor. Este tempo está agora sobre nós. Não há lugar para hesitação e incerteza. Deus espera que Seus vigias sejam tão fiéis ao dever como a bússola o é ao polo.

Não seremos julgados por nossa aparência de piedade, belos discursos e exaltadas profissões de fé, mas pela norma infalível da Palavra de Deus. Se formos encontrados em falta, como "fontes sem água, nuvens levadas pela força do vento, para os quais a escuridão das trevas eternamente se reserva" (II Pedro 2:17), que desculpa haverá para nós?

Queira Deus que nossos pés estejam bem firmados na rocha imutável da Palavra divina, vigiando, aguardando e trabalhando pela vinda de Cristo, e que, por nosso exemplo, o rebanho que o Senhor nos confiou seja inspirado a reverenciar e temer a Deus e a manifestar seu amor para com Ele mediante a lealdade a Seus mandamentos.

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