A última mensagem de advertência



As três mensagens angélicas são o ponto culminante de Apocalipse 14 e estão entre as advertências mais solenes das Escrituras. Seu conteúdo é de suprema importância, e seu apelo, de vívido interesse para a geração dos últimos dias.

Prova disso é a alusão que o profeta faz ao glorioso retorno de Jesus Cristo para segar a seara da Terra (Apocalipse 14:14-20) imediatamente após descrever cada uma das três mensagens (versos 6 a 12).

A urgência que permeia todo o capítulo indica que é iminente o tempo quando toda a terra será levada à maturação ou decisão, seja para o bem ou para o mal, mediante a proclamação final do evangelho eterno na voz dos três anjos.

Esta derradeira proclamação representa a restauração da verdade, ou do evangelho eterno, lançada por terra pelo anticristo (Daniel 8:11-12), e consiste num grande movimento de alcance mundial (Apocalipse 14:6) que ilumina o mundo com a glória da verdade (18:1). Ela cumpre o último dos sinais relacionados por nosso Salvador na primeira parte de Seu sermão profético:

E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então, virá o fim. (Mateus 24:14)

O anúncio final do evangelho, que restaura a verdade de Deus e expõe o verdadeiro caráter do anticristo, adverte a humanidade de que o tribunal celestial já entrou em sessão (Apocalipse 14:7; Daniel 7:9-10) e que, portanto, o tempo de sua visitação está próximo (Apocalipse 22:12). A essa primeira advertência segue-se a denúncia da queda da Babilônia espiritual e de seu falso modelo de adoração (Apocalipse 14:8).

A terceira e última mensagem constitui a mais grave e solene advertência jamais feita a seres mortais: uma condenação destinada a todos os que rejeitarem o apelo do primeiro anjo ao adorarem a besta e a sua imagem (Apocalipse 14:9-11). Esta mensagem estabelece o profundo contraste entre os verdadeiros e os falsos adoradores no tempo do fim (verso 12).

Estas três mensagens constituem a ênfase ou aplicação especial do evangelho para esta geração. Estes anjos, voando pelo meio do céu, proclamam em alto e bom som o último convite da graça, a fim de preparar um povo para estar em pé no grande Dia do Senhor. Eles não são necessariamente anjos literais, mas uma representação bastante apropriada do caráter imaculado das mensagens e de seus mensageiros humanos (ver Apocalipse 14:4-5).

Ellen G. White se refere à tríplice mensagem angélica "como uma âncora para o povo de Deus", capaz de preservar aqueles que as compreendem e recebem de ser varridos pelos muitos enganos de Satanás (Primeiros Escritos, décima edição, p. 256). A verdadeira compreensão dessas mensagens é, pois, da maior importância para a última geração, visto que o "destino das almas depende da maneira em que são elas recebidas" (Ibid., p. 258 e 259).

Não há como negar que a Igreja Adventista do Sétimo Dia inscreve-se de maneira singular na obra representada pelos três anjos, em virtude de sua mensagem distintiva de misericórdia e de juízo. Nenhum outro grupo religioso preenche, ou tampouco cumpre em cada detalhe os requisitos da profecia quanto à natureza e obra do remanescente fiel. Sobre esse povo profeticamente ordenado por Deus repousa a solene responsabilidade de restaurar todas as verdades do evangelho eterno que a tradição dos homens tem obliterado. Ellen White escreve em Testemunhos Seletos, vol. 3, p. 288:

Em sentido especial foram os adventistas do sétimo dia postos no mundo como atalaias e portadores de luz. A eles foi confiada a última mensagem de advertência a um mundo a perecer. Sobre eles incide maravilhosa luz da Palavra de Deus. Confiou-se-lhes uma obra da mais solene importância: a proclamação da primeira, segunda e terceira mensagens angélicas. Nenhuma obra há de tão grande importância. Não devem eles permitir que nenhuma outra coisa lhes absorva a atenção.

Atalaias e portadores de luz não podem cumprir tão elevada vocação no espírito de Eli, um homem que fora honrado por Deus para exercer os sagrados deveres do sacerdócio, mas que negligenciara sua responsabilidade como pai, sendo transigente com os defeitos dos filhos e sujeitando-se a seus desejos e caprichos.

Deus não nos chamou para agradar a homens, mas para conduzi-los aos pés do Salvador, a fim de que sejam salvos. Por isso, antes de ser um "reparador de brechas e restaurador de veredas" (Isaías 58:12), o povo de Deus necessita voltar aos marcos fundamentais da verdade. O Senhor espera que o remanescente final cumpra o dever de proclamar o evangelho eterno ao mundo no espírito e poder de Elias.

A presente postagem abre uma nova série de estudos, cujo objetivo é revisitar importantes verdades relacionadas ao tema. Desse modo, esperamos, com a ajuda de Deus, reviver a experiência proporcionada por essas solenes verdades e, assim, reafirmar nossa sagrada vocação, de maneira a preparar um povo para o grande Dia do Senhor.

Aqui está a perseverança dos santos, os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus. (Apocalipse 14:12)

Confira o conteúdo desta seção:


[Postagem revisada em 17 de dezembro de 2021]

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3 Comentários

  1. Estarei aqui para acompanhar esta série. Muito oportuno este texto e reflete nossa atual situação, mais temos como mudar pelo poder do ES.

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    1. Amém! Obrigado, meu amigo, por seu comentário! Que Deus nos ajude a permanecer do lado certo do grande conflito.

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